''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

terça-feira, 23 de outubro de 2012

QUE SAUDADE desse GÊNIO chamado CHICO ANYSIO


Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido como Chico Anysio foi um humorista, ator, dublador, escritor, compositor e pintor brasileiro, famoso por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, emissora onde trabalhou por mais de 40 anos. Ao dirigir e atuar ao lado de grandes nomes do humor brasileiro no rádio e na televisão, como Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha, Walter D'Ávila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, José Vasconcellos e muitos outros, tornou-se um dos mais famosos, criativos e respeitados humoristas da história do país.


Chico Anysio nasceu com o nome de Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, no dia 12 de abril de 1931, na cidade cearense de Maranguape, localizada a 30 km da capital do Estado, Fortaleza. Filho de um bem-sucedido proprietário de uma empresa de ônibus, Chico, como era conhecido, teve uma vida confortável até os oito anos de idade, quando a garagem da frota de seu pai sofreu um incêndio. Deixando a família na pobreza por não possuir seguro, o pai do jovem resolveu se mudar com a família para o Rio de Janeiro, onde teria mais chances de se reerguer. Foi a viagem que mudaria para sempre o destino de Chico. Como todo garoto, o futuro humorista tinha o sonho de ser um jogador de futebol - esporte no qual afirmava ter grandes qualidades. Certo dia, iria disputar uma partida com amigos no campo do Fluminense, onde era proibido entrar com calçados, pois isso poderia prejudicar o gramado.

No entanto, houve um contratempo e o jogo foi transferido para outro lugar, cujo piso era de terra, impossibilitando a prática do esporte descalço. Assim, Chico voltou para casa, com o único objetivo de pegar um tênis, quando se deparou com a irmã saindo para um teste na Rádio Guanabara. O jovem resolveu ir junto e, lá, foi aprovado para ser rádio-locutor e ator. "Por isso digo que sou ator porque esqueci o tênis", costumava brincar. Chico começou bem na rádio, agradando tanto no posto de locutor quanto no de ator. Mas foi a sua criatividade que chamou mais a atenção dos poderosos do entretenimento da época.



O talento para criar personagens, fazendo tipos dos mais variados, o levou ao cargo de roteirista da extinta Atlântida Cinematográfica, produtora de filmes populares que fez sucesso no Brasil entre os anos de 1941 e 1962. Na televisão, Chico estreou em 1957, na TV Rio, com o Noite de Gala, programa musical que recebia cantores e celebridades da época. Dois anos depois, já era um artista celebrado e ganhou o humorístico "Só tem Tantã", rebatizado meses depois como Chico Anysio Show. Em 1968, foi para a TV Globo, onde, aos 37 anos, teve a oportunidade de se tornar nacionalmente conhecido. Nela, criou e participou de alguns dos mais célebres humorísticos da televisão brasileira, como Chico City, Chico Total, Escolinha do Professor Raimundo e, mais recentemente, Zorra Total. Sem dúvida, o maior triunfo de Chico foram suas criações, tão marcantes que são lembradas até hoje pelas mais diversas gerações.


O humorista tem em seu currículo mais de 70 personagens, como Alberto Roberto, Professor Raimundo, Bento Carneiro, Bozó, Justo Veríssimo, Painho, Véio Zuza, Zé Tamborim, entre tantos outros. As qualidades de Chico não se limitavam à criação e interpretação de tipos engraçados. Ele também se destacou como autor de romances, contos e peças de teatro, além de ter pintado uma série de quadros, principalmente nos últimos anos de vida. Chico também teve uma fase fraca em sua carreira e, por quase uma década, ficou impossibilitado de fazer o humor que lhe era tão característico. Apesar disso, autores de novelas o resgataram, levando-o para um nicho até então deconhecido por ele, no qual se destacou ao longo da década de 2000, quando atuou em sucessos como Caminho das Índias, Pé na Jaca e Sinhá Moça. O humorista também tinha uma vida agitada longe da profissão. Chico foi casado seis vezes, a primeira delas com a comediante Nancy Wanderley, com quem teve um filho. Vieram depois a vedete Rose Rondelli, a atriz Alcione Mazzeo, a cantora Regina Chaves, a ministra da Fazenda do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello, e, mais recentemente, a empresária Malga di Paula, a única que não lhe deu herdeiros.



Chico teve oito filhos - Lug de Paula, Nizo Neto, Ricardo, André Lucas, Cícero, Bruno Mazzeo, Rodrigo e Vitória -, que o descreviam como um pai atencioso e amoroso. Celebrado Depois de anos atuando em novelas, e de muitos apelos por sua volta à comédia, Chico ganhou um especial de fim de ano em 2009 chamado Chico e Amigos. O sucesso do programa trouxe de volta a figura do humorista à grade da programação de comédias da TV Globo, que passou a inserir semanalmente alguns de seus mais clássicos personagens no Zorra Total. Em 2007, o cartunista Ziraldo o homenageou por seus 60 anos de carreira com o livro É Mentira, Chico?, no qual, ao lado de outros artistas renomados, criou caricaturas dos personagens de Chico. Dois anos depois, foi a vez de ser reverenciado no Carnaval. A escola de samba Unidos do Anil, do Rio de Janeiro, desfilou com o enredo Chico Total! Sou Anil e Faço Carnaval.

Em 2010, ainda recebeu homenagem na primeira edição do Risadaria, evento de humor realizado anualmente em São Paulo. Em seus últimos anos de vida, Chico também atuou no cinema, como em "Se Eu Fosse Você 2", sendo em 2010 o longa recordista em bilheteria no Brasil. Nesse filme interpretou Olavo, e, no ano anterior, dublou o simpático velhinho Carl Fredericksen para a versão nacional da animação "Up - Altas Aventuras".

O humorista foi internado no dia 2 de dezembro de 2010, quando deu entrada no hospital devido a falta de ar.
Na avaliação inicial, detectou-se obstrução da artéria coronariana, assim, foi submetido à angioplastia. Chico Anysio ficou 109 dias internado, recebendo alta apenas no dia 21 de março de 2011. Neste período, o humorista permaneceu a maior parte do tempo na UTI.
Em 23 de abril de 2011, Chico Anysio retornou ao programa "Zorra Total" interpretando a personagem Salomé. No quadro, Salomé conversava "de mulher para mulher" com a presidente Dilma Rousseff. No dia 30 de novembro de 2011, foi internado novamente, devido a uma infecção urinária. Recebeu alta 22 dias depois, em 21 de dezembro de 2011, mas já no dia seguinte voltou a ser internado, com hemorragia digestiva.

Em fevereiro de 2012 foi diagnosticado com uma infecção pulmonar. Apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal em 21 de março de 2012.  Com a saúde cada vez mais debilitada, veio a morrer no dia 23 de março de 2012, após sofrer uma parada cardiorrespiratória causada por falência múltipla dos órgãos, decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar. No dia 25 de março, foi cremado no Cemitério do Caju. De acordo com Paulo César Pimpa, seu advogado, o humorista pediu em testamento que metade das cinzas seja espalhada em Maranguape, Ceará e a outra, em uma floresta nos fundos do estúdio do Projac, no Rio.

Causa da Morte: Chico Anysio morreu em 23/03/2012 com 80 anos de idade, vítima de falência múltipla dos órgãos decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar.
Sepultamento:
O Corpo de Chico Anysio foi cremado e suas cinzas foram espalhadas, de acordo com sua vontade, uma parte na cidade de Maranguape (Ceará), e a outra parte nas matas atrás dos estúdios do Projac na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte do Texto e das Imagens: www.alemdaimaginacao.com

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