Acabei de chegar do cinema, fui ver Toy Story 3. Em minha parca opinião eu poderia dizer coisas maravilhosas a respeito do filme, porque de fato gostei muito. É muito bem feito, tem emoção, tem humor, tem um roteiro excepcional, vale a pena ver; mas, por outro lado, tem as pessoas que insistem em estragar os bons momentos de nossas vidas.
Primeiramente entrei num cinema que vende poltronas numeradas, ou seja, qualquer imbecil da cabeça redonda sabe que se comprou um ingresso com o número 215, e um detalhe, o próprio cretino escolhe este número quando está na bilheteria comprando o ingresso, ao entrar na sala de cinema, onde estão as poltronas, o desgraçado deverá procurar a poltrona que ele alugou pelo período do filme, ou seja, a 215, e ali se acomodar, mas não, parece que a burrice impera pelos milênios, e esta ameba insiste em tomar o lugar de outra pessoa. Neste caso a anta sentou na poltrona 312. Tudo bem que alguns irão defender o doente dizendo que 215 é muito parecido com 312, mas eu não concordo, pra mim, este micróbio não deveria nem estar ali. Isto causa um constrangimento para quem está chegando e precisa pedir para o ogro sair do lugar dele, para que outros possam se acomodar. Desta forma fica aquela andança que incomoda a todos que querem ver ao filme em silêncio.
O silêncio, que bom que me lembrei dele. As mulheres, como falam as mulheres. Homens também falam, mas as mulheres que se acomodam perto da gente na sala de cinema, parece que falam mais do que qualquer coisa. Em Toy Story 3 eu perdi metade das falas do Woody, por que a vaca de seios atrás de mim ficou contando uma desavença que ela teve com um namorado corno que ela chifrava. Eu não paguei um ingresso para ouvir porcarias e problemas alheios, mas a vaquinha insistia em falar, e falar, e falar, e falar; eu não aguentava mais pedir para ela fechar a boca, e todos em volta também pediam, mas não adiantava. Não sei por qual motivo agora economizam e não colocam mais lanterninhas armados nos cinemas como era antigamente; que saudade do tempo dos coroneis.
Fora a falação, os pés chutando minhas costas, pessoas levantando o tempo todo, ainda tem as crianças, ah, que vontade de esganar aquelas crianças. Elas se animam e gritam, falam, gesticulam, pulam, incomodam, de fato incomodam muito. E nestas horas que estão incomodando não existe um pai, ou uma mãe, para abrir a maldita boca e falar para seu filho parar com aquilo. Quer provocar uma reação do pai deste feto que anda e fala, então toque um dedo na criança, eles aparecerão rapidinho.
No final das contas o filme é maravilhoso. O pouco que entendi me fez criar uma vontade maluca de alugar o dvd, quando estiver disponível na locadora, e assistir novamente, desta vem em casa, longe daquele bando de selvagens chamados de seres humanos consumistas. Seres que insistem em sair de casa e ir até um cinema incomodar a vida do outro. E há quem diga que o cinema é público, eles pagaram, tem o direito de assistir ao filme; assistir, não incomodar e passar dos limites.
Enfim, o mundo seria bem melhor se estes ríspidos seres humanos estúpidos e mal educados fossem substituídos pelos brinquedos de Toy Story, pelo menos os brinquedos na tela tem sentimentos um para com o outro, respeitam o próximo e não são tão debiloides quanto a maioria que nos rodeia.