''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

terça-feira, 19 de julho de 2011

Harry POTTER 7...

Num momento lúdico da minha vida, num estado catatônico de mal estar corporal, devido a uma intoxicação alimentar, e depois de perder no jogo de par ou ímpar para minha mulher, fui com ela assistir ao filme Harry Potter 7, parte 2, alguma coisa ligada às relíquias da morte. Confesso que não li nenhum dos livros de Harry Potter; assim como tenho a dizer que não entendi a história da saga até este presente momento, por isso afirmo mais do que nunca que não entendi nada deste Harry Potter 7 parte 2. Personagens entravam e saíam da tela o tempo todo. Tinha gente correndo no meio do fogo, voando de vassoura e ficando invisível; embora não tenha visto os filmes anteriores, consegui entender algumas coisas deste chamado ''último filme da série'', como dizem os fãs mais afoitos.

O filme começa com um monte de alunos marchando como numa despedida de escola militar. Embora pela disciplina que apresentam e nenhuma ofensa aos professores, assim como a inexistência de agressão física, vemos logo de cara que não se trata de uma escola situada no Brasil. Os alunos marcham para um saguão enorme. Ali se reúnem para comentar as artimanhas de um cara feio pra caramba, parecido com um monte de cantor de rock que existe por aí, mas confesso que vi nele a figura de Rogério Skay Lab. Naquele canto do mundo, os alunos relembram os lances do passado, onde um tentou matar o outro e um monte de gente que não tinha nada a ver com o peixe acabou morrendo no meio do caminho. Entre os sobreviventes encontramos o cara que dá nome aos livros de sucesso, talvez a personagem mais importante da história até o momento, Harry Potter. O cara é procurado por todo mundo, mas continua sumido, escondendo-se em algum lugar protegido daquelas magias que só eles tem medo. O que fazem nas horas vagas a não ser brincar com a varinha de condão.

Aparece então Harry Potter. Ele entra em cena junto de seus amigos e vai falar com um anão de orelhas enormes. Os dois conversam e chegam a uma conclusão, o anão ajuda ele a entrar numa fortaleza, comandada por um cara sem nariz, talvez uma deficiência no nascimento, ou uma briga muito feia quando ele estava na quinta série, quem pode saber. O anão pede como pagamento uma espada, e Harry aceita isso, contanto que ele, Harry, fique com uma canequinha que ele chama de alguma coisa crux. Eles entram. Enganam toda a legião de anões de uma espécie de banco central, onde os funcionários parecem mais funcionários públicos do que qualquer outra coisa, e chegam até um tal cofre. Logo que entram em busca da canequinha, e até aí lembrei muito do filme Indiana Jones e o templo da perdição, a contar pelo cenário e o carrinho que corria no trilho suspenso na montanha uma cena antes, eles caminham na direção da tal crux, tão desejada por Harry. A guria que acompanha Harry e o moleque loiro derruba uma espécie de pulseira. Logo que a pulseira cai no chão ela começa a se multiplicar em várias, segundo o anão, é o feitiço jogado nos objetos que provoca isso. Seria legal multiplicar algumas coisas de vez em quando... Enfim. Continuando. Bruno, amigo de Rafaela, está ficando com a Renata, uma magrinha que estuda no Colégio Don João... Ah não, isso é parte da conversa que ouvi durante o filme, vinda de um casal que estava sentado do meu lado no cinema, e não calaram a boca durante todo o filme.

Por fim, o anão acaba morrendo enquanto fugia com a espada na mão. Harry e seus amigos cavalgam em cima do monstro que cospe fogo. Tipo aquele carinha do filme MEU QUERIDO DRAGÃO. Sabe lá Deus por que cargas da água eles vão parar num depósito de móveis usados, com sofá, fogão e um monte de cadeiras, e ali rola uma perseguição violenta, onde brincam de pega ladrão o tempo todo. Acabam subindo em vassouras que voam e sumindo do lugar antes que tudo se acabe em chamas. Nesse meio tempo o maluco sem nariz decide juntar uma galera e destruir a escola, talvez para ele ser o diretor, ou coisa parecida. Hoje em dia geralmente resolvem isso com uma eleição democrática, ou não tão democrática assim, mas enfim, eles resolveram usar a força, e usaram. É muita gente tentando destruir a escola ao mesmo tempo, e eu que pensei que os alunos de hoje em dia queriam destruir a escola que frequentam. O que vemos na tela ultrapassa qualquer maldade feita por um ser humano normal, até porque eles tem as chamadas varinhas mágicas, que solta uma espécie de foguinho mortal, onde quem fica na frente, é tostado; neste caso, tostadinho.
Não vou contar o final da história, justamente pelo fato de não ter entendido nada do filme, muito menos o final, então não vejo o que dizer. Num determinado momento deste mesmo final pensei estar assistindo ao filme NOSSO LAR, onde André Luís é conduzido por Clarêncio até a cidade dos muros gigantes...
Em resumo, o filme é muito bem dirigido, os cenários são estupendos, os efeitos especiais são muito bons e a melhor cena na minha opinião bucólica, faz referência ao momento que o casal de crianças deita na relva para contemplar uma árvore verde acima de suas cabeças. Ao ali se acomodarem, as vagens, caindo pela força do vento se transformam em monstrinhos voadores. Para quem é fã vale a pena assistir, para quem não é fã também vale muito a pena assistir ao filme, agora, quem não sabe nada da história, aí vai ficar um pouco estranho entender o que se passa na tela grande da sala escura, e outro texto nestes moldes pode acabar surgindo, como o feitiço da multiplicação.