Fonte: google.com.br
''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''
terça-feira, 28 de abril de 2015
Adeus MESTRE...
Morreu o mestre dos mestres, Antônio Abujanra.
Abujanra foi encontrado morto pelo filho. A causa da morte não foi informada.
Abujanra tinha 82 anos e apresentava o programa PROVOCAÇÕES, na Tv Cultura.
Fonte: google. youtube.com
COMO é difícil viver nessa tal de DEMOCRACIA
DEMOCRACIA: governo onde o povo exerce sua vontade soberana, disse algum grego lá atrás na História. Pois bem. Se a democracia diz que nós temos o poder de escolha, então por qual motivo somos impedidos de escolher sobre aumentar ou não os salários dos políticos desse País?
Uma reunião é marcada na surdina. Os políticos votam os próprios salários e pronto, tudo está resolvido. Que democracia é essa, onde os interesses de alguns valem mais do que aqueles que dizem respeito a grande maioria?
Por qual motivo somos impedidos de escolher muitas coisas erradas na sociedade, sem termos ao menos o direito de opinar sobre tais coisas?
Futuro Sustentável. Muitos são contra o capitalismo, outros são contra a burguesia, outros ainda vão além e se posicionam contra o consumismo. Muito bem, vamos pensar juntos.
Se a fábrica não contrata, não temos emprego, se não temos emprego temos uma crise, se temos uma crise a culpa é de quem?
Das fábricas que não contratam, obviamente, diria João Carroceiro. Mas, e se o governo enche as fábricas de taxas, impostos em cima de impostos e mais taxas, como contratar um funcionário e ainda pagar os encargos do governo? Difícil responder. Desta forma, a culpa é de quem? Do governo? Sendo que as fábricas não escolheram pagar esse amontoado de impostos, mas escolheram contratar, o que vai ser muito mais legal para o nosso País, mas, não podem fazer, pois grande parte do lucro fica nos impostos, nesse caso, onde está a democracia?
Tudo bem, digamos que uma fábrica consiga pagar todos os impostos do governo e ainda contratar milhares de funcionários, mesmo que seja uma multinacional e boa parte do lucro não fique por aqui, por que ainda assim um grupo de democráticos tem que bater na porta dessa mesma fábrica acusando-a de poluir o mundo ao seu redor? Tudo bem, ela polui, e não é pouco, é muita fumaça sendo jogada no ar diariamente, mas veja bem, ela paga seus impostos e contrata gente pra caramba, isso não conta? Por um lado está ''destruindo'' o ambiente, por outro, está girando a economia. O que é mais importante nesse caso? Não sei responder. Sinceramente. O que deveria fazer parte de uma balança do bom senso, não faz. Na democracia que estamos acostumados, o governo simplesmente corta aquilo que dá menos lucro pra ele. Não digo que cortar o governo da face da terra seja a medida mais correta, mas, que ele passe a se meter menos nos assuntos mencheviques.
O maior exemplo democrático desse texto é a tentativa de encontrar um culpado para os problemas. Primeiro culpamos as fábricas, depois culpamos o governo, e ficamos com esse culpado, sem alternar mais.
O governo democrático em questão está no poder porque alguém os colocara lá. Quem? O povo. Através do qual sistema? O voto. Dito como totalmente democrático. Nesse caso democracia seria aceitar o que o outro pensa, respeitando as diferenças. Mas... Nesse País isso inexiste.
Se a fábrica polui, ela destrói a camada de ozônio, se a camada de ozônio esburaca, ela queima o ser humano. Se o ser humano queima, ele vai ter problemas de pele. Com problemas de pele ele precisa procurar um médico. Uma vez no médico, o Estado democrático que ele tanto apoiou, diz que não se sente mais responsável por tudo aquilo, então ele é encaminhado para o médico do SUS, o que no fim das contas, demora para ser atendido. Mas sempre é, caso não morra antes, obviamente. E quando morre, o faz na fila de espera, ou no corredor.
Mas, por outro lado, tem gente que pode pagar, contanto que... Ele trabalhe na fábrica e tenha um bom emprego, de preferência com plano de saúde. Ou seja, se a fábrica não polui, não há emprego.
