''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

sábado, 30 de julho de 2011

a ARTE do motorista civilizado

Motorista queria lavar a frente do ônibus.

Motorista usa o canteiro central como passagem para ele, ainda bem que ninguém viu.

Motorista dirigia normalmente, alguma coisa não deixou ele fazer a curva.

A saga do PÉ FRIO, por Vandré Segantini

sexta-feira, 29 de julho de 2011

IMBECIS ao volante provocando manobras RETARDADAS

Eu seguia pela via principal. Estava de carro. Enquanto eu me aproximava de uma faixa de pedestres, vi que uma senhora ainda estava no meio da rua, e não iria conseguir atravessar toda a faixa antes que o sinal abrisse. Parei educadamente e esperei a mulher idosa terminar sua travessia. Quando menos espero, um filho de cocô vem por trás do meu carro, buzina até não querer mais e passa por cima da faixa quase atropelando a mulher. Na ideia deste inútil, o sinal abriu que se dane quem está na frente, ele, o cretino que está no carro está certo, segundo a concepção dele mesmo.

Em outro momento seguia eu de carro pela rua principal, quando surpreendentemente um carro surge do nada, sem ligar a seta e entra na frente do meu carro. Diminui a velocidade e liguei o alerta. Como dizia um policial que conheci em Rondônia, ‘’o alerta anula todas as leis’’. Com o alerta ligado o carro que vinha atrás buzinou por mais de cinco segundos, como se eu fosse o errado de ter diminuído a velocidade para não colidir com o paspalho que entrou na minha frente. E não adianta xingar ou falar qualquer coisa, pois o cretino que põe a mão na buzina sempre vai acreditar que tem razão.

Em outra ocasião eu saía do mercado, quando do nada uma bicicleta vindo pelo meio da rua entrou na frente do carro. Freei em cima do ciclista e com a janela aberta tive de escutar o filho de Emma falar:

_ Não precisa correr tiozinho, hoje é domingo.

Eu olhei para o desengonçado e disse:

_ É mais fácil você se machucar do que eu me machucar você está de bicicleta.

O filho de quenga me mandou tomar naquele lugar.

Por que alguns seres humanos são tão imbecis desse jeito? Não consigo entender o que leva uma besta recalcada dessas se sentir imponente quando está atrás de um volante. Voltamos para o tempo das cavernas, onde não temos mais direito de fazer nada, nem dizer nada, sem portar uma arma nas mãos; pois parece que é só isso que os demais aprenderam a respeitar. Cada vez mais se mata no trânsito, e em 90% dos casos, os problemas poderiam ser evitados por um pouco mais de calma e conversa. O código de trânsito fala em respeitar o pedestre na faixa, mas mesmo assim um bando de demônios acredita que ao abrir o sinal eles são os donos do lugar. Os artigos 70 e 71 do Código Nacional de Trânsito dizem:

‘’Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.

Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização’’.


Relembrando a dica do policial de Rondônia, ele não estava totalmente errado, tem muita lógica no que ele me disse. Ao ver uma situação estranha a frente, diminua a velocidade e ligue o pisca-alerta. Eu fiz isso, mas uma desgraça ao volante que vinha atrás de mim quase colidiu no meu carro enquanto buzinava. Ainda para o pedestre que está sobre a faixa o item 5 deixa a dica:

‘’Item 5) Deixe o pisca - alerta ligado enquanto estiver parado e não movimente o carro antes que o pedestre alcance a calçada do outro lado (Estando parado você atrairá a atenção do motorista que vier na outra faixa para que também ele pare o seu veículo)’’.

A respeito da íngua que vinha pela pista, fora da ciclovia, a lei diz o seguinte:

‘’Art. 58 - Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclo faixa, acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores’’.

A lei diz quando ‘’não houver ciclovia’’, naquele caso havia. Mesmo assim o anto fez questão de me chamar à atenção como se ele fosse o dono da rodovia. Durante muito tempo ouvimos falar de educação no trânsito, mas isso eu nunca vi acontecer. É raro, muito raro alguém respeitar outro alguém nos dias de hoje. Sempre alguém tem uma desculpa, está atrasado, está com problemas, não pode parar, ele é o sabe tudo, ele sempre está certo. Confesso que não sou um profissional da direção, e agradeço a Deus por isso, pois quanto menos confiança eu tenho em pegar no volante de um carro, mais cuidado eu tenho para não provocar nenhum problema. Se isso bastasse para me proteger eu viveria feliz, mas o que preocupa são os outros. Canalhas corajosos e sabedores de tudo que não se importam com a própria vida, quem dirá a vida alheia. E isso que eu nem citei os filhos da puta que enchem a cara de álcool e saem matando como se o mundo fosse deles.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

POR qual motivo as MÃES gritam tanto?





