''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Muammar Kadafi FOI passado

Como seria bom se isso acontecesse por aqui. Todo mundo saindo de casa e correndo para Brasília à caça dos corruptos. Começaríamos pelas câmaras de vereadores. Cada cidade tem uma. O estrago seria legal no início. Depois poderíamos exigir saúde de qualidade, falando diretamente com os prefeitos. E quando essa galera começasse a correr, iríamos para Brasília, só pra tomar um café com os dinossauros da política brasileira. Imaginem, 100 milhões de pessoas na frente de 300 políticos, exigindo no mínimo cinco médicos para cada cidade do país, escolas de qualidade, segurança pública, moradia digna e o fim da fome nesse país tão rico. Não seria necessário matar um por um desses 300, mas uns petelecos de advertência não seria coisa ruim de se fazer.

Por fim, chegaríamos como ''rebeldes'' na capital federal, seríamos chamados de loucos por aqueles que lá estão, e entraríamos para a história como revolucionários. Somente o povo, sem aquela máscara da Rede Globo por trás, inventando a mentira dos ''caras pintadas'' ou coisa parecida; assim como não precisaríamos ficar de braços dados com a mídia sensacionalista que adora mostrar sangue correndo pela escada. Seria uma conversa amedrontadora, com armas em punho e páginas e mais páginas de exigências para melhorar esse país. Depois que tudo fosse lido, eles não ficariam de boa naquele lugar, é claro que não; seriam arrancados de seus postos de comando e tudo viria abaixo. Que razão teríamos para deixá-los lá, depois de fazer o que fizemos? Alguma coisa mais radical deveria ser feita a partir daí.

Grande sonho de um maluco ignorante como eu. Não temos essa tradição, de brigar por aquilo que nos é devido. Não temos o costume de exigir nossos direitos, assim como não trazemos em nossa história momentos de luta por melhores condições de vida. Uma greve de vez em quando até acontece, mas o governo dá com uma mão para acabar com a manifestação, e tira com a outra mão inventando contribuições e impostos indevidos, e tudo fica na mesma. Até quando teremos de ver o mundo se mexer enquanto esperamos pela Copa de 2014? Até quando teremos preocupação com a construção dos Estádios de Futebol, e deixaremos de nos preocupar com os doentes morrendo nos corredores de hospitais? Até quando ficaremos indignados com a final injusta do Big Brother, sem nos preocuparmos com leis que punam de forma severa àqueles que dirigem embriagados? Até quando continuaremos pagando impostos, pagando pedágios, comprando remédios que aumentam a cada dia, sem ver o retorno de todo esse dinheiro? Não sei dizer ao certo, talvez isso dure, até o dia que Kadafi voltar do além; e talvez até lá, o governo já tenha construído mais presídios para trancafiar àqueles que ousaram questionar a vontade da oligarquia. Que Deus abençoe os líbios.

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