''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''
domingo, 24 de abril de 2016
CUIDADO! Qualquer coisa pode te ACONTECER.
Fonte da Imagem: http://taduvidando.blogspot.com.br/2014/12/cranio-misterioso-pode-ser-prova-de.html
ESTAMOS a beira de uma guerra civil. Não por motivos políticos declarados, mas simplesmente pelo fato de você usar uma cor de roupa, que o outro se acha no direito de tomar satisfação, simplesmente por que você não pensa igual a ele. O País se dividiu em vermelhos e amarelos, ou petralhas e coxinhas, como dizem os mais exaltados. E quando nos deparamos com qualquer um desses lados, não adianta tentar argumentar, suas palavras não valem nada diante do ódio que se instaurou na nossa sociedade. Se o governo faz algo bom e você resolve comentar com quem quer que seja, pronto, você não presta. Se o governo errou em alguma coisa, e você deseja comentar com quem quer que seja, pronto, você é um coxinha burguês que não vale nada.
NÃO, eu não sou um coxinha burguês, tão pouco sou um petralha fanático, que isso fique bem claro, mas, parece que tem gente que não entendeu ainda.
A vontade de brigar e provocar confusão está tão grande que a gota ocorreu na quarta-feira, dia 20 de abril de 2016, quando eu estava no supermercado. Muito bem, vou relatar o ocorrido.
ESTAVA eu na fila do caixa esperando minha vez de passar as mercadorias, pagar e ir embora. Nesse supermercado que não vou citar o nome, os funcionários trabalham com um jaleco na cor vermelha, vai vendo. Na fila, dois seres insatisfeitos com a demora no atendimento, pois estavam com muita pressa, começaram a ofender o rapaz que estava no caixa trabalhando, com palavras de ordem do tipo: ''Suma daqui, vai viver de bolsa família'' ou ''Pegue sua mortadela e vai fazer seu intervalo''. Pois bem, aquilo foi irritando os demais que estavam na fila, mas ninguém falava nada a respeito, até porque ninguém iria arriscar bater de frente com os dois brutamontes que se achavam na razão de ofender o jovem trabalhador. Mas, alguém, que estava perto, talvez em outra fila, não há como saber, chamou o gerente, e o gerente chegou no lugar para conversar com os dois. Educadamente o gerente pediu que eles tivessem paciência, pois o supermercado estava lotado e o jovem no caixa estava fazendo o melhor que pudesse. Para surpresa de todos, um dos brutamontes esticou um dedo na cara do gerente e gritou:
''_ Cale a sua boca! Você sabe com quem você está falando? Eu sou advogado e agora você vai achar o seu!"
O outro brutamontes, na razão dele, pegou uma caixa de leite que estava na prateleira do supermercado e jogou no chão enquanto falava com o gerente:
"_ Chame a polícia seu cachorro vagabundo, agora eu quero ver se algum petralha aqui dentro vai se dar bem, seu bosta!"
O gerente recolheu a caixinha de leite que estava no chão, e não havia estourado nem nada e se retirou. Voltou uns três minutos depois com dois seguranças do supermercado que num tom quase inaudível pediu aos dois brutamontes que se retirassem do supermercado. Um deles, o advogado, continuou ameaçando:
''_ Esse lugar é uma merda, agora vocês vão ver! Eu vou processar esse gerente cachorro que não sabe lidar com seus clientes!"
Pois bem, os dois saíram do supermercado. Não a força, mas andando normalmente e falando alto, como se fossem os donos do lugar e estivessem com a razão.
ANALISANDO a situação e o motivo pelo qual eu disse que estamos a beira de uma guerra civil, com motivos políticos que não são políticos, mas simplesmente pelo ódio de um com o outro.
O fato de estarmos numa fila de supermercado, onde o estabelecimento estava lotado por razões óbvias, era véspera de feriado de Tiradentes, muita gente estava comprando mantimentos, e a demora nas filas eram consideráveis. Você deve prever isso quando se propõe a ir nesse tipo de lugar as vésperas de um feriado. Pois bem, o fato do uniforme dos funcionários ter uma cor, e a existência de supostos advogados briguentos na fila; ou seja, tudo é razão para que uma briga comece.
Estava demorando? Estava, mas aonde entra a ideia de que estava demorando por que o caixa do supermercado tem uma determinada ideia política do nosso momento atual? A ignorância vai muito além dessas convicções, e todo e qualquer botão é motivo para brigar.
Os dois brutamontes ofenderam o gerente? Ofenderam, e aí, o que acontece? A carteirada de advogado fica por isso mesmo? Ou não?
