Encontrar essa frase logo que liguei o computador, depois de ter passado uma manhã inteira trabalhando na função de Professor, é algo que me faz voltar no tempo. Mesmo sabendo que a sala onde estudei da quinta série até o último ano do segundo grau, sempre alternando alunos e nunca mantendo a mesma turma, era considerada a pior da escola. Nessa mesma sala onde estudei, a considerada a pior do colégio, nenhum dos meus amigos, chamados na época de ''maus elementos'', hoje passam fome. Quatro deles são fazendeiros. Dois são advogados. Um é médico clínico geral. Dois são dentistas. Três são professores, eu sou um desses três; um é mecânico e é dono de uma oficina. Um é fisioterapeuta. Um é sargento do exército. Dois são engenheiros mecânicos e um é engenheiro elétrico. Quando andávamos no pátio da escola também éramos chamados de vagabundos e seres indesejáveis. As meninas burguesas, filhinhas de papai, nos olhavam com desdém. O tempo passou e ninguém virou bandido, como profetizava a maioria dos nossos professores. Por isso hoje revejo o filme quando alguém diz ao outro: ''não vai dar em nada na vida''. Ninguém sabe. Ninguém é dono do futuro do outro. Então cale a boca e ajude o próximo se ele estiver fazendo algo errado, ao invés de ficar jogando praga. Esse texto é uma resposta a frase que mais ouvi hoje pela manhã: ''nenhum deles vale alguma coisa''.
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