O filme conta a história de um cara que vê sua vida cair no precipício de um segundo para outro. Tudo dá errado na vida do ser humano em questão. Ele treina um time de futebol americano em uma escola nos Estados Unidos, no Estado de Ohio; mas não tem sucesso em seus treinamentos. Os seus ‘’meninos’’ por mais que tentam, não conseguem vencer um jogo sequer. O nome do treinador começa a pulular na boca dos pais de alunos, que mandam no time, e ele corre risco de demissão. Além disso, ele tem um carro que não vale nada. O carro vive quebrando, dá problema o tempo todo, e esse ponto no filme gera duas discussões com sua esposa sobre como substituir o veículo tão necessário ao casal. Dentro de tudo isso, tem a questão do homem não conseguir engravidar a sua mulher. Ele faz os exames e descobre que o problema é com ele, e não com sua mulher. Infértil, ele fica desesperado, pois o casal de fato queria ter um filho. Bem, até o momento temos um carro podre, um time que não ganha, o emprego na corda bamba, e uma esposa que não engravida. Todos os dias quando chega a sua casa o homem sente um cheiro horrível, e nunca sabe o que é. Até que decide abrir o soalho da casa, e dali desenterra um rato morto. O cheiro ainda permanece por um bom tempo dentro do lar do moço e da moça.
Dentro desse quadro aonde tudo vai de mal a pior, ele pega a Bíblia. Recorrer a Deus quando tudo parece perdido é uma alternativa para muitos. E lendo a Bíblia, ele começa a colocar longas pregações evangélicas na cabeça dos seus jogadores. As palavras então vão realizando mudanças em sua vida. O time começa a ganhar, ele ganha um carro novo, o cheiro do rato morto no soalho de sua casa vai embora, e a casa para de feder; e para completar tudo isso, a esposa engravida. O final é muito previsível. Muito mais do que tudo que foi visto até agora. O time que perde o filme todo, no final será o campeão, pelo menos é isso que todo mundo espera. O diretor, que por sinal é o mesmo ator principal e roteirista do filme, não se deu ao trabalho de imaginar um final surpreendente, com algo estranho demais para ser verdade, preferiu seguir a linha do óbvio para contar sua história de superação.
O que está em questão não é o time fraco que se torna campeão, mas sim como a religião influencia cada uma das personagens. Um filme pode passar uma temática cristã e ser natural, transmitido é claro através de cenas bem montadas e bem interpretadas, o que não ocorre aqui. Tudo é muito forçado. Depois que ele pega a Bíblia, o filme vira um culto evangélico da metade até o fim. A péssima atuação de Kendrick não passa credibilidade nenhuma para quem assiste. Quando recebe uma notícia ruim, não sabe o que fazer, quando recebe uma notícia boa, também não sabe o que fazer, então, para que dar notícias para esse cara? Você pensa nisso em vários momentos da trama. Assim como Kendrick, muito ruim, os coadjuvantes também são péssimos. Você não consegue acreditar em nenhum daqueles que tentam dar verdade à história. Tudo é voltado para a palavra cristã, mesmo em situações que não cabe determinado discurso. Tudo que acontece tem sempre alguém para dar uma justificativa com palavras da Bíblia... ‘’Isso força a amizade’’, como dizia João Carroceiro. O filme que chegou ao Brasil diretamente em DVD, dificilmente vai agradar ao público mais exigente que frequenta cinema nesse país.
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