Pelo momento atual que passamos, ninguém está livre de apanhar ou levar um tiro simplesmente pela cor da roupa que está usando no dia a dia. É o fim, regredimos dez mil anos antes do Paleolítico se formar. O que me assusta cada vez mais, é ver que esse pensamento regrediu junto, e pelo jeito, não vai evoluir tão cedo.
segunda-feira, 18 de abril de 2016
o IMPEDIMENTO
(Imagem:http://nerdesporte.blogspot.com.br/2015/10/historia-do-impedimento.html )
E FOI ASSIM, onde um bando de gente que está sendo acusada pela justiça brasileira, investigada, procurada, e caçada literalmente, votaram pelo impedimento da mulher que está no cargo máximo do executivo.
NÃO quero entrar no mérito de quem está certo ou errado, se Ela fez isso ou aquilo, ou ainda se deixou de fazer, se deve entrar o outro ou não, o que quero comentar nesse post é o tipo de gente que compõe a nossa Câmara dos Deputados.
PRIMEIRO: não parecia uma votação de gente séria.
Era self daqui, gente filmando dali, sorrisos, vaias quanto a opinião do outro, gritos, e os mais absurdos argumentos antes de dizer sim ou não. ''Pelo Felipe e pelo Bruno'', ''Por Zumbi dos Palmares'', ''Pela república de Curitiba''... Enfim, e os reais argumentos que os levaram até ali, onde estavam? Quais eram os motivos que colocaram tanta gente na Câmara, num domingo a tarde, pra ''trabalhar''? Confesso que não vi nenhum, se alguém viu, por favor me avise.
SEGUNDO: político não é burro, muito menos ingênuo, eles têm um conhecimento aprimorado, pelo menos daquilo que fazem, e não são alienados, como pensam alguns. O tempo todo eles pensavam nas próximas eleições, isso era visível. Raciocinamos por esse viés. O político está lá, numa posição de visibilidade, que é onde eles gostam de estar, aparecendo. Você tem dez segundos a frente de um microfone, onde uma galera vai olhar para o seu rostinho e reconhecer você imediatamente. Sem contar os memes, as piadas, e as listas de ''inimigos da pátria'', ou, ''amigo do povo'', que sairão na internet logo após o seu voto ser proclamado. Automaticamente ele sabe que lá fora, milhões de pessoas acompanham pela TV tudo que está sendo dito ali. Jornalistas do Brasil e do mundo só esperam pelo sim ou pelo não, dito pela pessoa. Então, ele vê um placar se alongar, onde a maioria está indo para um determinado lado. Quem dirá em plena convicção que votou ''pela pátria, pelo Brasil, pela família, por Deus'', e não pela sua candidatura na próxima eleição, a fim de se manter por mais um mandato? Obviamente que uma galera estava visando cargos futuros, num eventual novo governo, ou, na pior das hipóteses, ficar bem com o povo e usar isso no palanque, daqui dois anos: ''Eu sou aquele que votei pelo Impedimento da Presidente e blá blá blá...''. Pode parecer bobeira, mas isso conta muito para conseguir votos e receber o título de ''trabalho para o povo, pois estou indignado igual a vocês''.
TERCEIRO: gente investigada comandando e votando.
Confesso que isso foi o que mais me embrulhou o estômago. Ver gente que desviou milhões, e tem processos que se arrastam desde o governo Fernando Collor, apontando o dedo para outros e dizendo que ele, ou ela, é corrupto e mais alguns adjetivos que não convém citar aqui. Não citarei nomes, mas gente que tem seu nome aliado a corrupto, caminhar até o microfone para declamar seu voto, foi demais para o momento. Esse meu ponto de vista não é único, a maioria dos jornais estrangeiros apontaram a mesma questão ao comentarem o que ocorreu ontem na Câmara em Brasília.
Por fim, e agora?
Como fica o nosso País?
Que rumo teremos?
Não estou falando do processo de Impedimento que ainda tem algumas fases, e não comento sobre isso, muito menos se foi golpe, ou não foi golpe, ou se o vice deve ou não assumir o posto; estou falando dessa situação, onde, não exemplos de honestidade, condenam outros tentando parecerem bons. Não digo isso para defender esses outros, e não entro no juízo de valor se esses outros são bons ou não, o que digo é: chegamos num ponto onde alguém atira na cabeça de outra pessoa, e à justiça ele diz: matei por que ele não era uma boa pessoa. Na atual situação, o que vi ontem, foi uma aceitação de que esse assassino é bom, justamente porque matou o outro que não era uma boa pessoa. Se é que me fiz ser entendido.
SINCERAMENTE, siga o rumo que seguir, ontem, percebi que Cazuza tinha razão; de fato, ''a piscina está cheia de ratos''.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
VACINA
POIS BEM, quando você pensa que o governo vai mudar alguma coisa, ele te surpreende não movendo um graveto na encruzilhada. Recentemente o País estava muito preocupado com a dengue, chegando a todo vapor. E juntamente com ela uma tal de Zica e a prima dela lá do interior, Chicungunha. Campanhas começaram por todos os lados e tinha gente vendo água parada até onde não tinha água há muito tempo. De um lado o pessoal da política gritava, e do outro os noticiários mostravam dengue e mais dengue para todos os lados do quintal, mas... Algo diferente aconteceu no front e uma pessoa morreu de gripe H1N1.