Enfim...

REALIDADE, espalhada por e-mail...

Enquanto isso, no Rio de Janeiro:
BOPE: R$ 2.260,00 Para arriscar a vida;
Bombeiros: R$ 960,00 Para salvar vidas;
Professores: R$ 728,00 para preparar para a vida;
Médicos: R$ 1.260,00 para manter a vida;
E um deputado federal? Ganha R$ 26.700,00 para fazer o que na vida do Brasileiro?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

TATUAGEM - o que guia a imaginação do ser humano?

Elefante no cotovelo...

Vaca com o cano de escape a mostra...

A mulher e o mamilo...

As mães de CHICO XAVIER

O filme é lento e a narrativa provoca confusão em determinados momentos da história. O elenco é muito bom, com exceção do pai de Theo, não consegui me convencer pelo choro nem pelo desespero do homem. O filme tem a produção da dupla cearense que trouxe para as telas o filme Bezerra de Menezes, mas este é muito mais profissional. Nelson Xavier retorna ao papel de Chico Xavier e está muito bem, mais uma vez. É incrível vê-lo se tornar o próprio Chico Xavier. Quando comecei este comentário dizendo que o filme era lento, não me enganei, o filme é lento para apresentar suas tramas, num total de três histórias. Todas as histórias mostram como era o trabalho de Chico Xavier, e a importância deste trabalho para o lugar que ele vivia, assim como as milhares de pessoas que por lá passavam. Chico passava horas transcrevendo cartas de entes queridos já falecidos, cartas estas que serviam de consolo e esperança para os pais mais desesperados que a ele procuravam. Numa das histórias, um pai (Herson Capri) interna seu filho em algum lugar, que não consegui decifrar o que era, uma clínica, um hospital, não sei, esta parte do filme ficou muito confusa de entender, o que só no final se resolve quando ficamos sabendo que ele era viciado em drogas. A mãe, artista plástica, se consome em dor, e num determinado momento do filme, ela, a mãe tenta suicídio, novamente a narrativa fica confusa e mal solucionada para entender.

A segunda história fala sobre uma jovem professora que é rejeitada pelo namorado que ganhou uma bolsa de estudos em Madri, justamente no momento que ele descobre que ela está grávida. Caio Blat faz o jornalista que aparentemente é irmão do rapaz que vai para Madri. A terceira história é sobre a jovem mãe (Gerbelli) que não aceita a morte do filho pequeno e resolve procurar Chico Xavier. O filme não é tão bom quanto NOSSO LAR, nem tão envolvente quanto CHICO XAVIER o filme. Em meio a tudo isso o filme parece ter mais de um final. Mesmo com problemas tão evidentes tanto na narrativa quanto na fotografia, consegui sentir um certo ar sobrenatural na passagem para o primeiro desfecho da história. Ao que tudo indica, a série de filmes com a temática espírita se encerra com este, como diz a legenda no final em comemoração ao centenário de Chico Xavier. Mas, ao assistir o teaser dos extras, vi que mais uma produção com esta temática já está a caminho.

CILADA.com

Bruno (Bruno Mazzeo) foi flagrado traindo sua namorada (Fernanda Paes Leme) durante uma festa de casamento e levou um pé na bunda. Por vingança, ela publicou na internet um vídeo seu transando com ele, que pagou o maior mico por causa de uma ejaculação precoce. As imagens viram um sucesso e Bruno uma celebridade, por causa da ejaculação precoce, ou seja, famoso da pior forma possível. Agora, sua única saída é tentar provar para todo mundo que é bom de cama. Diante desta ideia, o maluco começa a recorrer a antigas namoradas e registrar tudo em vídeo. Nesse meio tempo entra em cena um cara chamado Marconha, para os íntimos. Entre dramas, risadas e mais risadas, e o público chato do cinema comentando cena a cena, o filme vale muito a pena ser visto. Ver o cinema lotado para assistir a um filme brasileiro, realmente é muito bom. Ver o cinema lotado de pessoas mal educadas, porcas, cretinas, sem noção, imbecis e sujas, realmente é muito ruim...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

momento GALVÃO

No dia do aniversário de 61 anos de Galvão, momentos do narrador.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O maior RALO do MUNDO

Por incrível que pareça, a foto é real.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Harry POTTER 7...