NUM exemplo hipotético posso divagar: na empresa onde eu trabalho vivo uma democracia disfarçada. A chefe em questão vive cuspindo para todos os lados que é aberta ao diálogo e que sempre está receptiva para coisas novas, pois bem, na prática não é bem assim. Quando você tem uma ideia nova, a sua ideia nunca é aceita. Quando você pensa em opinar sobre algo que está errado, você está sempre com ''inveja''. Quando alguma coisa é dita para melhorar o ambiente de trabalho, você está querendo inventar moda. Mas, em todos os almoços e confraternizações, a mesma chefe paga de boazinha e diz aos quatro cantos que a relação entre ela e os funcionários é democrática. Democrática até o ponto que você discorda da opinião dela, daí você passa a ser inimigo, perseguido e odiado em todos os cantos. Por todos os dias, meses e anos da sua vida, pelo menos enquanto trabalhar ali.
A mesma pessoa que acabei de citar não gosta muito de trabalhar. E não trabalha por uma questão de luxo, o que seria uma perfeita idiotice caso ela fosse a proprietária do negócio; mas não trabalha justamente porque seus superiores, os verdadeiros donos, não tem muito tempo pra acompanhar de perto o negócio que criaram, e sem saber o destroem pouco a pouco nomeando mentecaptos, como ela, para tomar conta do empreendimento. Para tanto, torna-se um agravante trabalhar próximo a ela. Caso o funcionário pense em demonstrar serviço, coitado, a degola está prometida. Ele será perseguido, caçado e linchado por ela e seus assessores. O macete é não trabalhar muito, puxar a sardinha, elogiá-la o tempo todo, e compartilhar das suas falcatruas. Isso o fará ser admirado em todas as instâncias e quem sabe ganhar até uma promoção no final do ano.
O lugar onde trabalho ainda não se tornou insuportável. Não porque tenho uma chefe imbecil, mas sim porque tenho plena consciência que vivemos numa democracia e sei respeitar as diferenças. Ela não sabe, prova disso é o fato de ainda grita pelos quatro cantos que a revolução continua, onde os inimigos devem ser decapitados, o que se na prática ela pudesse o faria com certeza. Democracia é isso, viver compartilhando ideias e atitudes diferentes, sem desviar do caminho. Pena que muitos ainda não aprenderam a viver, esquecem que não são melhores do que os outros, e ignoram o fato de que nem todo mundo pensa igual a você.
Dia a dia a empresa afunda mais, e quando naufragar de uma vez por todas e sufocar aqueles que nunca cogitaram a ideia de sobrevivência, acordarei desse devaneio todo, pegarei minha boia e remarei para outra empresa. Afinal, a democracia me permite fazer isso.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
EVENTOS que VOCÊ não pode PERDER
Como fazer origami com seu papel de trouxa.
MUTIRÃO para levantar o FORNINHO.
ENCONTRO da minha mão na sua CARA.
FILA de espera para ser adotado (a) pela ANGELINA JOLIE.
PROCURA-SE amigos com sítio, fazenda, casa na praia ou casa c/ piscina p/ uma amizade SINCERA.
MUTIRÃO para recolher o dinheiro que não traz FELICIDADE.
SHOW do Artista DESCONHECIDO.
MUTIRÃO para descobrir se vale a pena VER DE NOVO.
OPEN BAR de vodca para tomar com o gelo que você ME DEU.
Fonte:https://catracalivre.com.br/geral/invencoes-ideias/indicacao/os-eventos-falsos-mais-engracados-do-facebook/
terça-feira, 21 de abril de 2015
O PEQUENO PRÍNCIPE, em breve.
Nova versão para o cinema desse clássico da literatura mundial.
Fonte: youtube.com
domingo, 19 de abril de 2015
Homenagem, Dia do Índio.
Em memória de um grande líder por um mundo melhor: Geraldino Rikbaktsa
Geraldino Muitsy Rikbaktsa, do clã Makwaraktsa (arara amarela), faleceu no dia do Índio, dia 19 de abril de 2014.
Geraldino de camisa azul.
Texto escrito por Rinaldo Arruda.
