Domingo, dia de ir a tradicional feira da cidade... Comprar o quê? Antigamente, e quando digo antigamente não é apenas uma força de expressão, mas sim uma verdade absoluta, uma vez que estou mais velho a cada segundo que pula no relógio; bem, antigamente, eu ia à feira na intenção de comprar verdura, legumes, e alguns outros poucos produtos alimentícios, hoje em dia isso praticamente não existe mais. A chamada feira, ou feirinha, virou ponto de venda dos artesãos, escultores e vendedores de tudo e qualquer coisa, menos verdura, legumes e alguns outros poucos produtos alimentícios. Não que isso seja uma verdade absoluta, pois existe alguns poucos produtos alimentícios lá, para consumir exclusivamente lá mesmo. Nada além de lá mesmo. Você pode até querer levar embora pra casa o alimento que comprou, mas não é muito aconselhável fazer isso. O fato acontece por que a chamado tradicional feirinha é feita para os turistas visitarem. É montada para os turistas comprarem suas coisinhas e levarem para fora desse lugar. E como é feito para turista comprar, os produtos tem preços um tanto quanto abusivos para àqueles que moram aqui na cidade. Não estou falando da elite, que compra o que quer e o que não quer, pois dinheiro não é problema pra essa gente, estou falando daqueles que ralam o peito para pagar suas contas, economizando para por comida na mesa. Que tal comprar um pedaço de madeira escrito ''ESTIVE AQUI E LEMBREI-ME DE VOCÊ'' por 120 reais. Um monte de turista comprou, eu achei caro. Que tal comprar um avião feito com peças soldadas por 340 reais, novamente teve um monte de gente que comprou, eu achei caro de novo. Numa última tentativa, que tal comprar uma calça de algodão por 99 reais, eu achei caro por mais uma vez, enquanto o vendedor dizia que já tinha vendido tudo na parte da manhã. Definitivamente a frase ''PENSO logo EXISTO'' se encaixa no meu perfil de consumidor sem dinheiro, pois, se num momento desse, por impulso, eu não pensar e comprar alguma coisa nesses valores apresentados, com certeza sem o dinheiro para a alimentação eu deixarei de existir antes da metade do mês. Das duas uma, ou os turistas têm muito dinheiro para movimentar o comércio local, por isso nunca poderei ser um turista, ou eu ganho muito pouco demais da conta... Depois de alguns minutos, considerei como verdadeira a segunda opção. Por fim, verduras, legumes e algumas outras coisas de comer tiveram de ser recolhidas na prateleira do supermercado; o velho ponto de encontro daqueles que opinam pela opção comida na mesa, ao invés de uma MANDALA na parede. Ô coisa estranha...
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