Num momento lúdico da minha vida, num estado catatônico de mal estar corporal, devido a uma intoxicação alimentar, e depois de perder no jogo de par ou ímpar para minha mulher, fui com ela assistir ao filme Harry Potter 7, parte 2, alguma coisa ligada às relíquias da morte. Confesso que não li nenhum dos livros de Harry Potter; assim como tenho a dizer que não entendi a história da saga até este presente momento, por isso afirmo mais do que nunca que não entendi nada deste Harry Potter 7 parte 2. Personagens entravam e saíam da tela o tempo todo. Tinha gente correndo no meio do fogo, voando de vassoura e ficando invisível; embora não tenha visto os filmes anteriores, consegui entender algumas coisas deste chamado ''último filme da série'', como dizem os fãs mais afoitos.

O filme começa com um monte de alunos marchando como numa despedida de escola militar. Embora pela disciplina que apresentam e nenhuma ofensa aos professores, assim como a inexistência de agressão física, vemos logo de cara que não se trata de uma escola situada no Brasil. Os alunos marcham para um saguão enorme. Ali se reúnem para comentar as artimanhas de um cara feio pra caramba, parecido com um monte de cantor de rock que existe por aí, mas confesso que vi nele a figura de Rogério Skay Lab. Naquele canto do mundo, os alunos relembram os lances do passado, onde um tentou matar o outro e um monte de gente que não tinha nada a ver com o peixe acabou morrendo no meio do caminho. Entre os sobreviventes encontramos o cara que dá nome aos livros de sucesso, talvez a personagem mais importante da história até o momento, Harry Potter. O cara é procurado por todo mundo, mas continua sumido, escondendo-se em algum lugar protegido daquelas magias que só eles tem medo. O que fazem nas horas vagas a não ser brincar com a varinha de condão.

Aparece então Harry Potter. Ele entra em cena junto de seus amigos e vai falar com um anão de orelhas enormes. Os dois conversam e chegam a uma conclusão, o anão ajuda ele a entrar numa fortaleza, comandada por um cara sem nariz, talvez uma deficiência no nascimento, ou uma briga muito feia quando ele estava na quinta série, quem pode saber. O anão pede como pagamento uma espada, e Harry aceita isso, contanto que ele, Harry, fique com uma canequinha que ele chama de alguma coisa crux. Eles entram. Enganam toda a legião de anões de uma espécie de banco central, onde os funcionários parecem mais funcionários públicos do que qualquer outra coisa, e chegam até um tal cofre. Logo que entram em busca da canequinha, e até aí lembrei muito do filme Indiana Jones e o templo da perdição, a contar pelo cenário e o carrinho que corria no trilho suspenso na montanha uma cena antes, eles caminham na direção da tal crux, tão desejada por Harry. A guria que acompanha Harry e o moleque loiro derruba uma espécie de pulseira. Logo que a pulseira cai no chão ela começa a se multiplicar em várias, segundo o anão, é o feitiço jogado nos objetos que provoca isso. Seria legal multiplicar algumas coisas de vez em quando... Enfim. Continuando. Bruno, amigo de Rafaela, está ficando com a Renata, uma magrinha que estuda no Colégio Don João... Ah não, isso é parte da conversa que ouvi durante o filme, vinda de um casal que estava sentado do meu lado no cinema, e não calaram a boca durante todo o filme.

