''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
CINEMA dos ANOS 80
CONVERSAVA eu com um amigo na esquina da padaria PÃO de QUEIJO, na rápida com a José Gumercindo, no bairro onde moro. Estávamos empolgados, fazia tempo que não nos víamos, e por isso, estávamos falando sobre tudo um pouco, dentro do nosso parco conhecimento e visão limitada das coisas que nos rodeiam, mas, a conversa estava legal. Então, no meio da prosa, uma amiga dele, que conheço de vista, se aproximou. Parou perto da gente, ouviu umas três frases daquilo que estávamos falando, e soltou sua opinião:
_ Eu odeio o cinema dos anos 80.
PRONTO, foi o que bastou. Espere aí tia, como assim, odeia?
ESTÁ CERTO, não posso fazer você gostar de tudo que gosto, e nem perder tempo justificando que aquilo que é ruim pra você, é bom para outros, mas, odiar algo que você não viveu, espera lá, não é bem assim não.
EU VIVI nos anos 80, assim como esse meu amigo também viveu, afinal, crescemos juntos na mesma cidade do interior. Nesse laço de conversa, fiz questão de perguntar para a tia recém chegada quantos anos ela tinha. Eis que a moça me respondeu 17.
Minha nossa! 17 anos não passou nem perto da esquina dos anos 80, pois, quando ele morreu, ela ainda demorou dez anos pra nascer. Nos anos 80, quando ouvia falar que um filme estava sendo lançado nos EUA, contava os dias, que não chegavam nunca, pra poder ver aquela história na tela. E quando ele passava, era a glória da sétima arte imperando no quintal da minha vidinha restrita, e por vezes pançuda, do interior. Sessão da tarde era tudo que nos ligava com o mundo exterior, e os filmes tinham uma certa qualidade, para aquele momento, que fique bem entendido. CINEMA nos anos 80 era feito para os anos 80, óbvio. Assim como essa geração de hoje, não curte muito os filmes dos anos 80, talvez, a geração da década de 2030 não irá curtir os filmes que vemos hoje. Nos anos 80 o cinema, sobretudo o estadunidense, tinha muito exagero, essa era a marca daquele tipo de filme que vinha de fora, e isso era o mais legal de tudo. O cinema dos anos 80 retratava aquele momento, e pode não parecer para alguns, mas, tinha muita política envolvida em algumas histórias, muito patriotismo estadunidense e muito sangue no olho quando se falava sobre determinados assuntos. O cinema no Brasil não estava bem nesse período. Os grandes estúdios estavam encerrando suas produções, e logo morreriam para sempre, os tempos estavam mudando, e o principal órgão de financiamento do cinema nacional estava com seus dias contados. A televisão não exibia filmes brasileiros, salvos alguns canais específicos que não pegavam no interior do Paraná onde eu morava. Pois então, nossa influência maior eram os filmes dos Estados Unidos, fazer o quê? Era o que tínhamos, e era a fonte que bebíamos.
Na cidade onde nasci o cinema de rua sobreviveu até os meus seis anos de idade, depois, virou igreja e nunca mais reabriu. Locadora de vídeos não existiam ainda. Vídeo-cassete era uma raridade, e só duas famílias ricas da cidade possuíam esse tipo de aparelho. Pronto, a única diversão que tínhamos a partir de então era a TV. No princípio preto e branco, depois colorida. Quando o desenho dos caça fantasmas virou filme, foi uma febre. Naquela cidade pequena não se falava em outra coisa a não ser em caçar fantasmas. Tela Quente era o evento da semana. Esperávamos a semana inteira para ver o que a TV ia apresentar na segunda à noite. A partir de então, o filme era comentado até a metade da semana.
