''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

domingo, 20 de novembro de 2011

OS COLETORES - o filme

Em um futuro próximo, e quando digo isso, refiro-me há daqui uns dez anos, quem sabe; a sociedade utiliza com frequência os serviços da empresa THE UNION, que fornece sofisticados, e caros, órgãos mecânicos para os seres humanos. As pessoas se dirigem até lá para comprar um coração novo, um rim, um pulmão, um fígado, enfim, tudo que pode ser ajustado no corpo humano. Por um segundo pensei: genial, essa é a solução para o futuro dos transplantes no mundo. Ninguém vai precisar ficar em filas de transplantes esperando por órgãos que nunca chegam. Mas, como tudo na vida não são somente flores, tem o lado ruim do negócio, o preço. O preço por cada órgão é muito alto. Um absurdo. Beirando a soma de 500 a 600 mil reais, a pagar a vista, ou em pequenas prestações. Muito dinheiro envolvido, e nem todos podem pagar. É aí que entram os chamados COLETORES. Caso o comprador não honre a dívida que fez com a empresa UNION, funcionários da mesma, chamados de coletores, são enviados com a função de recolher o órgão vendido, seja ele qual for. Remy, interpretado por Jude Law, é um dos melhores coletores que existe na empresa UNION.

Embora ele tenha problemas de indiferença com a esposa em casa, justamente por ela não aceitar o que ele faz para ganhar dinheiro, no trabalho tudo vai bem. As coisas caminham para uma pacífica mudança de cargo dentro da empresa onde trabalha Remy, mas ele sofre uma parada cardíaca enquanto estava realizando um dos serviços agendados pela empresa. A partir de então ele é submetido a uma cirurgia, onde lhe é transplantado um dos corações fabricados pela empresa THE UNION, cuja corporação ele é funcionário. O problema é que, em decorrência ao que lhe aconteceu, Remy não pode mais continuar exercendo o seu trabalho. E todos nós sabemos que sem trabalhar o dinheiro não entra na conta. Desta forma, Remy passa a ter um pequeno problema com os seus ganhos. Ou seja, deixa de ganhar dinheiro. Sendo assim, a dívida com a empresa que lhe forneceu o órgão vai aumentando, por fim, sem ter como pagar a dívida, ele se une ao colega Jake, interpretado por Forest Whitaker, na tentativa de escapar da perseguição empenhada agora pela empresa onde trabalhou durante anos.

A próxima reviravolta na história ocorre quando ele conhece Alice Braga, no papel de uma mulher totalmente transplantada com órgãos da empresa THE UNION, aí, já viu. Olhar daqui, olhares dali, Jake começa a acreditar na filosofia, trabalho é trabalho, amizade é amizade, mas enfim; depois de muita correria, muita gente sangrando no corredor da empresa, e tiro pra tudo quanto é lado, chega o final do filme. Quando você acha que acabou, vem à surpresa. O final é surpreendente e não abre brecha para você gostar mais ou menos. Ou gosta, ou não gosta, sem meio termo. Um filme muito bom, com atuações excelentes, e um roteiro que te prende a cada cena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.