Por fim, o anão acaba morrendo enquanto fugia com a espada na mão. Harry e seus amigos cavalgam em cima do monstro que cospe fogo. Tipo aquele carinha do filme MEU QUERIDO DRAGÃO. Sabe lá Deus por que cargas da água eles vão parar num depósito de móveis usados, com sofá, fogão e um monte de cadeiras, e ali rola uma perseguição violenta, onde brincam de pega ladrão o tempo todo. Acabam subindo em vassouras que voam e sumindo do lugar antes que tudo se acabe em chamas. Nesse meio tempo o maluco sem nariz decide juntar uma galera e destruir a escola, talvez para ele ser o diretor, ou coisa parecida. Hoje em dia geralmente resolvem isso com uma eleição democrática, ou não tão democrática assim, mas enfim, eles resolveram usar a força, e usaram. É muita gente tentando destruir a escola ao mesmo tempo, e eu que pensei que os alunos de hoje em dia queriam destruir a escola que frequentam. O que vemos na tela ultrapassa qualquer maldade feita por um ser humano normal, até porque eles tem as chamadas varinhas mágicas, que solta uma espécie de foguinho mortal, onde quem fica na frente, é tostado; neste caso, tostadinho.
Não vou contar o final da história, justamente pelo fato de não ter entendido nada do filme, muito menos o final, então não vejo o que dizer. Num determinado momento deste mesmo final pensei estar assistindo ao filme NOSSO LAR, onde André Luís é conduzido por Clarêncio até a cidade dos muros gigantes...
Em resumo, o filme é muito bem dirigido, os cenários são estupendos, os efeitos especiais são muito bons e a melhor cena na minha opinião bucólica, faz referência ao momento que o casal de crianças deita na relva para contemplar uma árvore verde acima de suas cabeças. Ao ali se acomodarem, as vagens, caindo pela força do vento se transformam em monstrinhos voadores. Para quem é fã vale a pena assistir, para quem não é fã também vale muito a pena assistir ao filme, agora, quem não sabe nada da história, aí vai ficar um pouco estranho entender o que se passa na tela grande da sala escura, e outro texto nestes moldes pode acabar surgindo, como o feitiço da multiplicação.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DE pernas PARA o AR

Alice (Ingrid Guimarães) é uma executiva de 30 e poucos anos, casada com o dedicado João (Bruno Garcia), mãe de um filho e muito bem-sucedida profissionalmente. É uma típica workaholic, que tenta se equilibrar entre a rotina de trabalho e a família, mas que pouco sabe sobre a rotina do filho e do marido. Sua história se cruza por acaso com a da estonteante vizinha Marcela (Maria Paula). Como nas típicas comédias de erros, Alice perde o emprego e o marido no mesmo dia. É aí que ela descobre, com ajuda da vizinha, que é possível ser uma profissional de sucesso sem deixar os prazeres da vida de lado. Alice decide ajudar a nova amiga a salvar seu negócio – um sex shop falido – e Marcela decide ajudar Alice a descobrir os prazeres dos ''sex toys''. O filme discute com leveza e humor os conflitos e dúvidas das mulheres modernas. Um ótimo filme para curtir e sair um pouco do cenário favela e miséria do sertão brasileiro. Vemos na tela um Brasil bonito, com vagas lembranças às novelas da Globo, mas com ritmo e roteiro atraentes.

sábado, 9 de julho de 2011

A ARTE de guardar LIXO em CASA

Os computadores acima compõem uma reserva de lixo calculada pela vigilância sanitária em 100 quilos de lixo acumulados numa residência brasileira.

O montante de alimentos, papeis, latas e sacos plásticos somam 200 quilos de lixo, segundo cálculo da vigilância sanitária.

Acima, a vigilância sanitária encontrou 500 quilos de lixo na casa de um casal de velhinhos que residem em uma capital brasileira.

1 tonelada de lixo, segundo cálculo da vigilância sanitária. Como alguém se movimenta num lugar assim? Mistério ou uma super agilidade nos braços e nas pernas? Sabe lá Deus...

Parece a mesma casa já mostrada, mas não é, nesta residência, depois de uma denúncia, a vigilância sanitária encontrou 2 toneladas de lixo espalhados pelo quintal e embaixo dos tapetes.

Este caso virou notícia em vários jornais, a vigilância sanitária precisou da ajuda do corpo de bombeiros e de funcionários da prefeitura; na casa de uma velhinha foram encontradas 250 toneladas de lixo. Esta foto mostra a movimentação do lado de fora da casa.

E esta foto mostra a parte interior da casa da velhinha. Imagine o cheiro...

A cozinha da senhora que acumulou 250 toneladas de lixo, segundo cálculo da vigilância sanitária. Imagine tomar um café ali...

O banheiro da senhorinha, até que está bem arrumadinho perto da cozinha. Tente escovar os dentes sem tropeçar em alguma coisa.

E por fim o quarto onde ela dormia. Imagine acordar com a mão numa caixa dessas daí, ou não acordar, é uma espécie de pesadelo em 3D.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A GAROTA da CAPA vermelha

O filme é estrelado por Amanda Seyfried e dirigido por Catherine Hardwicke. Logo que a trama começa pensamos que vamos assistir a uma refilmagem de chapeuzinho vermelho, e ficamos esperando por isso, mas então coisas começam a acontecer e o clima vai ficando tenso a cada cena que passa. O roteiro é assinado por David Leslie Johnson, mesmo roteirista do filme A órfã. David possui uma habilidade para transfigurar personagens levando a quem assiste ao filme culpar diversas personagens antes de descobrir o verdadeiro culpado por tudo.

