''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

GREVE dos PROFESSORES na BAHIA chega ao fim após 115 DIAS


Jacques Wagner, esse é o nome do governador que bateu de frente com os professores da Bahia. Wagner é governador daquele Estado, e durante a greve fez várias declarações dizendo que estava fazendo de tudo, analisando propostas e sendo tratado com descaso pelos professores. Confesso que não fiquei com pena ao ouvir essas palavras ''sofridas''. Só a título de curiosidade, Wagner é do PT, o Partido que diz defender os trabalhadores, talvez nesse plano de defesa não estejam incluídos trabalhadores da educação. Tudo aconteceu quando os professores da Bahia exigiram o chamado piso nacional, já aprovado pelo Governo Federal. O governo baiano não concordou e então começaram as negociações. Talvez não tenham concordado com isso, pois devem estar acima do governo federal, quem sabe? Por fim os professores da Bahia estavam pedindo um reajuste de 22.22% ainda esse ano, o governo falou não, e a greve começou. O tempo foi passando e o governador não chegava a qualquer conclusão a respeito do assunto. Ao ver que os professores estavam dispostos a lutar pelos seus direitos, o governo baiano começou a jogar de uma forma que todos os outros também fariam, fez pesar no bolso do trabalhador. Primeiro cortou os salários daqueles que estavam parados. Nesse país, só professor de Universidade Federal faz greve e continua recebendo. Embora os professores da Bahia esperassem uma atitude assim, a greve continuou, mesmo sem receber. Vendo que os professores não se cansavam, o governo fez algumas demissões. A greve continuou. O governo cortou repasses de direito do sindicato. Ainda assim continuaram, parecia que nada iria abalar a greve. O tempo foi passando, as contas foram chegando, e o governo sorridente acreditou que agora os professores não iriam aguentar. Mas, os professores continuaram, então o governo chutou mais embaixo ainda, processou alguns dos grevistas. Com processos nas costas, sem ter como pagar suas contas, a beira do fim, e sem dinheiro para comer; mais uma vez os trabalhadores foram obrigados a se render ao governo estadual. Ah sim, que diga-se de passagem, é um governo do Partido que diz defender os trabalhadores, mas como já questionei isso nesse comentário, isso não deve incluir os trabalhadores da educação.
E a greve acabou, depois de 115 dias. O governador, no seu pedestal disse que os maiores prejudicados foram os alunos. O que não passa de um jogo para com a população na intenção de colocar a opinião pública contra os professores. Ah sim, todo governo estadual brasileiro faz isso também, e o incrível é que a população sempre acredita e cai. No fim das contas, os professores são vagabundos e só querem aumento de salários. Sempre é assim que pensam e nos acusam. Para voltar ao trabalho os professores da Bahia não conseguiram os 22.22%, mas conseguiram a readmissão daqueles que tinham sido demitidos. Conseguiram a devolução dos salários suspensos. A retomada dos repasses sindicais e a retirada dos processos judiciais. A proposta inicial do governo de dar 7% de aumento em novembro desse ano e mais 7% em março de 2013, assim como manter o reajuste anual dos servidores, que oscila entre 6,5% e 11,5%. No fim das contas, perante um governo assim, os professores ainda tiveram que agradecer a Deus pelo problema não ser maior. O aperto financeiro contou muito para que a greve acabasse, o que desde o começo o governo baiano já sabia que ia acontecer. Para vencer grevistas que exigem seus direitos, aprovados pelo governo federal e negados pelo governo estadual, é só uma questão de tempo, fome e contas atrasadas.

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