''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Então...


Eu poderia comentar sobre a escalação do time da seleção brasileira, para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, mas não estou com vontade de falar o que todo mundo já está falando, então, indo no contraponto, vou comentar algo que nunca é dito, como as Drosófilas se reproduzem?
As chamadas Drosófilas são pequenas mosquinhas que ficam por ali, na cozinha da sua casa, perto da fruteira, sobrevoando bananas. Para alguns um simples inseto, mas para a comunidade científica, Drosophila Melanogaster; cuja excepcional coincidência batizei minha filha com este nome. Estas simples moscas não apresentam perigo algum. Não faz mal a qualquer ser vivente neste planeta, pelo contrário, faz muito bem a ciência e consequentemente a todos que necessitam viver neste mundo úmido.
fechada dentro de um vidro, no interior de um laboratório ela se transforma na poderosa Drosophila. durante anos ela ajuda nas pesquisas sobre genes transmitidos de uma geração para outra. Desta forma elas ajudam a entender a formação, o desenvolvimento e a evolução dos seres vivos. Mas como? Você deve estar se perguntando, se é que alguém lê o que este blog aceita, como uma insignificante mosca pode fazer isso? Como uma única célula se desdobra em bilhões de outras? Como o organismo já nasce propenso a determinadas doenças e como evitar o aparecimento delas? Há quase um século, a drosófila ajuda os cientistas a obter respostas a essas perguntas. "A biologia baseada na drosófila continuará ainda por muitos anos a ter impacto direto em nosso entendimento da saúde humana", escreveu Kathleen Matthews, pesquisadora da
Universidade de Indiana.
Segundo Thereza Venturoli a Drosóphila ao lado dos macacos rhesus e dos camundongos, são estas mesmas mosquinhas-das-frutas que completam uma galeria de animais benfeitores das ciências biológicas. Roedores e primatas estão muito mais próximos do homem na escala zoológica, mas a mosquinha contabiliza inúmeras vantagens como organismo-modelo em experimentos genéticos. É bem mais fácil conservar 3 000 drosófilas de 3 milímetros de comprimento num frasco do que manter numa jaula um único macaco de mais de meio metro. E é infinitamente mais barato alimentar uma colônia de drosófilas com as leveduras que surgem sobre um naco de banana madura do que manter a boa nutrição de um primata de 8 ou 10 quilos. Do ponto de vista da pesquisa genética, as drosófilas também rendem mais. Como elas se reproduzem então? De acordo com informações de Venturoli, elas são tão férteis, e sua gestação é tão curta, que os cientistas podem acompanhar a evolução da vida como que num filme em ritmo acelerado. Numa temperatura amena, entre 22 e 25 graus, as moscas se reproduzem em apenas duas semanas. No fim da vida, uma fêmea de drosófila terá gerado uma prole com algo em torno de 1.000 pequenos insetos. Isso significa que, num único ano, os biólogos podem analisar 25 gerações. Mesmo entre os camundongos, a fêmea pode levar cerca de um mês para dar à luz uma ninhada de dez a quinze filhotes. Com os macacos, a comparação é mais distante ainda: nasce apenas um bebê após uma gestação que pode chegar aos seis meses.
E é isso, somente isso, elas se reproduzem numa temperatura relativamente quente, entre 22 e 25 graus, e em duas semanas já temos uma galerinha nascida da mamãe Drosóphila. Acredito que isto seja suficiente para ser dito, afinal, é desagradável entrar nos detalhes da relação sexual entre uma Drosófila e um Drosófilo... Caracas! Capital da Venezuela.

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