O bombardeio das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki está na lista dos maiores atentados terroristas da história da humanidade, tendo como objetivo do governo norte-americano aterrorizar a população japonesa pondo fim à guerra.
Apesar da vitória sobre os alemães em maio de 1945, a guerra no Pacífico ainda continuou por dois meses. Os estadunidenses haviam virado o conflito contra o Japão a seu favor, desde as batalhas do Mar de Coral e de Midway, em 1942. Em fevereiro de 1945, os estadunidenses passaram a avançar sobre o território japonês, conquistando a ilha de Iwo Jima. A resistência japonesa se dava principalmente com a utilização dos kamikazes, pilotos que utilizavam de forma suicida seus aviões abarrotados de bombas contra os navios da marinha dos EUA.
Paralelamente a esses combates da II Guerra Mundial, os EUA estavam desenvolvendo em seu território o Projeto Manhattan, uma iniciativa de pesquisa para desenvolver um armamento baseado na fissão do átomo. Uma grande quantidade de engenheiros e cientistas que haviam fugido dos governos nazifascistas europeus participaram desse projeto, junto a cientistas e engenheiros estadunidenses. Os militares dos EUA queriam se adiantar aos alemães na criação dessa bomba, que utilizaria a energia gerada a partir da fissão nuclear do urânio e do plutônio.
O primeiro teste do Projeto Manhattan realizado com sucesso ocorreu no dia 16 de julho, no deserto de Alamogordo, no estado do Novo México, quando uma bomba de plutônio foi explodida.
No mesmo mês, o Imperador japonês Hirohito recusou a rendição proposta pelos EUA. A decisão tomada pelo presidente dos Estados Unidos, Henry Truman, foi utilizar a bomba atômica para evitar a invasão ao Japão, o que causaria, segundo estimativas, a morte de um milhão de pessoas. Em 06 de agosto de 1945, um bombardeiro B-29, apelidado de Enola Gay, despejou uma bomba de urânio (ironicamente chamada de “little boy”) sobre a cidade de Hiroshima, que explodiu a 570 metros do solo. Formou-se uma imensa bola de fogo no céu com uma temperatura de 300 mil graus Celsius, gerando uma imensa nuvem de fumaça na forma de cogumelo, que alcançou mais de 18 km de altura. Estimativas indicam que mais de 140 mil pessoas tenham morrido.
Três dias depois um novo alvo foi atingido. Sobre a cidade de Nagasaki, outro bombardeiro B-29, o Bockscar, despejou a “Fat Man”, uma bomba de plutônio mais forte que a que havia explodido sobre Hiroshima. A topografia de Nagasaki, localizada entre montanhas, impediu uma maior irradiação dos efeitos da bomba. Entretanto, mas de 40 mil pessoas morreram. Além das mortes em decorrência da ação direta das duas bombas, dezenas de milhares morreram posteriormente em decorrência da radiação.
No dia 02 de setembro de 1945, o Imperador japonês assinou a rendição do país. No saldo de mortos realizado pelo presidente dos EUA, a utilização das bombas atômicas pode ter sido lucrativa. Mas o que ficava para a população japonesa, em particular, e a mundial, em geral, era o terror frente a esse novo instrumento militar.
Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/hiroshima-e-nagasaki-bombas-e-terror.htm / Tales Pinto
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