''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O FALSIFICADOR do SISTEMA


Nesta quarta-feira, dia 18 de julho, a Polícia de São Paulo prendeu um homem que falsificava o chamado VIA FÁCIL do pedágio. Com esse aparelho é possível você passar pelas chamadas praças de pedágio sem precisar parar. Quando a pessoa adquire esse aparelho um sensor é disparado assim que o automóvel se aproxima da cancela, e ela se abre, permitindo que o carro passe sem diminuir sua velocidade e sem precisar abrir a carteira na frente do atendente da guarita. Muito bem. Esse aparelho tem um certo valor para ser adquirido, mas, e se alguém conseguisse falsificar tal mecanismo?


E foi o que aconteceu. Um homem o fez e vendeu para inúmeros compradores. A polícia o prendeu e agora vai identificar um por um daqueles que compraram o aparelho. Todos serão chamados para prestar depoimento. A pergunta que fica é: por que tem gente que falsifica essas coisas? A resposta que surge é: porque tem gente que compra. E se tem gente que compra é porque é mais vantajoso. O governo não admite que cobra caro por um serviço de péssima qualidade, por isso é mais fácil prender e punir quem falsifica esse tipo de coisa, do que melhorar o sistema de cobrança e manutenção das estradas. O seu carro quebra numa rodovia pedagiada, é função do pedágio socorrer o seu veículo e levá-lo para um posto de atendimento. Na única vez que isso aconteceu comigo, esperei por nove horas no acostamento e ninguém apareceu. Então, que serviço de qualidade é esse? Um serviço onde perto da praça de pedágio o asfalto é exemplar, mas alguns quilômetros dali você não consegue se deslocar devido aos buracos e as irregularidades na pista. Em relação ao preço, os pedágios do Paraná são campeões em explorar o motorista. No Estado de São Paulo, tido como um dos Estados com grande número de pedágios, os preços variam entre 1,50 e 6 reais, com exceção da estrada de Santos, onde a pancada no bolso é violenta. Já no Paraná se você encontra uma praça onde se paga 6 reais, pode comemorar, está praticamente de graça, perto dos 8,50, 9 e 13 reais cobrados pelo restante do Estado. E todo esse tanto de dinheiro cobrado sem dúvida alguma gera um montante de lucro. Lucro esse que vai para onde? O governo provavelmente não questiona isso, mas questiona àqueles que não querem pagar esse valor, e para isso inventam artifícios para escapar da cobrança. Não defendo aqui os falsificadores do sistema, mas sim, critico o Estado que não faz nada para mudar a situação incômoda para o povo, ao mesmo tempo que se apresenta cômoda para as chamadas concessionárias.

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