''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

domingo, 18 de dezembro de 2011

O GATO DE BOTAS, o filme


Quando ele surgiu no filme do Shrek, o pessoal da DreamWorks viu alguma coisa naquele gato. O olho arregalado, os trejeitos, o jeito de andar e o modo de expressar humor tinha alguma coisa de incomum. É claro que estamos falando de uma personagem criada a partir de mãos humanas, e nada que ele faz tem vida própria, mas aquele personagem chamara atenção de alguma forma dos seus produtores. Sagacidade dos criadores? Genialidade dos desenhistas, ou pura obra do acaso? Vai lá saber o que houve, mas, o que se sabe é que o personagem do gato mereceu ir além do que ficar somente na turma do ogro verde.



Os estúdios apostaram no gato, colocaram botas nele e chamaram Antônio Banderas para dar voz ao bichano. O resultado de tudo isso foi um longa metragem de animação somente para ele com o título O GATO DE BOTAS. Logo que estreou nos Estados Unidos liderou as bilheterias nos primeiros finais de semana e alcançou a cifra de U$34 milhões de dólares, ficando na frente do filme ATIVIDADE PARANORMAL 3, que alcançou U$18,5 milhões. Os estúdios ficaram satisfeitos com a quantia arrecadada, o que deu um fôlego na DreamWorks, depois de uma queda drástica no faturamento dos filmes KUNG FU PANDA 2 e SHREK PARA SEMPRE, por não atingir aquilo que estavam esperando.




O filme conta a história de um gato foragido, que vaga pela terra seca em busca daquilo que dá lucro. Em uma parada em um bar ele compra um copo de leite, pagando com um anel roubado em sua última noite romântica com uma gata, e ali fica sabendo sobre os tais feijões mágicos. Determinado a roubar os feijões e alcançar o castelo onde fica a gansa dos ovos de ouro, ele vai à busca do casal Jek e Jill. Tudo caminha bem até que ele alcança a janela da pensão onde o casal está. Porém, antes de entrar no quarto depara-se com outro ladrão em busca dos mesmos feijões. Não consegue roubar nada, mas vai atrás do seu concorrente. Ao encontrar o mesmo, participa de um desafio de dança, onde acaba descobrindo que seu oponente é uma gata, e não um gato, como imaginava. Atraído por ela chega até um velho conhecido, o Ovo. O Ovo lhe explica todo o plano para conseguir os feijões mágicos, num primeiro momento ele não concorda, mas depois acaba cedendo aos poderes da sedução da gata que lhe atrai. Embaixo da iluminação da lua conta para a gata sua trajetória até ali, então ficamos sabendo que ele e o tal Ovo se conheceram no orfanato. Sonharam a vida inteira em encontrar os feijões mágicos, mas no final, devido a uma traição, acabou se magoando demais com o velho amigo. Agora, unidos, os três vão atrás dos feijões. E encontram o que querem. Plantam no lugar determinado e alcançam o castelo que fica nas nuvens. Uma vez lá, retornam trazendo o filhote da gansa, pois o galináceo também bota ovos de ouro. A partir de então temos uma série de reviravoltas na história, que se aqui forem contadas, perde a graça da coisa.
O filme é atraente e engraçado em alguns momentos. Em outros, chega a irritar pela demora no desfecho, mas logo tudo chega a um final considerável. O roteiro cheio de idas e vindas faz você acreditar em coisas que por hora parecem verdadeiras, mas depois descobrimos que eram farsas muito bem contadas para amarrar a história de uma forma intrigante e curiosa para quem assiste.
E para quem pensa que a lenda original foi esquecida, ledo engano, João do pé de feijão também está por lá; não necessariamente participando de forma direta com a história, mas ele está por ali, de certa forma perto dos feijões.

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