CHEGAMOS cedo naquele dia. Entramos pela porta da frente e nos encontramos no corredor da sala de aula. Era para ser um dia normal, como todos os outros, mas não foi, coisas estranhas aconteceram o tempo todo. Afinal, do que estamos falando?
FREQUENTO uma sala de aula, três vezes por semana, para o estudo dos movimentos lunares. Aí você me pergunta: por que é importante estudar os movimentos da lua? Justamente por isso, ela se movimenta, e como não sabemos ao certo como isso ocorre, estamos estudando aos poucos. Pois bem...
Nossa turma é composta de 44 pessoas, mas nem sempre todos estão presentes. Pensando nisso, a idosa da turma, nossa mascote de trezentos anos, decidiu fazer um churrasco. Seria um churrasco muito bacana, se todos pudessem ir, é claro; mas no fim das contas, não foi. Como sempre ocorre, todos estão animados durante o processo de planejamento, mas, no último minuto do último segundo da última hora, ninguém mais pode ir. Sempre é alguém que morre naquele momento, um filho que ficou sozinho na escola, uma avó que caiu e quebrou os braços jogando bola, ou um marido que inventa uma viagem de repente. E foi o que aconteceu, não fugimos a regra, e praticamente ninguém foi. Na verdade, não posso ser injusto em dizer ninguém, cinco pessoas foram, de um total de 44, o que é considerado uma boa média para a cidade onde resido.
Sempre tem alguém que leva o violão, ao mesmo tempo em que tem sempre alguém que não sabe cantar, mas puxa todas as melodias da noite, e por aí vai. No fim das contas, quem pagou o pato? Quem não estava bêbado é claro.
E assim, a vida segue, de preferência longe desse tipo de evento. Da próxima vez, creio eu, estarei ocupado levando minha bisavó à musculação, por isso, infelizmente, não poderei comparecer.
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