''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quinta-feira, 18 de abril de 2013

OS PIORES TÍTULOS BRASILEIROS para FILMES ESTRANGEIROS


 Marilyn Monroe sempre sofreu com o estereótipo de ser um pouco mais atirada, se é que consegui me fazer entender. Por causa de sua condição de símbolo sexual, o filme "Bus Stop", que deveria naturalmente ter o título de "Parada de Ônibus", no Brasil ganhou o título de "Nunca Fui Santa".


 Em 1992, o besteirol estava na moda no cinema. Nesse mesmo ano foi lançado o filme "Wayne's World" ("O Mundo de Wayne"). Mas, quem viu o filme antes de traduzir para a nossa língua, acreditou que aquele não parecia um título digno para um representante desse conceituado gênero. Por isso, no Brasil os nossos tradutores resolveram chamar o filme de "Quanto Mais Idiota Melhor".


 Alfred Hitchcock também sofreu com os títulos brasileiros de alguns dos seus filmes. O mais famoso deles é "Um Corpo que Cai". Por qual motivo, qualquer um que seja, não deixou a mente de nossos tradutores passarem ''Vertigo'' para "Vertigem"?


  "Lost in Translation", de Sofia Coppola, é um caso clássico de metalinguagem. Na tradução literal, seria "Perdido na Tradução". E foi justamente o que aconteceu com os tradutores do filme, pois preferiram se perder num título genérico. Por fim, o filme acabou sendo nomeado como: "Encontros e Desencontros".


  "Giant" (ou "Gigante") não pareceu poético o suficiente para o drama estrelado por James Dean e Elizabeth Taylor. Por isso, os tradutores brasileiros resolveram atacar de "Assim Caminha a Humanidade", que virou até uma música do Lulu Santos.


  Steve Martin - Parte II. Em "Leap of Faith", algo como "Salto de Fé", o ator interpreta um pastor nada confiável. Para fazer graça, o título nacional traz um trocadilho bem questionável: "Fé Demais Não Cheira Bem".


 Os tradutores brasileiros têm pânico de nomes próprios. O clássico "Annie Hall" recebeu um título de pastelão no país, "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa". Talvez por isso Woody Allen hoje tenha o poder de decidir os títulos de seus filmes pelo mundo.


  Dar dramaticidade era regra pra quem fazia tradução de títulos no Brasil décadas atrás. "The Wild Bunch", "O Bando Selvagem" de Sam Peckinpah, ganhou um nome bem mais pomposo no país: "Meu Ódio Será Tua Herança".


  "A Malvada" é uma daquelas traduções interessadas em se aproveitar da fama da protagonista. O problema é que, nesse filme, o negócio se inverteu porque a "malvada" do longa não é Bette Davis. "All About Eve" significa "Tudo sobre Eve".


 Em 1996, "pentelho" já não era mais palavrão por causa do Faustão. A palavra foi a solução ideal para transformar "The Cable Guy" (ou "O Cara do Cabo") num filme mais atrativo para o público jovem. No fim, não atraiu tanta gente assim.


 Steve Martin - Parte I. "Parenthood", pela lógica, seria "Paternidade". Mas os tradutores devem ter achado pouco inspirado para uma comédia de riso frouxo e arrumaram essa solução: "O Tiro que Não Saiu pela Culatra". No caso, o tiro saiu, sim.


  Quando "My Girl" estreou no Brasil, virou "Meu Primeiro Amor". Não ofende ninguém, mas o pessoal não esperava uma sequência. E aí surgiu a bizarrice: "Meu Primeiro Amor 2", um dos piores títulos nacionais. Até "Meu Segundo Amor" seria melhor.


 Nem Jean-Luc Godard escapou dos tradutores criativos do Brasil. Um de seus filmes mais cultuados, "Pierrot le Fou" (ou "Pierrot, o Louco"), ganhou, na versão nacional o título de "O Demônio das Onze Horas".


Um dos exemplos mais recentes da "criatividade" dos títulos brasileiros é "Indomável Sonhadora". Talvez os tradutores tenham pensado que havia poesia demais em "Beast of the Southern Wild", algo como "Feras do Sul Selvagem", e recorreram a uma opção mais amena, mas sem deixar de ter um pé na pompa.

copiado na cara dura do http://cinema.uol.com.br/

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