QUANDO esse carro que abriu suas portas pra cima voou para o futuro, pronto, foi o que bastou, todo mundo só falava nisso. Não existia outro tipo de assunto. Ficávamos malucos esperando a sequência daquele dia que o menino quase estragou o encontro dos seus pais no passado, arruinando o seu nascimento no futuro. E quando a sequência chegou, já era. Todo mundo pirou com aquilo. Primeiro uma história sem pé nem cabeça, criando um tempo alternativo, depois o velho oeste. Confesso que chorei quando vi o carro ser estraçalhado pelo trem super ultra mega moderno da década de 80. Até hoje, de vez em quando, fico imaginando um quarto filme da franquia.
Tinha filme RUIM nos anos 80? Sim, muitos, mas, hoje também temos muitos filmes que não dá pra engolir de jeito nenhum. Quando CURTINDO A VIDA ADOIDADO quebrou a quarta parede e falou conosco, foi uma coisa muito louca. Era diferente, era algo estranho, mas ao mesmo tempo, muito bom de ver e viver aquilo. Matar aula pra curtir um dia com os amigos, num carro fantástico, era o que estava em voga. E mais uma vez a gente seguia a banda por esse caminho.
Os filmes de terror são um grande exemplo para demonstrar que filmes dos anos 80 são filmes dos anos 80 e filmes de hoje, são filmes de hoje. Assistindo SEXTA-FEIRA 13 nos anos 80, não dormíamos. Era muito terror para uma alma só. Jason passou a ser o símbolo do medo. Depois veio Fred, e assim por diante. Recentemente encontrei na banca de uma loja de departamentos alguns dvds de Sexta-feira 13. Comprei um e fui pra casa assistir. Assisti recentemente e ele não me causou medo algum. Pelo contrário, ri muito. Parecia estar vendo uma comédia. Óbvio, não estamos mais nos anos 80. Agora, assistindo JOGOS MORTAIS, confesso que não fico rindo como em Sexta-feira 13, isso para citar um, mas, há inúmeros filmes hoje, que são terror de hoje, por isso não me provocam riso. Como eu já disse, talvez em 2035 ou 2040, esses filmes de terror feitos hoje fiquem engraçados perto daquilo que ainda vão produzir daqui uns 20 ou 30 anos.
QUEM não sonhava em ver Stallone e Schwarzenegger no mesmo filme? TODO mundo que era fã desse tipo de filme pensava nisso naquela década, sobretudo os meninos. Há uns dez anos atrás justificaram ser impossível para aquele momento ver os dois na mesma história, pois os salários seriam tão exorbitantes que os estúdios não conseguiram bancar algo dessa magnitude. Enquanto um matava vietnamitas, o outro lutava com máquinas do futuro. E todo mundo explodia no final esperando uma nova história com os dois. ERAM os verdadeiros líderes de bilheteria. Como vivíamos num período sem câmeras nos dentes, como é hoje, você sorri e alguém já está registrando tudo, não sabíamos muito da vida desses atores fora das telas. Por isso, tudo que eles estavam envolvidos tinha muita audiência e chamava muito público.
Top Gun, Uma Cilada para Roger Rabbit, ET, Robocop, e tantos outros, tudo era muito novo, para aquele momento. Histórias que caíram no gosto do público e eram filmes para serem vistos, lembrados e revistos dentro dos anos 80. Pois bem, os anos 80 acabaram, os anos 90 chegaram, novas propostas, novas ideias, novos filmes, novas produções, efeitos especiais cada vez mais espetaculares e a vida seguindo. NÃO FOI A TOA, que muitos filmes que fizeram sucesso nos anos 80, ganharam sequências nos anos 90. E outros ainda, ganharam sequências nos anos 2000, e mais recentemente, começaram as fases dos remakes (refilmagem), onde filmes que fizeram sucessos, são regravados com outros atores, e outras propostas, as vezes mantendo a mesma história, ou não necessariamente. Muitos filmes dos anos 80 viraram clássicos, por que será? Será que viraram clássicos por que as pessoas que gostavam tanto desse tipo de filme, não deixam a humanidade esquecer daquilo que eles gostavam e juraram bater na mesma tecla até o fim dos seus dias, propagando para os quatro cantos, como aqueles filmes são bons, ou porque, simplesmente, eram bons? Fico com a segunda opção, mas isso é uma opinião muito pessoal. E lanço essa letra, justamente pelo fato de acreditar que hoje em dia tem gente que gosta muito desse tipo de filme... Ainda. Não é a toa que Stallone ganhou um dinheirinho juntando seus amigos dos anos 80 pra montar um grupo de mercenários. Não é a toa que algumas franquias juntam uma grana quando invadem os cinemas anualmente, franquias estas que estão por aí, desde os anos 80, 70, 60, e por aí vai. Por outro lado, enquanto uma galera gosta do cinema dos anos 80, tem muita gente que não gosta. Se você não gosta, e consegue argumentar justificando seu gosto, é uma coisa a se respeitar, agora, se um filme ruim, fez você odiar toda uma leva de filmes arrasa quarteirão, lançados nos anos 80, aí, só lhe resta mesmo, aparecer do nada, dizer que odeia o cinema dos anos 80, e depois ir embora, da mesma forma como chegou. Sem opinião, argumentação e presença.
