terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
A SEMANA em DESENHOS, por Vandré Segantini
domingo, 18 de dezembro de 2011
AMOR A TODA PROVA, o filme
Cal Weaver, interpretado por Steve Carell, é um homem com mais de quarenta anos. O filme começa com ele, Cal; vivendo a sua vida dos sonhos. Ele tem um bom emprego, mora num lugar legal, tem três filhos perfeitos, e é casado com o grande amor da sua vida, a mulher que conheceu ainda no colégio, quando lhe pagou um sorvete de chocolate. Tudo está indo muito bem, quando ele recebe a notícia vinda da própria esposa, que ela quer o divórcio. A mulher, num momento de infelicidade, o traiu com Kevin Bacon, pelo menos é assim que me lembro daquele ator. Emily, a esposa interprestada por Julianne Moore, mantém o caso com o contador do trabalho, David, interpretado por Bacon e assim a vida de Cal começa a desandar.
O GATO DE BOTAS, o filme
Quando ele surgiu no filme do Shrek, o pessoal da DreamWorks viu alguma coisa naquele gato. O olho arregalado, os trejeitos, o jeito de andar e o modo de expressar humor tinha alguma coisa de incomum. É claro que estamos falando de uma personagem criada a partir de mãos humanas, e nada que ele faz tem vida própria, mas aquele personagem chamara atenção de alguma forma dos seus produtores. Sagacidade dos criadores? Genialidade dos desenhistas, ou pura obra do acaso? Vai lá saber o que houve, mas, o que se sabe é que o personagem do gato mereceu ir além do que ficar somente na turma do ogro verde.
Os estúdios apostaram no gato, colocaram botas nele e chamaram Antônio Banderas para dar voz ao bichano. O resultado de tudo isso foi um longa metragem de animação somente para ele com o título O GATO DE BOTAS. Logo que estreou nos Estados Unidos liderou as bilheterias nos primeiros finais de semana e alcançou a cifra de U$34 milhões de dólares, ficando na frente do filme ATIVIDADE PARANORMAL 3, que alcançou U$18,5 milhões. Os estúdios ficaram satisfeitos com a quantia arrecadada, o que deu um fôlego na DreamWorks, depois de uma queda drástica no faturamento dos filmes KUNG FU PANDA 2 e SHREK PARA SEMPRE, por não atingir aquilo que estavam esperando.
LEGIÃO, o filme
O filme praticamente acontece num posto de gasolina, com uma lanchonete modesta, localizada no meio do deserto. Levando a rotina normal do lugar, o dono do estabelecimento vai recebendo os clientes que por ali param; geralmente pessoas perdidas, que não tem muita noção para onde estão indo. Logo no início fica claro que o rapaz do filme, aparentemente o mocinho, nutre uma paixão pela mulher grávida que por ali vagueia; mas os dois não possuem nada sério, e nem de longe ele é o pai da criança que ela traz no ventre.
No filme esse Arcanjo Miguel é tão poderoso que ele desceu sozinho do céu e conseguiu salvar todo mundo por aqui. Caracas, bem que na Bíblia diz que ‘’ele é o cara’’. Segundo alguns teólogos esse Arcanjo Miguel vai descer a terra como um Messias. Vai se infiltrar em carne, terá cinco filhos, vai formar um império, será confundido com o anticristo em alguns momentos, mas isso não o vai abalar, pois no fim das contas, salvará a humanidade do chamado Armageddon. Dessa forma, todos que vivem na terra terão que obedecer a suas leis. Outros ainda dizem que ele veio de outro planeta, que ele é o filho de Deus dentro de toda a supremacia galáctica que possui. Tem ainda outra vertente que diz que ele encarnou em muitos seres mitológicos da história para aperfeiçoar sua capacidade de governar e viver entre semelhantes. Embora possa parecer absurdo para a grande maioria, tem uma pá de gente que acredita que o Arcanjo Miguel é sem dúvida alguma o Messias. E quando ele aqui estiver ‘’as coisas vão ficar mais difíceis, e quem não se sujeitar a ele terá que pagar com a vida’’. Bem, se for assim, basta assistir aos jornais cotidianos para vermos que ele já está por aqui há muito tempo então.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
ACABARAM os tempos DIFÍCEIS
ESCOLA: DEPÓSITO DE GENTE - Relatório final do ano letivo de 2011.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
ORGIA das SETAS brancas
PLANETA dos MACACOS - a origem...
