Doze de março de 2010, professores da rede estadual de ensino de São Paulo fecharam a avenida Paulista, armando a passeata que faz parte da greve iniciada no dia 5 de março, sexta-feira. Os docentes fizeram uma passeata até a praça da República, no centro da cidade. O sindicato dos professores do Ensino Oficial de São Paulo, chamado de Apeoesp, informou que 30 mil professores faziam manifestação no local. A Polícia Militar disse que não era pra tanto, segundo eles, o número de docentes ali presentes chegava a 8 mil pessoas. A presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha fez críticas ao secretário Paulo Renato e ao governador José Serra, segundo o próprio sindicato 80% do magistério paulista está parado.
Os professores paulistas pedem reajuste salarial de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; fim de avaliações para temporários; e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes. O que não é nada de mais justo, quem é professor vai concordar em gênero número e grau, agora, quem nunca entrou numa sala de aula, desenvolveu uma depressão por estar na sala de aula, e gerenciou uma síndrome do pânico por anos seguidos em sua vida, devido aos traumas da profissão, é claro que vai discordar e chamar os professores de ''vagabundos'', como sempre acontece. Uma coisa é você conhecer o caminho, outra coisa é você andar pelo caminho.
A rede Estadual de Ensino de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação. O que também é muito justo, a não ser para aqueles pais que vêem a escola como um berçário creche onde podem deixar seus filhos, no intuito de não terem problemas e irritações em casa; estes com certeza vão reclamar. O que já se tornou comum nos dias atuais. Mais comum ainda serão os comentários dizendo ''coitados dos alunos, sem aula, estes professores não tem vergonha de prejudicar os aluninhos assim?'', para estes posso dizer com conhecimento de causa, aqueles que querem estudar estudam onde estiverem, em casa ou na escola, agora, para 80% dos alunos presentes na escola, aquilo lá é apenas mais um ambiente condenado a depredação, nada além disso. Neste caso me refiro à escola pública, não posso dizer as demais, pois não as conheço... E são justamente estes que pensam em depredar, que mais tarde vão ralar o couro para pagar uma faculdade privada; enquanto sabemos que a grande maioria dos alunos da escola privada, vão ocupar as vagas das universidades públicas.
Enquanto a greve continua, o governo do Estado de São Paulo resolveu cortar os salários dos professores em greve. Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), 58% da categoria parou as atividades. A Secretaria de Estado da Educação afirma que a paralisação é de cerca de 1% do corpo docente. De acordo com nota da secretaria, os grevistas "terão desconto salarial relativo às faltas, e estão perdendo condição de participar do Bônus por Resultados (...) e também do Programa de Valorização pelo Mérito".(Redação uol, 10/03/10).
Enquanto os professores de São Paulo estão parados, os professores paranaenses prometem parar semana que vem. Os motivos seguem praticamente a mesma cartilha dos professores paulistas. No Rio Grande do Sul os professores combinam para o mês de agosto uma mega operação protesto. Salvador, Alagoas e Maranhão estão cogitando a mesma ideia para os próximos meses. Talvez Sócrates, o filósofo grego, estivera sempre certo, mas o mundo se negou a rever e seguir seus ensinamentos: ''Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância; pois é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade''.
Sem sombra de dúvidas, se os professores não precisassem pagar suas contas, sobraria mais dinheiro para comprar remédios...
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