A história ocorre num vilarejo escondido no meio da floresta. A impressão que temos é que nenhuma daquelas pessoas jamais saiu daquele lugar em algum momento de suas vidas. Chegamos a confundir os primeiros minutos da fita com o filme A VILA, do diretor M. Night Shyamalan, mas estamos em outro ambiente. Há 20 anos existe um pacto entre a população da vila e o lobo que vive na floresta. O acordo consiste em nenhuma das partes entrarem em confronto. Enquanto o lobo vive na sua caverna, a população tenta viver de forma sossegada na vila que escolheram habitar. Mas, num determinado momento o pacto é quebrado e o lobo ataca uma moradora da vila. Ela morre. A partir de então, os homens se juntam e vão até a caverna do lobo na intenção e matá-lo e conseguir vingar a morte da jovem inocente. Neste meio tempo a personagem de Amanda entra em conflito com seu próprio coração. Prometida de casamento para um rapaz rico da vila, a moça ama de paixão outro rapaz que não é tão rico assim, por ser um lenhador. Parece novela mexicana, mas enfim. Entre esta dúvida de casar forçadamente ou ficar com seu grande amor, a vila recebe a visita de um padre. O padre com uma aparência um tanto quanto macabra diz que o lobo está entre eles, justamente por se tratar de um lobisomem. E o lobisomem quando é morto ele volta a forma humana normal. Eis então que com a visita do padre, e sua estadia na vila, o lobo aparece pela primeira vez. Neste momento do filme acreditamos estar assistindo ao filme O LOBISOMEM, do diretor Joe Johnston, com Benicio Del Toro e Anthony Hopkins. Mas, o improvável acontece quando o lobisomem fala com a garota da capa vermelha. Conversam por telepatia, olhando um no olho do outro, neste momento o filme lembra 10.000 A.C., do diretor Roland Emmerich, quando o dente de sabre conversa com o cara que peregrina até a cidade desconhecida por ele. A capa vermelha foi feita pela vovozinha, capa esta que a menina usa por um bom tempo, deixando bem claro que realmente gostou do presente. Enquanto todos esperam ver o lobo comer a vovozinha, isso não acontece, mas a famosa fala dos olhos grandes, a boca grande e a orelha imensa estão lá, da forma como minha vó me contou.

Por fim, entre misturas e lembranças cinematográficas, clichês e cenas forçadas demais para um roteiro que parece utilizar os efeitos especiais como muleta, o filme conduz o telespectador a uma dose pequena de curiosidade para saber quem de fato pode ser o lobo. O final tem um desfecho previsível, com explicações de destino, assim como uma imagem esperada. Assisti ao filme durante uma madrugada fria de sexta feira na intenção de perder o sono com o medo supostamente proporcionado pela fita, mas não fui feliz nesta escolha.

KUNG FU PANDA 2

Po é um urso panda criado por um ganso. Eis que ocorre a descoberta de que foi adotado, genial. Talvez só ele não tivesse percebido, mas vale a cena. Junto aos cinco furiosos eles vão salvar a China do novo vilão que surge na história, Lord Shen, um pavão branco que luta pra caramba, escondidas em suas asas estão lâminas de aço que machucam um monte. Em meio a este grande problema, ou pequeno problema para eles, salvar a China, Po entra numa fase de descobertas. Descobre que é adotado, então, devido a um símbolo pintado nos capangas de Lord Shen, nas penas de Lord Shen e em todos os lugares que ele possa estar, sua memória o leva a descobrir as origens de seus primeiros anos de vida. De como fora abandonado numa cesta de beterraba e como foi criado por um ganso chamado Ping. A grande discussão daquele momento no filme gira em torno da extinção dos ursos pandas, que desapareceram da China durante uma perseguição iniciada por Lord Shen, pelo menos no filme encaixou muito bem.