Geraldino Muitsy Rikbaktsa, do clã Makwaraktsa (arara amarela), faleceu no dia do Índio, dia 19 de abril de 2014. Foi uma grande perda para o povo Rikbaktsa e para todos os que o conheceram. Geraldino cresceu e se tornou homem num mundo sem os brancos, só os conheceu quando era um jovem adulto. Ele pode ser um Rikbaktsa no seu próprio mundo, um mundo sempre presente em seus atos e seu modo de ser. Foi um homem sempre ativo, lutando pelos direitos de seu povo, bom caçador, sabia cantar, tocar flauta e dançar com perfeição, ótimo artesão, excelente agricultor e, acima de tudo, sabia conviver com todos, um mestre do bem viver. Através dele vi por uma fresta o mundo Rikbaktsa e vi a possibilidade de um outro mundo, de um mundo melhor.
Geraldino MUITSY RIKBAKTSA nasceu na região do Escondido, no divisor de águas entre o rio Juruena e o rio Aripuanã, no norte do estado do Mato Grosso. Como ele dizia, naquele tempo havia espaço, o mundo era floresta sem fim e a convivência com todos os seus seres era livre, “o espaço era livre para andar como quiser”. No espaço livre viviam os Rikbaktsa, os Cinta Larga, os Kaiabi, os Apiacá, os Munduruku, os Manoki, os Nambiquara, os Enawene-Nawe, os Tapanhuma. Esse mundo era a mata plena e abundante, compartida entre estes vários povos, cada um num território mais ou menos definido, mas sem fronteiras estabelecidas entre eles. Explica: - Ninguém pensava que a terra e todos os seres ali eram “uma propriedade”, os humanos só eram uma parte de um todo indivisível. Ninguém precisava ficar parado, cercado, como é hoje. Assim, as aldeias eram sempre um tanto provisórias, assim como os locais de roça, as trilhas de caça, os pontos de pesca. Nessemundo livre eles viviam e mudavam de lugar sempre que a caça escasseava, ou que o solo da roça perdia a força ou quando encontravam um outro ponto agradável e promissor.
Geraldino Muitsy Rikbaktsa, do clã Makwaraktsa
Foi ali no espaço livre que viram pela primeira vez seres humanos muito diferentes, cortando as árvores para retirar sua seiva. Diferente deles, que torciam galhos de passagem para marcar as trilhas, estes novos seres deixavam cortes muito precisos e derrubavam muitas árvores. Ao se aproximarem mais para observá-los eram sempre atacados por armas que matavam de longe cuspindo fogo; vingavam-se também, atacando e matando os “seringueiros”, nome que aprenderam mais tarde. Aqueles eram pessoas diferentes, cobertos de panos, alguns brancos, outros meio pretos, todos com muitos pelos no corpo, barba, esquisitos e muito bravos. Nunca conversavam, sempre os atacavam para matar. Foi muito difícil pacificá-los, dizia Geraldino. Só o conseguiram anos depois quando lograram, pela primeira vez, falar com um deles sem serem atacados. Era o jesuíta João Dornstaudter que, ao longo da década de 1950, encabeçando várias expedições que deixavam “presentes” nas trilhas indígenas (facões, machados, espelhos, tesouras e outros objetos), conseguiu aproximar-se mostrando a disposição de conversar em paz. Financiado pelos seringalistas, para os quais a guerra com os resistentes indígenas impedia a exploração satisfatória da borracha, e animado pelo zêlo missionário da pacificação e catequese, Pe. João conseguiu por fim à guerra entre os Rikbaktsa e os seringueiros que já durava cerca de dez anos. A “primeira fala” foi em 1957, na beira do rio Juruena.
Porém, pacificados os brancos e pretos, outra tragédia veio com o contato regular: as doenças (gripe, pneumonia, e outras epidemias) dizimaram o povo Rikbaktsa: de cerca de 1200 pessoas, dois anos depois sobreviviam apenas 250. Destes, cerca de 100 eram crianças que foram levadas ao Internato Jesuítico de Utiariti, no rio Papagaio, território do povo Paresi. Criados pelos padres jesuítas e pelas Irmãs do Sagrado Coração, junto com crianças dos povos Paresi, Iranche, Kayabi, Nambiquara, eram proibidos de falar a própria língua e viviam um rígido sistema de educação e trabalho voltado para transformá-los em “cristãos civilizados”. Os adultos que sobreviveram foram transferidos de todo aquele espaço livre para uma única área, cercada cada vez mais por fazendas, seringais, mineração e uma população branca que gradativamente ia invadindo e explorando os recursos do antigo mundo deles. Parecia o fim do mundo! E foi: o fim daquele mundo livre, do espaço livre, do fazer livre, da autossuficiência, da autonomia. Nesse novo mundo cercado, os jesuítas montaram o posto missionário do Barranco Vermelho, na margem do rio Juruena, onde aldearam os sobreviventes. Foram transferidos da amplidão de seu território tradicional para a estreiteza da única área reservada para eles: terra indígena Rikbaktsa. No Barranco Vermelho processavam-se também os esforços de “catequização e civilização” dos jesuítas sobre os indígenas.