Sempre que leio uma notícia sobre um filme que está sendo refeito, ou está em fase de construção do roteiro para novas produções, regravando o que já foi feito em tempos anteriores, penso logo: ‘’Será? Eles já contaram tudo da trama, por que fazer de novo? Em Planeta dos Macacos não foi diferente. Eu estava tão ansioso para assistir, desde o primeiro momento que as notícias começaram a ser divulgadas, que pensei por alguns instantes: como será que irão fazer isso? Como irão continuar a história que começou há muito tempo atrás? O filme saiu, e foi genial. Trazer tudo para o período contemporâneo, explicar que os macacos sozinhos não teriam a capacidade de dominar o mundo, mas sim tiveram ajuda; e uma baita ajuda, diga-se de passagem, dos próprios seres humanos para que isso acontecesse.
Quando começaram a filmar o novo filme PLANETA DOS MACACOS, a origem; a crítica juntamente com os fãs caiu de lenha em cima daquilo que estava sendo feito. Mesmo antes de ver qualquer tipo de imagem do produto que estava sendo montado, todo mundo já falava mal. Era comum ver críticas e comentários imbecis fazendo referência aos efeitos especiais e ao roteiro, mesmo antes de alguém saber alguma coisa daquilo que iria aparecer na tela. Às vezes penso se vivemos realmente num planeta de gente humana, ou de gente humanamente medíocre; na maioria do meu tempo, acredito na segunda opção. Para isso, basta caminhar pela calçada da rua, ou até mesmo ligar a televisão de vez em quando, é um absurdo o que o mundo regurgita em nossas faces diariamente.
Depois que Tin Burton, no ano de 2001, acabou de vez com o universo dos macacos plantado na década de 70 no imaginário popular, ficava a expectativa. Será que esse novo filme da franquia vai acabar de enterrar aquilo que o Tin Burton começou a desgraçar no início do século. Não, pior que não. A ideia da franquia é muito simples. O ser humano medíocre forma uma sociedade humana mais medíocre ainda, e vive na falta de respeito de um para com o outro. Nossa, até aí parece que estou falando de hoje, enfim. Vivendo nessa falta de respeito com o outro gera uma falta de equilíbrio no meio social, e isso serve de brecha para que uma nova espécie venha dominar e comandar tudo, nesse caso do filme, essa nova espécie são os macacos. Dentro dessa ideia conceitual muitos detalhes foram colocados na pauta, o que serviu para montar o mundo dos macacos que dominam tudo, e escravizam esses seres humanos desumanos. Bem feito pra eles.
No filme PLANETA DOS MACACOS, A ORIGEM; vemos o início de tudo isso. Os macacos são usados para servir de cobaias, a experiências de uma nova droga, que pretende curar o mal de Alzheimer. Will Rodman, interpretado por James Franco, está no comando desse projeto. Fazendo aplicações em um chimpanzé chamado de Olhos Brilhantes ele vê os resultados de sua pesquisa evoluir muito. Para defender seu filhote, a chimpanzé surta e é morta dentro do laboratório. Todos os outros chimpanzés são sacrificados a partir de então. Will fica com o filhote e vê um gênio crescer dentro da sua casa. O macaco recebe o nome de César. Ele está contaminado com a droga que era aplicada na sua mãe, Olhos Brilhantes. Will testa os medicamentos em seu pai, que coincidentemente tem o mal de Alzheimer, e o pai melhora muito. César ataca um vizinho para defender o pai de Will, e é enviado a uma espécie de IBAMA de macacos, onde os símios ficam presos em jaulas e são tratados com crueldade por alguns funcionários. O ponto alto do filme vem quando César pronuncia a palavra ‘’NÃO’’. Essa expressão foi muito usada nos filmes CONQUISTA DO PLANETA DOS MACACOS e BATALHA DO PLANETA DOS MACACOS, onde a função do ‘’não’’ representava o processo de adestramento dos macacos, mas que dessa vez estava sendo usado pelos próprios macacos, com os seres humanos; marcando assim o início da revolução dos símios. Quem escuta pensa: e se um dia o bichinho que eu tento adestrar olhar para minha pessoa e se negar a fazer o que peço? O filme mostra a origem de tudo, é uma nova fase na franquia que vai levar a nostalgia dos outros filmes feitos no passado. Assistir ao filme pela segunda vez faz você encontrar detalhes não vistos na primeira exibição; assim como leva você a pensar muito mais além daquilo que pensou na primeira vez que viu esse filme. Muito bom. Vale a pena ver muitas vezes.