Na história do filme Lord Shen pretende destruir o Kung Fu usando uma arma superpoderosa e assim poder dominar totalmente a China. A arma consiste num canhão que atira metal. Para tantas armas, muito metal deve ser recolhido, e assim começa a saga da busca pelo metal. Lobos invadem vilarejos em busca de cobre, ferro e zinco. Numa destas investidas, Po e os cinco furiosos estão lá para detê-los, e assim ocorre o primeiro contato do grupo do bem contra o grupo do mal. No primeiro filme Kung Fu Panda todas as personagens tinham uma história a contar, desta vez, o filme praticamente acontece em torno de Po, o panda da vez. Ele é o astro. A tigresa entre um abraço e um afago no amigo, aparece com discrição. A iluminação é impecável. As cenas de lutas são perfeitas. O time de atores que deu voz as personagens em inglês, é uma seleção de grandes atores, poucas vezes vistos em um só filme. Nomes como Jack Black, Angelina Jolie, Dustin Hoffman, Jack Chan, Seth Rogen e Lucy Liu, e os novos Gary Oldman como Lord Shen e Jean-Claude Van Damme como o crocodilo Master Croc, já valem o ingresso.

A direção do filme é Jennifer Yuh Nelson.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

NOVO empreendimento

Mais um estabelecimento comercial foi inaugurado na rua onde moro. Sem dúvida alguma o bairro está crescendo a cada dia, isso chega a me assustar. Bom para nós que temos cada vez mais variedades de lazer, gastronomia e cultura...

O SEMIDEUS, por Vandré Segantini

O TUDÓLOGO - especialista em TUDO -, por Vandré Segantini

o BANCO e a FILA, velhos amigos...

No mês passado realizei um trabalho, e para minha infeliz sorte recebi um cheque do banco Itaú. Quando olhei para aquele cheque nominal nas minhas mãos, percebi que iria passar raiva. Banco Itaú na cidade onde moro é sinônimo de fila. Não posso dizer pelas outras localidades, mas todas as vezes que preciso ir a este banco, tenho em mente que em menos de uma hora não vou sair de lá, e desta vez não foi diferente. Adiei ao máximo minha ida até a agência do Itaú para trocar o cheque, pois sabia que iria me irritar, e eu não estava com muita vontade de passar raiva nos últimos dias. Mas então, a comida acabou, as contas chegaram e eu precisei ir até lá trocar o cheque por dinheiro, contra a minha vontade diga-se de passagem. Logo que entrei no banco uma fila com mais de cinquenta pessoas se aglomerava na chamada ''melhoria do cocô'', como diria Waldez Ludwig. Em toda a agência dois caixas funcionavam. Em dez minutos andei um metro. Os clientes estavam ficando insatisfeitos com aquilo. Perguntei para um senhor que estava na fila se ele tinha senha, e ele me disse que não. E onde pegar uma senha com o horário de entrada? Não há, este lugar não existe, justamente para ninguém poder provar quanto tempo ficou lá dentro, em pé na fila, esperando para ser atendido. Não posso dizer pelas outras agências, pois não as conheço, falo por esta, pois vivencio isso na pele todas as vezes que preciso realizar alguma coisa lá dentro. Como eu vou provar que fiquei uma hora dentro do banco, quando a lei diz que o tempo máximo para eu ser atendido é de 20 minutos em dias normais, e 30 minutos em dias de pagamentos de pensionistas? Sem senha, não há como provar nada. Vinte e dois minutos depois, eu já tinha andado dois metros e 15 centímetros, então um homem super alto saiu da fila soltando fumaça pelas narinas feito um búfalo e caminhou até as mesas que ficam atrás dos caixas. Ele gritou para todo mundo ouvir:

_ Eu já estou há mais de meia hora nessa fila, se eu não for atendido em 10 minutos eu vou denunciar esta agência.

A mulher na mesa olhou para ele e disse:

_ O senhor não precisa perder a educação para falar com a gente, estamos tentando fazer nosso trabalho.
_ Eu não estou perdendo a educação, só estou falando alto. Quem é o gerente dessa agência?_ disse o cliente.
_ Sou eu mesma._ confirmou a mulher.
_ Então você resolva o problema daqueles caixas. Como pode dois caixas para atender todo esse mundo de gente aqui? Não tem cabimento. Eu vou fazer uma denúncia da senhora e desta agência em 7 minutos.
_ O senhor falou dez._ retrucou a mulher.
_ Enquanto eu falava com você já ''passou'' três minutos.
_ O senhor não tem que reclamar para mim. Reclame com a chefe dos caixas que está no caixa número um.
_ Ah, é com ela? Que estranho, então eu vou reclamar com quem se eu não posso reclamar com a gerente? Só posso reclamar com o mocinha do caixa? É com ela que eu tenho que reclamar? Então eu vou reclamar com ela, não se preocupe não.