Nesse cenário caótico e apocalíptico é que Geraldino, encabeçando uma parcela do povo Rikbaktsa fundou uma aldeia próxima à primeira cachoeira do rio Juruena. Era a aldeia da Primeira, hoje conhecida como aldeia Primavera, numa rememoração de seu sentido inicial: um recomeço. Em torno dele, e de outros de sua geração, se estruturou o eixo da resistência Rikbaktsa e o processo de reconstrução de seu povo e cultura. Outras aldeias foram criadas e ocupadas, o povo voltou a crescer e finalmente com o fechamento do internato de Utiariti por volta de 1970, as crianças Rikbaktsa ali criadas voltaram todas para a área, já adolescentes e jovens adultos. Ele foi, de novo, junto com Tapema, Intsimy, Awi, Chukmy e vários outros, fundamental para o dolorido processo de inclusão destes jovens, já em boa parte esquecidos do viver Rikbaktsa, nas práticas e rituais de sua cultura.
Nessa década de 1970 Geraldino também passou a atuar “para fora” participando ativamente das Assembleias indígenas que pela primeira vez realizavam-se, com a participação dos vários povos indígenas brasileiros e que marcaram a emergência de um movimento indígena no Brasil, espraiando-se em lutas para a recuperação de seus territórios e pelo estabelecimento de direitos fundamentais. Nas fotos abaixo ele aparece em companhia de Paulo Xavante no intervalo de uma destas assembleias e na mesa da Primeira Assembleia de chefes indígenas em Diamantino, em 1974, quando João Bonito Paresi discursava.
Na década de 1980 os Rikbaktsa passaram a lutar para recuperar ao menos parte do território em que outrora viviam e do qual foram transferidos para dar lugar a projetos de colonização. Tiveram que enfrentar as forças combinadas dos interesses econômicos e da repressão do Estado brasileiro, ainda com forte influência de grupos participantes da ditadura militar, empenhados em destituí-los de suas terras. No Japuíra encontrava-se instalada a Fazenda São Marcos, do grupo Bourbon. No Escondido a empresa “Cotriguaçu Colonizadora do Aripuanã Ltda” detinha a posse de uma área de um milhão e seiscentos mil hectares, dentro da qual se encontrava o antigo território Rikbaktsa do Escondido.
Diante da morosidade do governo para o reconhecimento de seu território, no dia 08 de maio de 1985 retomaram a área do Japuíra, ocupada pela Fazenda São Marcos, retirando pacificamente seus oito empregados. Como resposta sofreram a repressão da “Operação Juruena” comandada pelo tenente Altair Magalhães, treinado em luta anti-guerrilha na selva, a partir de uma denúncia arquitetada pelo funcionário da FUNAI Célio Horst. A acusação era de que os Rikbaktsa estavam invadindo todas as fazendas da região e pareciam desenvolver ações de guerrilha visando desestabilizar o governo de Mato Grosso!!! Foram aviões sobrevoando em círculo as aldeias, barcos grandes chegando pelo rio Juruena (47 soldados armados para uma guerra, fuzis, metralhadoras). Já chegaram à margem, onde duas lideranças Rikbaktsa os esperavam desarmados, atirando bombas incendiárias no pasto seco, derrubando os índios no chão, metralhadoras na cabeça e os amarrando com as mãos nas costas. Enfim, tamanha repressão, o aprisionamento de homens, mulheres e crianças, o confisco de suas armas (arcos e flechas), ferramentas, utensílios, roupas, barcos e canoas e sua posterior expulsão pela mata adentro, desarmados para andar mais de 60 km até a área Rikbaktsa foi uma operação à altura dos piores anos da ditadura.