Fonte das imagens:
http://culturissima.com.br/cinema/cinema-dos-anos-80-em-cartaz-no-santander-cultural/
https://comunichaos.wordpress.com/category/cinema-2/
https://www.cashola.com.br/blog/entretenimento/15-personagens-do-cinema-que-fizeram-historia-nos-anos-80-619
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwj-45X8ncbXAhXEC5AKHaJKAWMQjhwIBQ&url=https%3A%2F%2Fopiniaocentral.wordpress.com%2F2016%2F01%2F01%2Fo-melhor-do-cinema-dos-anos-80%2F&psig=AOvVaw1WO838bEBL30M4fGpHGoP8&ust=1511029523095527
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
MELHORES fantasias do Halloween 2017
Encontrei enquanto peregrinava pelo nao salvo.
Fonte: http://www.naosalvo.com.br/aqui-estao-as-melhores-fantasias-do-halloween-2017/
enfim NOVEMBRO
Novembro lembra nove, e essa lembrança não é a toa.
Na língua latina, novembro traduz-se por novem (nove). O nome tem tudo a ver, uma vez que este era o nono mês do calendário romano, preparado por Júlio César, no ano 46 a.C.. Lembrando que este mesmo calendário começava em março. No calendário gregoriano, preparado a pedido do Papa Gregório XIII, novembro passou para a décima primeira posição, sendo o mês onze, durando assim trinta dias.
Em 46 a.C., Júlio César, fazendo uso de sua autoridade máxima em Roma, cumpriu suas tarefas. Uma delas era decidir quando se introduziam os meses no calendário romano tradicional. Dessa forma, realizara uma reforma no calendário. Essas mudanças passaram a vigorar na data de 1 de janeiro de 45 a.C.. O calendário foi alinhado com as estações do ano, passando a ser um calendário solar; muito parecido com o calendário egípcio que estava em vigor naquela ocasião.
Como características desse calendário, passaram a vigorar as seguintes regras:
Calendário anual fixado em 365 dias, esse período será chamado de ano comum.
Calendário anual fixado em 12 meses, não mais utilizando os chamados meses intercalares. Nesse novo formato deveria se acrescentar 1 ou 2 dias aos meses do ano.
Acrescentar 1 dia de 4 em 4 anos, sendo mais 24 horas, resultado esse da diferença de aproximadamente 6 horas entre os 365 dias do novo calendário e o valor médio do ano trópico de 365 dias e 6 horas. Esse dia a intercalar ocorria no sexto dia antes de março, ou, no nosso atual calendário, antes de 24 de fevereiro. Esse chamado dia repetido, chamava-se de dia bissexto, ocorrido antes de março, dando nome assim ao ano em vigência, como ano bissexto. Exatamente como usamos ainda hoje.
