A protagonista do filme e o pássaro proibido pelo comando da capital, que ganhou uma música estranha cantada nas montanhas.
Eu fui assistir ao filme Jogos Vorazes, parte 1, ou alguma coisa parecida com isso. Enfim. Eu vi os filmes anteriores, e embora aquelas flechas e mortes a rodo faziam sentido num primeiro momento, esse não fez muito sentido pra mim. Fui por insistência dos meus filhos e da minha esposa, que é fã. Mas fui. Numa primeira decisão sobre qual filme ver, eu queria ver um tal de Keanu Reeves atirando em todo mundo, mas no fim das contas, acabamos vendo esse. Perdi a batalha para os outros três membros da família.
Mas os estresses não começaram aí, eles foram chegando aos pouquinhos. A começar pelas gurias que vão ao cinema pra jogar conversa fora. E jovens, quantos jovens no mesmo lugar. Eu cheguei a ficar com medo de ser pisoteado por tênis de marca, daqueles que acendem as luzinhas na parte de trás.
Começando pela sala de cinema cheia de jovens, e isso é um problema pra mim. Eu não gosto muito de falta de educação, estupidez, idiotices e pessoas sem limites. Não generalizo quanto a isso, mas desta vez, Deus caprichou na seleção, colocando uma quantidade imensa de pessoas assim no mesmo lugar. Pois então, foi tudo isso que vi durante duas horas parado naquele espaço. Primeiro uma infeliz que sentava atrás da minha poltrona tirou os sapatos, ou seja lá qual casco ela estava vestindo, e colocou os pés na minha poltrona. O cheiro insuportável do pé da desgraçada me tirava a concentração para ver e entender o que estava acontecendo na tela. E mesmo com um vídeo de instrução no começo das imagens onde diziam que não ''era para colocar os pés na poltrona da frente'', a cretina, talvez dona do cinema, não sei, continuava com suas patas ali. Eu pedi duas vezes pra ela tirar os cascos de lá, e na segunda ela tirou, reclamando é claro, como se eu fosse o cara mais inconveniente do mundo. Enfim. Tirado os pés e o chulé dali, o filme começou.
Ailton Graça como o cara que mexe no computador.
Num primeiro momento uma tal de Quéterim Éverdinho, protagonista do filme, estava eufórica, porque insistia em voltar para o lugar onde seus pais moravam. E depois de tanto insistir, entregaram uma aeronave pra moça voltar e ver o que sobrou da grande explosão, ou coisa parecida.
E ela volta. O interessante é que quando ela volta e vê tudo destruído, tijolo em cima de tijolo e caco em cima de caco, a casa onde os pais dela moravam, e que coinscidentemente também era o mesmo lugar que ela queria visitar, não sofreu nada. Impressionante ou coisa do cinema? Enfim, ela vai até a casa onde moravam seus pais e encontra o que ela quiser lá dentro, até o gato, que sai andando do nada e chega a ela.
Ela pega o gato e leva embora.
Anjo da moça Éverdinho, armado; ou, Padre Fábio de Melo.
Primeiro problema a ser enfrentado, como deixar o gato ficar vivendo num lugar onde gatos são proibidos? Sabendo que ela é a protagonista do filme, fica fácil deduzir o que vai acontecer na sequência. A irmã vai ficar com o gato, alguma coisa vai acontecer, envolvendo o gato, e a primeira piada do filme é feita em referência ao gato que ainda está no imaginário de quem assiste ao filme. Por fim, o gato tem uma grande influência em pelo menos quatro cenas do filme. É nesse momento que você começa a entender para onde o filme vai. Vai para o lado oposto do gato.
Diretora do filme fictício, ou, irmã do B.A. anos 80.
E para onde o filme vai? Tem um tal de Pita (Peeta) que eu resolvi chamar de filho do Gugu, que aparece pedindo pra galera não brigar contra um tal de 13. Treze esse que alguns cretinos que estavam sentados ao meu lado no cinema, ficaram chamando de ''reduto do PT''. Imbecis querendo ser engraçados o tempo todo. E isso matou o filme pra quem queria assistir. Tenho saudade do tempo que os lanterninhas do cinema trabalhavam no cinema.
Hortência como a rainha que muda de opinião.
Filho do Gugu como um cara que finge ser legal, mas quando tem a chance de ser legal, tenta estrangular a moça do filme e acabar com a alegria de quem pagou o ingresso pra ver o fervo na tela.
Por fim, depois de falarem muito e quase destruírem todo o filme que eu estava tantando ver, os cretinos começaram aplaudir o que viam na tela. Uma experiência única. Com certeza os dois bostas nem pagaram pelo que atrapalharam, mas enfim, esse é o trato com o cinema no País onde eu nasci.
Projeto de Jô Soares e a boneca Barbie, escutam o que Éverdinho tem a dizer.
Projeto de Jô Soares como o cara legal que tenta ajudar na hora que o bicho está pegando.
O projeto de Jô Soares envia Éverdinho para uma série de vídeos, com a diretora irmã do B.A. filmando tudo, onde a moça vai tentar inverter a situação que o Estado colocou em cima deles, dizendo que o interior não vale muita coisa. Ao mesmo tempo o interior quer mostrar quem é que manda na bagaça, mas com muita gente no hospital fica um pouco difícil de lutar. Ou seja, todos querem guerra, menos o tal do Peeta, que vive dando entrevistas na Tv pra dizer que todo esse negócio de guerra não leva a nada. Éverdinho, que nitidamente ainda gosta do filho do Gugu fica nervosa no início, mas ela começa a gritar para aos quatro cantos que ele, Peeta, está comprado e está sendo forçado a dizer o que fala.
Rapaz estranho que mais observa do que fala.
Para fechar o filme, ao invés de contar o que acontece, vou descrever como o casal falante ao meu lado estava combinando o almoço de sábado, pois foi somente isso que eu consegui entender nessa última parte do história.
Ele, Adaílton, e ela, Ângela, irão se encontrar no shopping Palladium pra ver outro filme, sábado que vem, e depois irão comer na praça de alimentação. Ela vai comer macarronada pra ficar bem. O cardápio dele eu não consegui ouvir.
Por fim, não há mais nada. Fico por aqui.
Fotos: google.com.br
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