Assim como o filme OS COLETORES, GIGANTES DE AÇO acontece num futuro próximo de nós, calculei os mesmos dez anos para que os órgãos comecem a ser fabricados em larga escala no mundo onde vivemos. Bem, no futuro, o boxe, antes lutado por homens e mulheres com luvas nas mãos, agora dão espaço a robôs bem equipados. Ao invés dos seres humanos, são esses robôs que lutam entre si, causando a sensação de quem assiste ao espetáculo. É a alta tecnologia colocada à disposição de quem está esperando para ver violência. Os efeitos especiais são muito bons, o que faz os robôs lembrarem os chamados ‘’Transformers’’, com uma diferença, são bem menores e o raciocínio não vai tão longe quanto. Movimentados por controle remoto, os chamados gigantes de aço entram no ringue. Num primeiro momento vemos Hugh Jackman (Charlie Kenton) controlando um robô que luta contra um touro, tudo parecia ganho quando, Charlie se distrai e o robô é destruído. A primeira cena representa muito daquilo que vamos descobrindo sobre Kenton no restante da história. Charlie Kenton, um lutador, agora decadente, que perdeu sua chance de ganhar um título importante da categoria, quando robôs de aço, com peso superior a 900 quilos, e mais de dois metros e quarenta de altura entraram no ringue para disputarem combates. A partir de então Charlie se transforma numa espécie de empresário e promotor de lutas com robôs, andando pelo país, visitando feiras agropecuárias e rodeios, chamados por muitos de arena de luta, ganhando somente o suficiente para comprar combustível e comer; recolhendo sucatas de metal, de robôs, na intenção de sobreviver entre uma arena e outra.
Mas, como tudo que está tão ruim ainda tende a piorar, Charlie vai ao fundo do poço. Endividado, sem saber o que fazer, e por onde começar a levantar, Charlie vê em seu filho, a chance de se reerguer. Não pelo fato de ter sido um pai ausente, e que agora recebe seu filho devido ao falecimento da mãe do menino, numa tentativa de acreditar na esperança vindoura da família que se une por mais uma vez, mas sim enxerga ali a chance de ganhar dinheiro em combates de verdade. Embora relute muito antes que isso aconteça, ele incumbe seu filho Max, interpretado pelo ator Dakota Goyo, o jovem ‘’Thor’’, à missão de construir e treinar um competidor habilitado, e que não passe vergonha, na intenção de disputar um campeonato. A cada luta as apostas aumentam. A cada combate, Charlie e Max veem a chance de saírem dali com a vitória.
O filme conta com Spielberg na produção e uma criança no enredo, só isso já basta para perceber que a história terá emoção, sobretudo na base da reconciliação familiar. Uma volta por cima, ao melhor estilo emoção norte americana, onde aquele que foi nocauteado pela vida, ainda apresenta um pouco de energia para dar a volta por cima e mostrar a todos que podemos cair, mas sempre lembrando que ainda não estamos mortos. Assim como o filme OS COLETORES, o final faz você acreditar naquilo que está vendo, ao mesmo tempo em que não consegue conceber aquilo que seu cérebro está processando. Ou seja, ou você gosta, ou não gosta. Eu gostei muito.
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