''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Festa do Quiabo

Canindé
Sergipe

Dias atrás fiquei com vontade de ir a uma festa típica da região onde eu nasci e cresci, o interior do Paraná. Quando eu era pequeno eu ia com meus pais para as tais quermesses, e ali a gente se acabava de comer amendoim, pipoca e tomar quentão. Era muito bom. Este ano, no lugar onde estou morando, e talvez devido a crise mundial, não tive contato com nenhuma festa junina, como costumávamos chamar tais eventos. E somente agora, em outubro, próximo ao famoso dia das crianças fui me dar conta de que este ano não participei de festa alguma, relacionada a um simples pula fogueira.
Dentro deste raciocínio pensei em procurar festas típicas de cada uma das regiões do Brasil, que é muito rico neste quesito. Foi então que me deparei com a Festa do Quiabo. Encontrei algumas fotos e algumas informações a respeito, e decidi colocar por aqui, para aqueles que não conhecem ficarem sabendo que existe isso no nosso país, e para aqueles que já conhecem, matarem um pouco a saudade de tal evento.
No dia 18 de setembro, foi realizada na cidade de Canindé de São Francisco, a IV Feira Agropecuária do Alto Sertão Sergipano e a IV Festa do Quiabo. A Feira aconteceu no Complexo Agropecuário Orlando Gomes de Andrade. Ali naquele lugar foram realizadas várias atrações, como a exposição e a premiação de animais puros e mestiços; o campeonato leiteiro; a exposição de equídeos das raças Mangalarga Marchador, Quarto de Milha, Appaloosa, Paint Horse, Piquira e Pônei. O valor total das premiações ultrapassou a cifra de 25 mil reais.
Enquanto a programação técnica da Feira acontecia no Complexo Agropecuário, o Forródromo da cidade estava reservado para shows e outras atividades. Em meio a estas atividades aconteceram diversos concursos culturais como a escolha da melhor receita gastronômica à base de caprino e quiabo; a corrida ‘escorrega no quiabo’; o maior comedor da gastronomia do quiabo e, finalmente, a escolha da Garota Quiabo 2009. No ano passado, em 2008, a Festa do Quiabo aconteceu no dia 27 de setembro, onde as atividades culturais tiveram uma pequena mudança para este ano. Naquela ocasião ocorreu a escolha da Rainha do Quiabo, a corrida do quiabo, o pau de sebo de quiabo e a apresentação da culinária a base de quiabo; como quiabada, caruru, risoto de quiabo, e a galinha de capoeira, ou, guisado de carneiro com quiabo. O ponto alto da festa é a escolha da Rainha do Quiabo, onde meninas desfilam almejando este título, e outro momento importante desta festa é ver quem come mais quiabo. Este quadro, se é que podemos chamar assim, funciona da seguinte forma. Os competidores sentam à mesa e ali esperam pelos pratos com quiabo. O quiabo é feito numa panela enorme, tudo com muita baba, os pratos tem o tamanho de uma tigela pequena. Alguns organizadores da festa vão enchendo os pratinhos e colocando na mesa, próximo aos comedores de quiabo, os comedores de quiabo vão pegando os pratos e mandando tudo para dentro do estômago. E vale de tudo para comer, tem gente que dispensa a colher e bebe o quiabo, tem gente que usa as mãos e tem gente que segue o ritmo usando a colher de plástico. O vencedor de 2008 ficou dois dias sem comer nada, e venceu engolir o conteúdo de 26 tigelas de quiabo, somando a isso três quilos da hortaliça; em 2009 o vencedor chegou ao prato número 14. Que coisa, isso é que é gostar de quiabo. (Fonte: quarta-feira, 7 de outubro de 2009 – CINFORM – Aracaju / Sergipe)
Durante a festa, restaurantes e bares da região oferecem variados pratos à base de quiabo. Distante 213 quilômetros de Aracaju, Canindé de São Francisco é o maior produtor de quiabo no Estado de Sergipe. Cerca de 80% da safra são consumidas pela Bahia. Com aproximadamente 23 mil habitantes, Canindé de São Francisco ganhou uma nova sede para a cidade, em março de 1987, depois da construção da Hidrelétrica de Xingó. A padroeira do município é Nossa Senhora da Conceição. Muitas são as vocações turísticas da região. Entre elas estão o Cânion do Rio São Francisco e o Museu Arqueológico de Xingó (MAX). (Fonte: CINFORM 20/08/2008)

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