Sempre que leio uma notícia sobre um filme que está sendo refeito, ou está em fase de construção do roteiro para novas produções, regravando o que já foi feito em tempos anteriores, penso logo: ‘’Será? Eles já contaram tudo da trama, por que fazer de novo? Em Planeta dos Macacos não foi diferente. Eu estava tão ansioso para assistir, desde o primeiro momento que as notícias começaram a ser divulgadas, que pensei por alguns instantes: como será que irão fazer isso? Como irão continuar a história que começou há muito tempo atrás? O filme saiu, e foi genial. Trazer tudo para o período contemporâneo, explicar que os macacos sozinhos não teriam a capacidade de dominar o mundo, mas sim tiveram ajuda; e uma baita ajuda, diga-se de passagem, dos próprios seres humanos para que isso acontecesse.
Quando começaram a filmar o novo filme PLANETA DOS MACACOS, a origem; a crítica juntamente com os fãs caiu de lenha em cima daquilo que estava sendo feito. Mesmo antes de ver qualquer tipo de imagem do produto que estava sendo montado, todo mundo já falava mal. Era comum ver críticas e comentários imbecis fazendo referência aos efeitos especiais e ao roteiro, mesmo antes de alguém saber alguma coisa daquilo que iria aparecer na tela. Às vezes penso se vivemos realmente num planeta de gente humana, ou de gente humanamente medíocre; na maioria do meu tempo, acredito na segunda opção. Para isso, basta caminhar pela calçada da rua, ou até mesmo ligar a televisão de vez em quando, é um absurdo o que o mundo regurgita em nossas faces diariamente.
Depois que Tin Burton, no ano de 2001, acabou de vez com o universo dos macacos plantado na década de 70 no imaginário popular, ficava a expectativa. Será que esse novo filme da franquia vai acabar de enterrar aquilo que o Tin Burton começou a desgraçar no início do século. Não, pior que não. A ideia da franquia é muito simples. O ser humano medíocre forma uma sociedade humana mais medíocre ainda, e vive na falta de respeito de um para com o outro. Nossa, até aí parece que estou falando de hoje, enfim. Vivendo nessa falta de respeito com o outro gera uma falta de equilíbrio no meio social, e isso serve de brecha para que uma nova espécie venha dominar e comandar tudo, nesse caso do filme, essa nova espécie são os macacos. Dentro dessa ideia conceitual muitos detalhes foram colocados na pauta, o que serviu para montar o mundo dos macacos que dominam tudo, e escravizam esses seres humanos desumanos. Bem feito pra eles.
No filme PLANETA DOS MACACOS, A ORIGEM; vemos o início de tudo isso. Os macacos são usados para servir de cobaias, a experiências de uma nova droga, que pretende curar o mal de Alzheimer. Will Rodman, interpretado por James Franco, está no comando desse projeto. Fazendo aplicações em um chimpanzé chamado de Olhos Brilhantes ele vê os resultados de sua pesquisa evoluir muito. Para defender seu filhote, a chimpanzé surta e é morta dentro do laboratório. Todos os outros chimpanzés são sacrificados a partir de então. Will fica com o filhote e vê um gênio crescer dentro da sua casa. O macaco recebe o nome de César. Ele está contaminado com a droga que era aplicada na sua mãe, Olhos Brilhantes. Will testa os medicamentos em seu pai, que coincidentemente tem o mal de Alzheimer, e o pai melhora muito. César ataca um vizinho para defender o pai de Will, e é enviado a uma espécie de IBAMA de macacos, onde os símios ficam presos em jaulas e são tratados com crueldade por alguns funcionários. O ponto alto do filme vem quando César pronuncia a palavra ‘’NÃO’’. Essa expressão foi muito usada nos filmes CONQUISTA DO PLANETA DOS MACACOS e BATALHA DO PLANETA DOS MACACOS, onde a função do ‘’não’’ representava o processo de adestramento dos macacos, mas que dessa vez estava sendo usado pelos próprios macacos, com os seres humanos; marcando assim o início da revolução dos símios. Quem escuta pensa: e se um dia o bichinho que eu tento adestrar olhar para minha pessoa e se negar a fazer o que peço? O filme mostra a origem de tudo, é uma nova fase na franquia que vai levar a nostalgia dos outros filmes feitos no passado. Assistir ao filme pela segunda vez faz você encontrar detalhes não vistos na primeira exibição; assim como leva você a pensar muito mais além daquilo que pensou na primeira vez que viu esse filme. Muito bom. Vale a pena ver muitas vezes.
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