''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

domingo, 15 de abril de 2012

LORAX, em busca da TRÚFULA PERDIDA



Ao contar pelo título você não sabe o que vai encontrar. ‘’O LORAX’’, que coisa é essa? Perguntou o maluco na fila do cinema. ‘’EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA’’; que porcaria é essa? Perguntou o mesmo maluco ainda na fila do cinema. Logo que ouvi o rapaz perguntar tais coisas para o vento, pois ele estava desacompanhado, pensei: só faltava esse cara me dar problemas durante o filme. Não deu outra. Como se fosse um imã, atraí o infeliz para a poltrona ao meu lado. Tudo isso na força do pensamento. Que coisa espantosa. Enfim. Os comentários dele dariam inveja a qualquer crítico de cinema sério, daqueles que ganham a vida com isso. Por mais que parecesse impossível o universo determinar tudo isso de forma tão pontual, tentei por mais que eu não pudesse me concentrar no filme, entender o que estava sendo apresentado na tela.




Começando pelo título: ‘’O LORAX: EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA’’, que coisa é essa? Bem, trata-se de uma adaptação do clássico conto escrito pelo Dr. Seuss. E quem foi esse tal de Seuss? Começando do início. Theodor Seuss Geisel escritor, poeta e cartunista norte americano que morreu em 1991. Seuss ficou conhecido por seus livros infantis escritos sob os pseudônimos de ‘’Dr. Seuss’’. Usou ainda o nome ‘’Theo LeSieg’’ para publicar alguns livros, e por fim ‘’Pedra de Roseta’’. Seus livros mais conhecidos são Green Eggs and Ham, The Cat in the Hat, Um peixe Two Fish Red Fish Azul, Hatches Horton o ovo, Horton Hears a Who, E COMO o Grinch roubou o Natal, esses dois últimos conhecidos pelo público brasileiro como ‘’Horton e o mundo dos quem’’ e ‘’Grinch’’. Muito do que ele escreveu foi adaptado incluindo 11 especiais de televisão, quatro longas metragens, um musical da Broadway e quatro séries de televisão. Trabalhou ainda como ilustrador para campanhas publicitárias e como cartunista político publicou desenhos para um jornal de Nova York. Durante a segunda guerra mundial trabalhou no departamento de animação do Exército dos Estados Unidos, período esse que escreveu o roteiro de ‘’Design para a Morte’’, filme que mais tarde ganharia o Oscar na categoria documentário, em 1947.




Agora, temos a oportunidade de assistir a mais uma adaptação de seus escritos, ‘’O Lorax, em busca da truffula perdida’’. Essa aventura animada começa mostrando o ambiente onde mora o protagonista da história, uma cidade feita de plástico. Durante décadas, uma grande empresa, de um baixinho rico, convenceu a todos que a cidade feita de plástico seria a melhor opção para o nosso planeta. E todos concordaram naquele momento. As crianças que nasceram depois conheceram somente essa realidade. Árvores de plástico, carros de plástico, motos de plástico, casas de plástico, tudo é feito de plástico. Então, uma garota, amiga do protagonista, demonstra a vontade de plantar uma árvore de verdade. O rapaz, apaixonado que está naquele momento, se propõe a encontrar a semente de uma árvore que possa brotar do chão, como nos tempos antigos. Todo mundo acredita que isso será impossível de ser feito, mas ele acredita que irá conseguir. O primeiro obstáculo vem quando ele decide sair do reduto de plástico, onde foi construída a cidade. Não há como sair e voltar a todo o momento. É preciso atravessar uma espécie de proteção na parede e cair no mundo devastado, sem árvores, ou qualquer tipo de vegetação. Nesse momento me lembrei do filme ‘’o show de Trumam’’, onde o rapaz também vivia trancado num mundo montado para ele. 




Por fim, o garoto consegue sair da cidade onde mora, e vagando pelo mundo além dos muros; que mais parece um campo de guerra depois da batalha, onde todas as árvores estão cortadas e nada mais sobrevive ali. Ele encontra uma casa, onde mora o responsável por tudo aquilo. O homem que ali mora conta a ele sua história. A partir de então ele fica sabendo que tudo era feliz enquanto durou, mas quando começaram a devastar e acabar com todas as árvores e qualquer tipo de vegetação que ali existia, devido à ganância de ganhar dinheiro e mais dinheiro, o mundo foi definhando até virar aquilo que ele estava vendo. Mas por qual motivo acabaram com a floresta? O homem que ali mora, no meio do nada, se intitula um gênio. Inventou uma espécie de roupa de algodão feita de truffulas. O que é uma truffula? É uma flor macia como algodão. Esse invento do rapaz permitia que você usasse essa roupa feita de truffula como chapéu, como um pano para absorver água, como casaco, como cachecol e assim por diante. Várias utilidades seriam dadas para aquele invento feito de truffula. Mas, depois que a primeira peça de tecido foi produzida, a demanda aumentou, e assim, vários, milhares, milhões foram produzidos, e as truffulas acabaram. Sem truffulas, o lugar virou um terreno vazio, sem vida e sem ar puro. Os animais que ali moravam foram embora e a família interesseira do inventor levantou voo e sumiu para sempre. No lugar ficou o agora não mais rapaz, mas homem empresário falido, guardando uma única semente. A única que restou da grande plantação de truffula de outrora. Por fim, depois de várias visitas do menino ao velho, o homem decide revelar ao insistente visitante que ele tem a única semente de truffula que restou no mundo.


Ele entrega a semente ao rapaz que corre dali e volta para a cidade. Acelerando sua moto, corre para o centro da cidade na intenção de plantar a árvore para que todos vejam a beleza da natureza. Nesse ponto já estão envolvidas na história. A mãe do rapaz. A menina que ele gosta; a vó dele, e ele mesmo. Por fim, ele alcança o centro da cidade, mas não será tão fácil assim conseguir o que quer, pois a população não se acostuma com o novo tão fácil, aí começa um novo drama que vai terminar de forma prevista, mas com algumas revelações que não estavam na obviedade do roteiro.
Um bom filme, onde o trabalho desenvolvido a respeito da consciência ecológica traz a tona um problema milenar, sem natureza esquece a vida saudável. Pronto falei.

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