O primeiro dia do ano passa a ser o dia 1 de janeiro no nosso calendário, oito dias depois do solstício de inverno, tudo calculado para coincidir com o oitavo dia antes de janeiro, ou, dia 25 de dezembro no nosso calendário.
Após a elaboração do calendário, por Júlio César, e as modificações feitas por Augusto, o primeiro imperador, esse calendário ainda é utilizado por alguns cristãos em diversos países. Nesse caso, os anos bissextos ocorrem sempre de quatro em quatro anos.
No século XVI, o Papa Gregório XIII convocou um grupo de especialistas para corrigir o calendário em vigência até então, o calendário Juliano. A partir de então, nasceu o calendário gregoriano.
Como convenção, o calendário gregoriano é adotado para demarcar o ano civil no mundo inteiro, o que facilita o relacionamento entre as nações. Isso ocorre porque a Europa, na História, exportou seus padrões para os outros países.
Fonte de Consulta:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_juliano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_gregoriano
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/calendario-calendario-juliano-calendario-gregoriano-e-ano-bissexto.htm
https://www.significados.com.br/calendario-gregoriano/
http://escolakids.uol.com.br/historia-do-calendario.htm
http://www.calendariodoano.com.br/calendario-gregoriano/
https://pt.aleteia.org/2015/02/22/15-curiosidades-sobre-o-calendario-gregoriano-uma-mudanca-que-literalmente-marcou-epoca/
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
o comentarista
QUANDO você tem que trabalhar,
mas na verdade queria estar em casa
tomando um bom VINHO
Encontrei enquanto peregrinava pelo Kibe Loco.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
sábado, 10 de junho de 2017
BEM VINDO
Fonte da imagem: http://artesanatoluguimaraes.blogspot.com.br/2014/02/camiseta-customizada-caveira.html
adeus ADAM WEST
Adam West, conhecido por interpretar o herói Batman na TV na década de 1960, morreu aos 88 anos, em Los Angeles. Segundo informações da BBC, o ator sofria de leucemia.
Fonte das imagens: wikipedia / google
Fonte das informações: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/adam-west-conhecido-por-interpretar-batman-na-tv-morre-aos-88-anos.ghtml
quinta-feira, 25 de maio de 2017
NOVO correspondente INTERNACIONAL
Aguardem mais notícias sobre o assunto.
NOTÍCIA encaminhada aos dois leitores desse blog.
Olavo Ratinzel da Silva já está viajando para seu
lugar de destino, em breve teremos informações mais concretas.
Hoje é dia de Pizza na casa do Osmar
QUINTA-FEIRA
é dia de se deliciar com a pizza mega ultra violenta ignorante calabresa frango com catupiri na pizzaria do Osmar, o jovem óleo.
Encomendas no telefone ao lado do balcão.
ANÚNCIO PATROCINADO
sexta-feira, 12 de maio de 2017
adeus Professor Antônio Cândido
Morreu em São Paulo o crítico literário e sociólogo Antônio Cândido. O professor, autor, entre diversas obras, de 'Formação da Literatura Brasileira', tinha 98 anos.
Abaixo dois links para conferir. O primeiro trata de uma reportagem sobre o professor Antonio Cândido, na comemoração dos 50 anos de publicação do livro Formação da Literatura Brasileira'. E o segundo link remete a uma entrevista concedida pelo professor Antonio Cândido quando ele completara 95 anos.
Foto 1: Guilherme Maranhão, Divulgação /
quinta-feira, 11 de maio de 2017
A volta
DEPOIS de uma troca de gerência, e de alguns móveis usados serem colocados na esquina, estamos retornando aos poucos a esse espaço de convívio eterno. Eterno entre aspas, pois, ficaremos aqui até quando o senhor digital permitir. Conseguimos um novo correspondente e estamos juntando uma grana para enviá-lo a um dos países mais temidos desse planetinha do Zé Pequeno. Esperamos que tudo dê certo na reentrada e que nada, e nenhum agente da polícia internacional, entre em seu torto caminho. Vamos que vamos, e dele que dele.
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