Ao contar pelo título você não
sabe o que vai encontrar. ‘’O LORAX’’, que coisa é essa? Perguntou o maluco na
fila do cinema. ‘’EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA’’; que porcaria é essa? Perguntou
o mesmo maluco ainda na fila do cinema. Logo que ouvi o rapaz perguntar tais
coisas para o vento, pois ele estava desacompanhado, pensei: só faltava esse
cara me dar problemas durante o filme. Não deu outra. Como se fosse um imã,
atraí o infeliz para a poltrona ao meu lado. Tudo isso na força do pensamento. Que
coisa espantosa. Enfim. Os comentários dele dariam inveja a qualquer crítico de
cinema sério, daqueles que ganham a vida com isso. Por mais que parecesse impossível
o universo determinar tudo isso de forma tão pontual, tentei por mais que eu não
pudesse me concentrar no filme, entender o que estava sendo apresentado na
tela.
Começando pelo título: ‘’O
LORAX: EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA’’, que coisa é essa? Bem, trata-se de uma adaptação
do clássico conto escrito pelo Dr. Seuss. E quem foi esse tal de Seuss? Começando
do início. Theodor Seuss Geisel escritor, poeta e cartunista norte americano
que morreu em 1991. Seuss ficou conhecido por seus livros infantis escritos sob
os pseudônimos de ‘’Dr. Seuss’’. Usou ainda o nome ‘’Theo LeSieg’’ para
publicar alguns livros, e por fim ‘’Pedra de Roseta’’. Seus livros mais
conhecidos são Green Eggs and Ham, The Cat in the Hat, Um peixe Two Fish Red Fish Azul, Hatches Horton o ovo, Horton Hears a Who, E COMO o Grinch roubou o Natal, esses dois
últimos conhecidos pelo público brasileiro como ‘’Horton e o mundo dos quem’’ e
‘’Grinch’’. Muito do que ele escreveu foi adaptado incluindo 11
especiais de televisão, quatro longas metragens, um musical da Broadway e
quatro séries de televisão. Trabalhou ainda como ilustrador para campanhas
publicitárias e como cartunista político publicou desenhos para um jornal de
Nova York. Durante a segunda guerra mundial trabalhou no departamento de animação
do Exército dos Estados Unidos, período esse que escreveu o roteiro de ‘’Design
para a Morte’’, filme que mais tarde ganharia o Oscar na categoria documentário,
em 1947.
Agora, temos a oportunidade de
assistir a mais uma adaptação de seus escritos, ‘’O Lorax, em busca da truffula
perdida’’. Essa aventura animada começa mostrando o ambiente onde mora o
protagonista da história, uma cidade feita de plástico. Durante décadas, uma
grande empresa, de um baixinho rico, convenceu a todos que a cidade feita de
plástico seria a melhor opção para o nosso planeta. E todos concordaram naquele
momento. As crianças que nasceram depois conheceram somente essa realidade. Árvores
de plástico, carros de plástico, motos de plástico, casas de plástico, tudo é
feito de plástico. Então, uma garota, amiga do protagonista, demonstra a
vontade de plantar uma árvore de verdade. O rapaz, apaixonado que está naquele
momento, se propõe a encontrar a semente de uma árvore que possa brotar do chão,
como nos tempos antigos. Todo mundo acredita que isso será impossível de ser
feito, mas ele acredita que irá conseguir. O primeiro obstáculo vem quando ele
decide sair do reduto de plástico, onde foi construída a cidade. Não há como
sair e voltar a todo o momento. É preciso atravessar uma espécie de proteção na
parede e cair no mundo devastado, sem árvores, ou qualquer tipo de vegetação. Nesse
momento me lembrei do filme ‘’o show de Trumam’’, onde o rapaz também vivia
trancado num mundo montado para ele.
Por fim, o garoto consegue
sair da cidade onde mora, e vagando pelo mundo além dos muros; que mais parece
um campo de guerra depois da batalha, onde todas as árvores estão cortadas e
nada mais sobrevive ali. Ele encontra uma casa, onde mora o responsável por
tudo aquilo. O homem que ali mora conta a ele sua história. A partir de então ele
fica sabendo que tudo era feliz enquanto durou, mas quando começaram a devastar
e acabar com todas as árvores e qualquer tipo de vegetação que ali existia,
devido à ganância de ganhar dinheiro e mais dinheiro, o mundo foi definhando
até virar aquilo que ele estava vendo. Mas por qual motivo acabaram com a
floresta? O homem que ali mora, no meio do nada, se intitula um gênio. Inventou
uma espécie de roupa de algodão feita de truffulas. O que é uma truffula? É uma
flor macia como algodão. Esse invento do rapaz permitia que você usasse essa
roupa feita de truffula como chapéu, como um pano para absorver água, como
casaco, como cachecol e assim por diante. Várias utilidades seriam dadas para
aquele invento feito de truffula. Mas, depois que a primeira peça de tecido foi
produzida, a demanda aumentou, e assim, vários, milhares, milhões foram
produzidos, e as truffulas acabaram. Sem truffulas, o lugar virou um terreno
vazio, sem vida e sem ar puro. Os animais que ali moravam foram embora e a
família interesseira do inventor levantou voo e sumiu para sempre. No lugar
ficou o agora não mais rapaz, mas homem empresário falido, guardando uma única
semente. A única que restou da grande plantação de truffula de outrora. Por
fim, depois de várias visitas do menino ao velho, o homem decide revelar ao
insistente visitante que ele tem a única semente de truffula que restou no
mundo.
Ele entrega a semente ao rapaz
que corre dali e volta para a cidade. Acelerando sua moto, corre para o centro
da cidade na intenção de plantar a árvore para que todos vejam a beleza da
natureza. Nesse ponto já estão envolvidas na história. A mãe do rapaz. A menina
que ele gosta; a vó dele, e ele mesmo. Por fim, ele alcança o centro da cidade,
mas não será tão fácil assim conseguir o que quer, pois a população não se
acostuma com o novo tão fácil, aí começa um novo drama que vai terminar de forma
prevista, mas com algumas revelações que não estavam na obviedade do roteiro.
Um bom filme, onde o trabalho
desenvolvido a respeito da consciência ecológica traz a tona um problema
milenar, sem natureza esquece a vida saudável. Pronto falei.
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