No dia 26 de abril de 1500, num banco de coral na praia da Coroa Vermelha no litoral sul da Bahia, fincou-se uma cruz de madeira: foi então, celebrada uma missa de Páscoa, a primeira de tantas que desde então foram celebradas naquele que veio a tornar-se um dos maiores países católicos do mundo. Fazia dias que os lusos estavam ali entre idas à praia e voltas ao mar. Carregavam água, frutas e o lenho para os barcos, enquanto dois carpinteiros separavam um enorme tronco para a feitura da Cruz. No domingo de Páscoa, índios, marinheiros e capatazes ajudaram a pregar essa Cruz no chão macio de um banco de areia em Porto Seguro. O Frei Henrique de Coimbra, um franciscano, oficiou a missa todo aparamentado, enquanto a tripulação congregava-se na praia as voltas do altar. Tomava posse daquela Ilha de Vera Cruz, em nome do rei de Portugal e da santa fé católica, o representante real, Pedro Álvares Cabral. Os nativos, dóceis, se portaram de tal modo que Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Cabral, convenceu-se da fácil conversão deles num futuro próximo. Aproveitando o envio da carta de caminha ao rei de Portugal, dois padres escreveram a vossa majestade, convencendo-o da conversão daqueles nativos. Dessa forma temos o início de várias histórias de missionários, conversões, disseminação da fé católica, massacres indígenas, escravidão e assim por diante. Não podemos deixar de lado o fato dos portugueses terem tido muita sorte ao encontrarem os índios dóceis, que aqui foram citados. Os gentios eram Tupis, se fossem Carijós ou Tupinambás, naquele dia o churrasco em comemoração à Páscoa ia ter gosto de navegador português.
Fonte: Site Terra / quediaehoje.net
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