DESAFIANDO GIGANTES - o filme
O filme conta a história de um cara que vê sua vida cair no precipício de um segundo para outro. Tudo dá errado na vida do ser humano em questão. Ele treina um time de futebol americano em uma escola nos Estados Unidos, no Estado de Ohio; mas não tem sucesso em seus treinamentos. Os seus ‘’meninos’’ por mais que tentam, não conseguem vencer um jogo sequer. O nome do treinador começa a pulular na boca dos pais de alunos, que mandam no time, e ele corre risco de demissão. Além disso, ele tem um carro que não vale nada. O carro vive quebrando, dá problema o tempo todo, e esse ponto no filme gera duas discussões com sua esposa sobre como substituir o veículo tão necessário ao casal. Dentro de tudo isso, tem a questão do homem não conseguir engravidar a sua mulher. Ele faz os exames e descobre que o problema é com ele, e não com sua mulher. Infértil, ele fica desesperado, pois o casal de fato queria ter um filho. Bem, até o momento temos um carro podre, um time que não ganha, o emprego na corda bamba, e uma esposa que não engravida. Todos os dias quando chega a sua casa o homem sente um cheiro horrível, e nunca sabe o que é. Até que decide abrir o soalho da casa, e dali desenterra um rato morto. O cheiro ainda permanece por um bom tempo dentro do lar do moço e da moça.
Dentro desse quadro aonde tudo vai de mal a pior, ele pega a Bíblia. Recorrer a Deus quando tudo parece perdido é uma alternativa para muitos. E lendo a Bíblia, ele começa a colocar longas pregações evangélicas na cabeça dos seus jogadores. As palavras então vão realizando mudanças em sua vida. O time começa a ganhar, ele ganha um carro novo, o cheiro do rato morto no soalho de sua casa vai embora, e a casa para de feder; e para completar tudo isso, a esposa engravida. O final é muito previsível. Muito mais do que tudo que foi visto até agora. O time que perde o filme todo, no final será o campeão, pelo menos é isso que todo mundo espera. O diretor, que por sinal é o mesmo ator principal e roteirista do filme, não se deu ao trabalho de imaginar um final surpreendente, com algo estranho demais para ser verdade, preferiu seguir a linha do óbvio para contar sua história de superação.
O que está em questão não é o time fraco que se torna campeão, mas sim como a religião influencia cada uma das personagens. Um filme pode passar uma temática cristã e ser natural, transmitido é claro através de cenas bem montadas e bem interpretadas, o que não ocorre aqui. Tudo é muito forçado. Depois que ele pega a Bíblia, o filme vira um culto evangélico da metade até o fim. A péssima atuação de Kendrick não passa credibilidade nenhuma para quem assiste. Quando recebe uma notícia ruim, não sabe o que fazer, quando recebe uma notícia boa, também não sabe o que fazer, então, para que dar notícias para esse cara? Você pensa nisso em vários momentos da trama. Assim como Kendrick, muito ruim, os coadjuvantes também são péssimos. Você não consegue acreditar em nenhum daqueles que tentam dar verdade à história. Tudo é voltado para a palavra cristã, mesmo em situações que não cabe determinado discurso. Tudo que acontece tem sempre alguém para dar uma justificativa com palavras da Bíblia... ‘’Isso força a amizade’’, como dizia João Carroceiro. O filme que chegou ao Brasil diretamente em DVD, dificilmente vai agradar ao público mais exigente que frequenta cinema nesse país.