Existia uma menina muito feliz, feliz mesmo, feliz pra caramba, mas um dia, ela resolveu que iria se casar com um bigato. Ela namorou o bigato e casou com aquele bigato. No princípio Deus fez a luz, mas depois de um tempo a copel começou a cobrar por esta obra. Na casa da menina e do bigato tudo parecia belo, quando do nada. De um segundo para outro, a menina resolveu absorver coisas daquele bendito bigato gosmento, e virou uma cobrinha, a cobrinha e o bigato; um belo casal, pelo ponto de vista da mãe natureza.
Hoje, milhares de dias depois daquilo, a família humana da menina ainda chora a perda de uma bela estrutura óssea para o mundo das coisas sem ossos. Se o grande gênio de Kafka permitiu uma metamorfose antes dos idos de 1983, não podemos ser nós, meros portadores de cérebros, que iremos dizer não. O mundo é tão bonito, que as vezes tenho vergonha de ser da mesma raça daqueles que o destroem.
Este texto faz referência a um fato sem explicação, por isso ele não tem entendimento concreto daquilo que é explicável. Senti no coração que alguma coisa deveria ser dita, e foi, estou mais leve e feliz agora... Obrigado novamente ao Deus da internet que me permite tais coisas.
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