Caminhando lentamente ele atravessou todo o saguão do banco, e quando chegou na frente da mulher que estava trabalhando no caixa, ele falou mais alto ainda:

_ Por que só tem dois caixas trabalhando nessa agência com esse monte de gente na fila? Isso é um absurdo. Eu só vou esperar mais cinco minutos e vou fazer uma denúncia de vocês.

A menina do caixa quis impor uma verdade que não existia dizendo:

_ Temos três caixas trabalhando hoje.
_ Que estranho, porque eu tô aqui dentro faz meia hora e só to vendo dois. Será que eu não sei mais contar. Cinco minutos e eu faço a denúncia.

O homem voltou para a fila, e pasmem. Três novos funcionários, do nada, apareceram e assumiram os caixas. A fila andou rapidinho e todo mundo foi embora dizendo em voz baixa, muito baixa mesmo: ''se todo mundo reclamasse assim, a gente não precisava esperar tanto''. O incrível é; funcionários para trabalhar no caixa a agência têm, o problema é que eles são deslocados para outras funções, como vender seguros, ficar ao telefone oferecendo produtos, e outras coisas além disso. A gerente tremeu na base quando encontrou um cara que fala alto sem ofender, pois ofendendo ele perderia a razão. Quando ele pressionou a gerente, ela tentou ferrar a funcionária do caixa, e jogou a culpa na subalterna. A subalterna incomodada com a voz do cliente tentou mentir dizendo que três caixas funcionavam, quando eram somente dois. Novos funcionários foram deslocados para a função de caixa a comando de quem? Da mocinha que estava no caixa, indicada como responsável por todos os caixas é que não foi. O mais incrível disso tudo foi ver que na agência estavam quatro policiais armados. Em pé, em lugares estratégicos dentro do ambiente; e em momento algum qualquer um deles se deslocou até o senhor que falava alto se movimentando de um lado para outro, para pedir calma ou sua saída do banco. Ficaram quietos, somente observando o que acontecia. Talvez tiveram medo do homem alto que falava mais alto ainda, ou, por outro lado, até eles já estavam indignados com o tamanho da fila, a lerdeza dos caixas, e o silêncio irritante dos clientes que ali entram e saem todos os dias. Por fim, fui atendido depois de 42 minutos, um tempo recorde no meu histórico de idas e vindas até aquela agência. Feliz, fui pra casa e liguei para a ouvidoria do banco, talvez impulsionado pelo homem sem nome que reclamou em nome de todos, e diminuiu meu tempo de espera em pé no chão frio daquela construção feita para você.

O espertinho furador de FILA

Era quinta feira a tarde. Eu caminhei 19 quarteirões até alcançar as portas metálicas de uma loja de conveniências próxima a rodovia movimentada que leva os carros para fora da cidade. Entrei no lugar pisando de leve no chão emborrachado. Caminhei pelo interior da loja até encontrar os produtos que eu queria. Dois copos, um prato de zinco, um cobertor de fibra e um tapete feito de semente de mamona. Com todos os utensílios nas mãos, fui para os caixas. Logo que cheguei na pequena fila de pagamento, acomodei o tapete de semente de mamona embaixo do braço e ali fiquei a mercê da agilidade do operador da caixa registradora. Não demorou muito e o homem que estava na minha frente foi atendido. Pagou os 13 patinhos de porcelana que ele havia comprado e começou a embalar tudo. Até que enfim era a minha vez. Quando realizei o primeiro passo em direção ao homem atrás do balcão, a vendedora que havia me vendido o tapete veio correndo na minha direção gritando: ''moço, moço, moço, este tapete é mais barato e de melhor qualidade, então leve este e não este outro que você tem nas mãos''. Todo mundo ficou olhando pra mim, não querendo contrariar a vendedora, andei até ela e troquei os tapetes. Agradeci e voltei para a fila do caixa onde eu estava. Para minha grande surpresa, um casal de espertinhos entrou na minha frente com um monte de produtos nas mãos. Como se ele fosse o dono do lugar, me olhou com desprezo e cumprimentou o homem atrás do balcão. Não deixei barato e falei em alto e bom som:

_ O problema desta cidade são os seres humanos mal educados que não respeitam aqueles que chegam primeiro na fila.

Na realidade peguei um pouco mais pesado no final da frase, mas isso não vem ao caso agora. A mulher cutucou o braço do homem, o homem me olhou e a ouviu, resolvendo desta forma sair do lugar onde estava e me deixar passar a frente. Ótimo, seria um gesto louvável se ele não ficasse me provocando a fim de promover uma briga dentro da loja. Logo que passei a frente dele, agradeci e tive de ouvir ele falar:

_ Você nem estava na fila. Não sei por que eu deixei você passar. Vai ficar reclamando, você nem estava na fila.