O que acontece a partir daí? A dengue não é mais tão perigosa. A microcefalia deixa de ocorrer nos noticiários e a gripe passa a ser a grande vilã do momento. E de um segundo para o outro, todo mundo começa a correr para tomar a vacina. O governo pede para que as escolas, que até então estavam preocupadas fazendo campanha contra a dengue, agora passassem a visar a gripe H1N1. Nada contra fazer campanhas para a saúde da população, mas, e quando você, que trabalha numa escola, e convive com o problema todos os dias é deixado de lado, o que fazer?
Sim, é isso mesmo, professores e funcionários das escolas não estão na lista de vacinação do governo. Tanto estadual, como municipal e muito menos federal. Se o professor quiser uma vacina, ele que pague para ter uma. Salvo quando ele tem mais de 60 anos, tem asma, bronquite, e todo tipo de ressalvas que o faz entrar no chamado grupo de risco, mas, somente por ser professor, não, ele não tem direito a nada.
E os alunos? Por qual motivo não recebem a vacina? Novamente entra uma série de exigências para isso. Idade, doenças crônicas, e mais uma pá de coisa que impede o cidadão saudável de tomar vacina sem ter que pagar. Mas, simplesmente por ser aluno, não. Não tem direito a vacina nenhuma.
Então o professor está na sala de aula todos os dias. Quando um aluno espirra. E aí, o que ele faz? E se cinco alunos espirram? E se vinte alunos espirram? E se quarenta alunos espirram, ou cinquenta, o que não é difícil encontrar uma sala de aula com cinquenta alunos. E então, pra onde ele corre? Para onde ele vai? Pra caixinha de giz? Não, lá não cabe ele, caso contrário, entraria ali mesmo. Claro que citei o espirro como um exemplo, digamos que inúmeros alunos estejam com gripe, e o professor, sem direito a vacina, encontre-se nesse miolo de perdigotos perdidos, o que fazer? Nesse caso, só lhe resta ficar doente. E se ele morrer? Babau, tem um monte de gente formada por aí esperando uma vaguinha pra dar aula. E se um aluno morrer? Que fatalidade, aconteceu, provavelmente ele tinha uma doença mais grave. Mas então, vamos esperar isso acontecer?
Saindo do âmbito das escolas vamos para outro ambiente, as cadeias. O que leva um governo colocar como prioridade para vacinação, os presos, e não os policiais? Se a pessoa está presa, está pagando por algo que fez de errado. Sem entrar no mérito de muitos inocentes que são pegos etc e tal, mas estão presos. Por qual motivo, os presos recebem a vacina gratuitamente, e aqueles, que defendem o cidadão de bem, sem entrar no mérito dos maus profissionais da área, tem que pagar para serem vacinados, caso não queiram ficar doentes? Quem pensa assim? Aqueles que tem o poder de mudar a situação pensam.
E se as escolas se negassem a fazer campanha contra a gripe?
Nossa, eles estão sendo desumanos e não gostam de trabalhar, vagabundos!!! Diria uma senhora no ponto de ônibus, como já ouvi algumas vezes. E se os policiais se negassem a fazer o seu serviço, por que correm o risco de contraírem gripe. Nossa, eles são todos bandidos!!! Diria a mesma senhora no ponto de ônibus, como também já escutei. Então, o que fazer?
Soluções existem?
Sim, existem...
Vontade de fazer existe?
Esse é o problema.
Vivemos num País onde a individualidade dos problemas ainda é muito forte. Do tipo, não mexeu no meu queijo, que se dane, não é problema meu. Isso vejo todos os dias no trabalho, na rua, na padaria da esquina, na calçada da rua, na praça, por onde ando. Isso não é problema meu. Não quero nem saber, diz a maioria.
Por fim, se o problema não é do outro, ele deve começar a ser. Talvez, quando isso acontecer aqueles que mandam e desmandam em tantas coisas nesse País, comecem olhar um pouco para aqueles que não tem voz, nem dinheiro suficiente pra emitir sua opinião.
Enquanto os notícias agora preocupam a população anunciando as cinco mortes que já ocorreram pela gripe H1N1, misteriosamente a dengue, a zica e a chicungunha desapareceram do nosso País, pelo menos na mídia elas não aparecem mais com tanta frequência. O problema agora é a gripe, e será, até aparecer uma nova ameaça à população, pelo menos no ponto de vista da imprensa.
domingo, 3 de abril de 2016
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