''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

domingo, 10 de junho de 2012

10 de JUNHO - DIA de CAMÕES



Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, teria recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antiga, assim como a história moderna. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boêmia e turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se auto exilou na África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista OS LUSÍADAS. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.




Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cômico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores. O que não é novidade alguma nesse mundo onde vivemos. Não somente ele, mas tantos outros não tiveram reconhecimento em vida, mas sim algum tempo depois da morte. Como dizia o poeta perdido: ''todo mundo quando morre vira gênio e santo''. A obra de Camões influenciou gerações de poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.



Oficialmente o Dia de Camões é comemorado em Portugal e nas Comunidades Portuguesas. A data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 10 de junho de 1580 passou para a história, mas até hoje, o dia 10 de junho é utilizado para relembrar os feitos passados.



Fonte: quediaehoje.net / wikipedia.org

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