Comecei a passar meus produtos pela máquina que calcula os preços e ele continuou falando.

_ Posso colocar minhas coisas aqui em cima do balcão ou você vai reclamar disso também?

Continuei olhando pra o vendedor e passando meus produtos enquanto o cretino não calava a boca.

_ A pessoa gosta de chamar os outros de mal educado, mas ele mesmo não tem educação nenhuma. Ele nem estava na fila. E vai querer brigar comigo por que eu estava na fila.

Eu estava quase pegando o prato de zinco e dando na fuça do infeliz quando o cara do caixa me falou o valor que eu deveria pagar. Paguei e enquanto embalava minha compra, o desgraçado continuava falando na minha orelha.

_ Tem gente besta nesse lugar que acha que pode tudo, ele nem estava na fila, e ficou falando que eu sou mal educado. Como tem gente besta nesse lugar. Será que eu não posso ficar aqui perto do caixa por que ele vai ficar reclamando disso também.

Com o sangue coagulando na ponta dos meus dedos, fechei a mão, virei de costas e fui embora. No trajeto até minha casa descobri que a tolerância me salvou nesse caso. Foi somente a tolerância que me permitiu aguentar um imbecil daquele falando no meu ouvido. E como isso terminou? Terminou de forma estranha, mas valendo o direito daquele que estava primeiro na fila sendo atendido, do espertinho quebrando a cara porque não conseguiu passar por cima de mais um trouxa que ele encontrou no caminho, e de uma vendedora competente que segue o seu cliente até os confins da loja, fazendo-o levar para casa o tapete que realmente gostou, ou seja, o mais barato, e não aquele 12 reais mais caro e de menor qualidade, só pra ganhar uma comissão felpuda. Pelo menos alguém ganhou créditos com Deus nesta história toda.

o caso RAFINHA...

Há alguns dias o humorista Rafinha Bastos fez um tipo de piada no twitter, encarada por alguns como uma brincadeira, onde fazia elogio aos estupradores que abusam sexualmente de mulheres feias. Para outros isso é um caso de polícia. Rafinha é humorista e comediante, um cara que vive expondo seu rosto na mídia, e o cara mais influente do chamado twitter; de acordo com nossa legislação ele tem o direito e a liberdade de dizer o que quiser, depois ele se entende com a lei; e nós, concordando ou não, temos o direito de criticá-lo no momento que quisermos, dentro dos limites da lei é claro, para isso serve a chamada liberdade de expressão. O problema é que alguns querem levar isso para outro ponto da conversa.

O Ministério Público por sua vez pediu a abertura de um inquérito policial para apurar aquilo que já estão chamando de ''incitação ao crime''. Ou seja, o tipo de humor que Rafinha faz seria realmente um caso para a polícia resolver? As feministas o acusam de incitar pessoas a cometerem o crime do estupro, na minha irrelevante opinião não vejo como alguém pode se sentir motivado a estuprar outro alguém com aquele tipo de piada. Enfim. Cada vez mais no Brasil, com os movimentos das chamadas categorias de direitos, a coisa vai se afunilando. Confesso que sinto medo de contar uma piada em qualquer ambiente que seja, pois não sei o que a pessoa que me escuta pode estar pensando. Como posso sair ileso depois de contar uma piada de português próximo a uma padaria. Piada de gaúcho então, nem pensar, não conto mais, nunca mais. Com tantas leis sendo aprovadas contra tudo aquilo que chamávamos de humor nos anos 70, 80 e 90, confesso mais do que nunca que penso cem vezes antes de dizer alguma coisa. E isso é um exercício e tanto para minha pessoa, tendo em vista que sou o rei das gafes.

No caso de Rafinha Bastos, não há motivo para jogá-lo numa cela de cadeia ou até mesmo queimá-lo na fogueira, apenas exponha ele as críticas daquilo que fez, para ter uma leve noção de que é melhor ler e reler uma piada antes de publicá-la. Colocar polícia no meio da jogada, cadeia e outras coisas, é levar o tom da frase ao cúmulo do exagero. Com tanta coisa pegando em cima das chamadas piadas, acredito mais do que nunca que devo continuar construindo histórias em quadrinhos sem pé nem cabeça, pois assim não corro o risco de alguém entender a piada ao ler o último quadrinho; caso alguém entenda, aí estarei relativamente ferrado.