''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quinta-feira, 7 de julho de 2011

o caso RAFINHA...

Há alguns dias o humorista Rafinha Bastos fez um tipo de piada no twitter, encarada por alguns como uma brincadeira, onde fazia elogio aos estupradores que abusam sexualmente de mulheres feias. Para outros isso é um caso de polícia. Rafinha é humorista e comediante, um cara que vive expondo seu rosto na mídia, e o cara mais influente do chamado twitter; de acordo com nossa legislação ele tem o direito e a liberdade de dizer o que quiser, depois ele se entende com a lei; e nós, concordando ou não, temos o direito de criticá-lo no momento que quisermos, dentro dos limites da lei é claro, para isso serve a chamada liberdade de expressão. O problema é que alguns querem levar isso para outro ponto da conversa.

O Ministério Público por sua vez pediu a abertura de um inquérito policial para apurar aquilo que já estão chamando de ''incitação ao crime''. Ou seja, o tipo de humor que Rafinha faz seria realmente um caso para a polícia resolver? As feministas o acusam de incitar pessoas a cometerem o crime do estupro, na minha irrelevante opinião não vejo como alguém pode se sentir motivado a estuprar outro alguém com aquele tipo de piada. Enfim. Cada vez mais no Brasil, com os movimentos das chamadas categorias de direitos, a coisa vai se afunilando. Confesso que sinto medo de contar uma piada em qualquer ambiente que seja, pois não sei o que a pessoa que me escuta pode estar pensando. Como posso sair ileso depois de contar uma piada de português próximo a uma padaria. Piada de gaúcho então, nem pensar, não conto mais, nunca mais. Com tantas leis sendo aprovadas contra tudo aquilo que chamávamos de humor nos anos 70, 80 e 90, confesso mais do que nunca que penso cem vezes antes de dizer alguma coisa. E isso é um exercício e tanto para minha pessoa, tendo em vista que sou o rei das gafes.

No caso de Rafinha Bastos, não há motivo para jogá-lo numa cela de cadeia ou até mesmo queimá-lo na fogueira, apenas exponha ele as críticas daquilo que fez, para ter uma leve noção de que é melhor ler e reler uma piada antes de publicá-la. Colocar polícia no meio da jogada, cadeia e outras coisas, é levar o tom da frase ao cúmulo do exagero. Com tanta coisa pegando em cima das chamadas piadas, acredito mais do que nunca que devo continuar construindo histórias em quadrinhos sem pé nem cabeça, pois assim não corro o risco de alguém entender a piada ao ler o último quadrinho; caso alguém entenda, aí estarei relativamente ferrado.