O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), proporcionou mais um soco na boca do estômago da população. Foi pego, por isso correu rapidinho pra se desculpar e dizer que vai pagar tudo, mas isso não anula a canalhice provocada por ele no final de semana que passou. Pediu desculpas e anunciou que vai pagar porque foi pego, e se não fosse? Mais um tapa na cara de quem briga por um País decente. Com uma cara de pau de envergonhar até a mãe dele, disse o político que errou ao permitir que sete parentes pegassem carona em um avião da Força Aérea Brasileira para assistir ao jogo da seleção no Maracanã. Vamos analisar o caso e ver se realmente foi apenas uma carona.
O deputado e a noiva no interior do estádio
A Folha revelou que sete pessoas pegaram carona com o deputado: a noiva do mesmo, dois filhos e um irmão dela, com a esposa dele, além de um filho do presidente da Câmara. Na volta, um amigo dele entrou no voo. Na volta pra onde? Para o Rio Grande do Norte. O político, como de tradição, negou que tivesse uma agenda de turismo no Rio de Janeiro. De acordo com o mesmo ele foi recebido pelo prefeito da cidade para discutir o cenário político do País. Olha só, ele ia justamente discutir a revolta do povo contra esse tipo de merda que eles cometem o tempo todo, e sempre acham que vão se safar no final, como sempre aconteceu. O interessante é que essa tal reunião não foi divulgada na agenda oficial dos dois políticos.
De acordo com a reportagem da Folha, um jato C-99 da FAB foi buscar a turma em
Natal, terra do deputado. Decolou às 19h30 de sexta-feira rumo ao Rio de
Janeiro e retornou no domingo, às 23h, após o jogo. Todos aproveitaram para passear no Rio no sábado e, no dia seguinte,
foram à final da Copa das Confederações, vencida pelo Brasil. Bom, se isso não é turismo, então eu não sei mais o que é. O deputado e seus convidados usaram cadeiras destinadas a torcedores, e
não às autoridades, pelo menos isso, talvez pra não dar muito na cara. Mas, como se não bastasse, pra mostrar que não estão nem aí para o povo e àqueles que estão revoltados nesse País, postaram fotos em redes sociais de dentro do
estádio. E comemoraram muito no Twitter. Se
tivessem que pagar pela viagem de Natal ao Rio, ida e volta, cada
passageiro gastaria pelo menos R$ 1.500 reais. Nesse caso, saiu como um turismo cortesia, ops, não era turismo segundo o deputado.
O decreto 4244/2002, que disciplina o uso de aviões da FAB por
autoridades, diz que os jatos podem ser requisitados quando houver
"motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e
deslocamentos para o local de residência permanente". O decreto não diz
quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades, assim como também não cita o item final da Copa das Confederações no Rio de Janeiro com direito a compras e passeios na orla.
É o fim, foi a gota, está mais do que na hora da revolução começar. E ao final, guilhotina pra esses calhordas que deitam e rolam no dinheiro do povo. Trabalhadores do Brasil, uni-vos.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/07/1305454-meu-erro-foi-ter-permitido-pessoas-pegando-carona-nesse-voo-diz-alves.shtml
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