Uma comissão de 12 lideranças Rikbaktsa desloca-se para Brasília reivindicando seus direitos e denunciando as violências das quais foram vítimas. Na foto abaixo pode-se ver Geraldino Matsy, o segundo a partir da esquerda e ao fundo o deputado Mário Juruna, o primeiro e único indígena deputado federal no Brasil. Foram quase duas décadas de luta, recheadas de enfrentamentos e dificuldades, durante as quais sua atuação firme, junto com seu povo e aliados, resultou finalmente na demarcação da Terra Indígena do Japuíra em 1987 e da Terra Indígena do Escondido, seu local de nascimento, em 1998. A passagem por Brasília foi para ele muito instrutiva para entender melhor o mundo do branco. Me disse que lá entendeu que tudo era organizado em caixas: as pessoas moravam em caixas umas sobre as outras, divididas internamente em várias caixas (banheiro, quarto, sala, etc.), de lá saíam em outras caixa móveis, os automóveis, trabalhavam nas caixas escritório e estavam transformando o mundo todo em caixas. Mas, o que mais o chocou foi ver nessa cidade, capital do Brasil, um homem catando no lixo o que comer. Saiu do hotel para caminhar pela calçada e viu: um homem fuçava no lixo fedido. O que procurava? O choque veio com a visão do homem levando algo do lixo à boca!
De volta à sua terra, teve também papel decisivo na ocupação das novas áreas: fundou a aldeia Pé de Mutum na Terra Indígena do Japuíra, hoje a maior entre as 33 aldeias do povo Rikbaktsa, incentivando e dando o exemplo para a reocupação das áreas reconquistadas. Nos últimos anos de sua vida viveu na aldeia Pé de Mutum, cercado de seus 5 filhos e famílias, netos e bisnetos. Passou a chefia da aldeia para seu filho mais velho, Francisco e, sempre ativo, passava os dias fazendo artesanato (flechas, peças de plumária), indo à roça, participando das atividades da aldeia e, com sua presença ativa, iluminando o caminho para as novas gerações. Sua morte, no dia do índio em 2014, foi fortemente pranteada por todos que, nos rituais de lamentação, orientaram seu espírito para encontrar o lugar dos antepassados, aos quais finalmente se juntou. Seu exemplo de firmeza, de valorização cultural e de luta por seus direitos continuará sempre vivo entre os Rikbaktsa e entre os que o conheceram. Muitas saudades do Geraldino!
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-memoria-de-um-grande-lider-por-um-mundo-melhor-geraldino-rikbaktsa-8126.html / Antropólogo, Rinaldo Arruda escreve sobre o líder do povo Rikbaktsa, falecido no Dia do Índio há um ano.
Dia do Índio.
A data de 19 de abril, referente ao dia do índio, foi sugerida no ano de 1940 durante o I Congresso Indigenista Interamericano, que aconteceu na cidade de Patzcuaro no México.
O congresso tinha como proposta debater os assuntos relacionados às sociedades indígenas que compõem todo o continente americano. Os índios foram os convidados de honra do evento, mas devido as perseguições e traições ocorridas durante toda a sua história (história em contato com o “homem branco”), a reação inicial foi de boicote. Contudo, foi esclarecido que o congresso tinha o intuito de buscar a melhoria dos direitos dos grupos autóctones (esse é outro termo usado para se referir aos índios), tornando assim a adesão mais efetiva.
Além de formular as políticas indigenistas, o congresso também foi responsável por criar o Instituto Indigenista Interamericano que, sediado no México, teria a responsabilidade de garantir os direitos do povos indígenas. A data “19 de abril” para comemoração do dia do Índio foi escolhida por marcar o primeiro encontro dos delegados indigenistas no Congresso.
Na época, o Brasil não se filiou imediatamente ao instituto. Foi após muita insistência do Marechal Rondon (militar e sertanista brasileiro, defensor das causas indígenas) que Getúlio Vargas finalmente aderiu ao Instituto, estabelecendo também a data de 19 de abril como o “Dia do Índio”.
O Brasil é um país extremamente diverso e pluricultural e o “Dia do Índio” é a data comemorativa para a valorização e divulgação da cultura indígena, mas precisamos ter em mente que essa valorização precisa ser cotidiana e junto a ela deve vir o respeito de sua identidade cultural.
A partir da Lei Nº 5.540, de 2 de Junho de 1943, Getúlio Vargas decretou que o Dia do Índio seria comemorado no dia 19 de Abril.
Fonte: http://brasileirissimos.xpg.uol.com.br/dia-do-indio/ texto de Tales Pedrosa.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
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