O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira
seus adversários, afirmou que eles têm "bronca" dele e da presidente
Dilma Rousseff e avaliou que a oposição e os formadores de opinião
pública nunca quiseram a eleição dos dois. "Essa gente nunca quis que eu
e a Dilma ganhássemos as eleições, que a gente fosse progressista",
disse o ex-presidente, durante evento em comemoração aos 30 anos da
Central Única dos Trabalhadores (CUT). "A bronca que eles tinham de mim
era (em relação ao) meu sucesso e agora é o sucesso da Dilma."
Muito bem, vamos analisar essa primeira parte da conversa então. Óbvio que eles nunca quiseram que Lula e sua turma ganhassem qualquer eleição, afinal, eles eram oposição, não aliados. Outra, que sucesso dele e da Dilma? Ele foi o metalúrgico que liderou greves nos anos 80 e foi preso, até aí, para quem procura os holofotes, pode ser considerado uma forma de sucesso, mas e a Dilma, sucesso da onde? A mulher apareceu como membro do governo de Lula e uma parte do Brasil a elegeu, por conta do nome de Lula e de todo o seu assistencialismo petista cravado no peito do cidadão sustentado por bolsas auxílio. O que contou muito também foi a oposição ter apresentado um candidato porcaria que não fez nem cócegas na então quase desconhecida candidata do PT. Não foi a toa que a grande surpresa das eleições foi Marina Silva, abocanhando milhões de votos a seu favor. Ou seja, quem não queria o continuismo do PT e nem a porcaria da oposição, votou em Marina; por fim, o continuismo ganhou.
Agora vem a piada, durante o seu discurso Lula se comparou ainda ao ex-presidente norte-americano Abraham
Lincoln em relação, segundo ele, aos ataques sofridos na imprensa. "Eu
fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860,
igualzinho batem em mim. E o coitado não tinha nem computador. Ia para o
telex ficar esperando", disse Lula, contando que está lendo a biografia
do ex-presidente dos Estados Unidos. "Hoje a resposta é em tempo real.
Eu quero parar de reclamar dos que não gostam de mim e não dão espaço.
Eu não convido eles para minha festa e não sou convidado", resumiu.
Vamos analisar essa segunda fala do homem sem barba. ''Eu fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860, igualzinho batem em mim...''. Minha Santa Genoveva. Lincoln lutava contra a escravidão, o congresso norte-americano estava dividido, e na luta do sul contra o norte morreram pelo menos 750 mil pessoas. Na época de Lincoln, o Congresso estava
num impasse muito grande, havia discussões. As pessoas eram espancadas no
plenário do Senado dos EUA. Um deputado a favor da escravidão quase
matou a pancadas o senador Charles Summer, do Massachussetts. Ou seja, a imprensa ''batia'' porque coisas agitadas aconteciam, mas no final, eles
finalmente votaram as leis. Hoje, os atrasos nas votações e os procedimentos que são escolhidos dão medo naqueles que esperam por um resultado. Atualmente a imprensa também ''bate'', mas e daí, acontece o quê depois disso? Geralmente as pessoas não sabem de nada do que está acontecendo. Lincoln foi acusado de não ter experiência, Lula também, talvez seja por aí a comparação do grande molusco. Ao contrário de Lula, Lincoln sabia o que estava acontecendo ao seu redor. Lincoln era escritor, a publicaçao dos debates Lincoln-Douglas, que depois iriam servir de base para a campanha política de 1860 venderam mais de 60 mil exemplares, e Lula, escreveu o quê? Bom, pelo menos ao dizer que o ''coitado não tinha nem computador...'', Lula deixa nas entrelinhas o dito pelo não dito que ele Lula sabe usar um computador. Menos mau, já é um começo. No fim dessa fala Lula diz: ''eu não convido eles para minha festa e não sou convidado'', convidado para o quê? Para a festa dele mesmo? Vejamos aí uma frase um tanto quanto óbvia, se você não convida alguém para sua festa, obviamente que você não será convidado para a festa do outro, isso se chama orgulho ferido, mágoa, vingança, e por aí vai.
Para Lula, os adversários e "os formadores de opinião pública" foram
os últimos a aderir, na década de 80, ao movimento pelas eleições
diretas para presidente e, na década seguinte, à campanha pelo
impeachment do então presidente Fernando Collor, hoje senador. Pronto, falou o homem que está além do seu tempo. Para ele quem eram esses ''formadores de opinião pública'' dos anos 80? Os artistas da televisão? Os intelectuais brasileiros? Os cantores de rock? Os locutores de rádio? Os colunistas de jornais importantes do Brasil? Os políticos moitas? O Bozo? O Fofão, ou a turma do Balão Mágico?
"É preciso reconhecer que o País mudou muito, inclusive na questão da
comunicação. Nos anos 80, qualquer imbecil se achava formador de
opinião pública", disse. "Nesse País, formadores de opinião pública eram
contra a campanha das diretas, contra a derrubada do Collor", criticou.
Pronto, vamos analisar novamente essa afirmação do homem de bigode. ''Nos anos 80 qualquer imbecil se achava formador de opinião pública...'', por que será? Como assim QUALQUER imbecil? Será que é porque estávamos enfrentando um final de ditadura militar, que vinha privando boa parte da população de ter a tão sonhada liberdade para dizer, fazer e realizar àquilo que sonhavam; será que é porque não tínhamos eleições diretas há muito tempo nesse país, ou será pelo motivo de só chegar à mídia quem tinha algo pra falar? Ou seja, as pessoas que conseguiam falar era porque tinham algo importante pra dizer, caso contrário não teriam espaço na mídia. Hoje, com a internet, qualquer um pode falar o que quiser, no tempo que quiser, inclusive eu; graças a esse sistema, dito por alguns como democrático e por outros como alienador, enfim, hoje sim qualquer idiota pode ser formador de opinião, nos anos 80 não. Agora, se você conseguisse espaço na mídia nos anos 80, e falasse algo considerado pelo ex-presidente como sendo um ''imbecil'', então talvez seja uma auto crítica.
O ex-presidente reclamou ainda da falta de espaço para o movimento
sindical na imprensa e cobrou um mapeamento de toda a mídia do setor
para que esse segmento se organize. "É uma arma poderosa, mas totalmente
desorganizada. Por que a gente não organiza a nossa mídia, dá
formatação, um pensamento coletivo, mais unitário?", indagou. Essa eu não vou nem comentar. Ele já esteve lá e não mudou nada, agora sua pupila está lá, e novamente nada acontece. Uma alternativa pra ele, abra um jornal e o conduza nos moldes que quiser, até porque ''é uma arma poderosa''.
Lula pediu uma mudança de postura da CUT, cobrou que a central
sindical e seus dirigentes saiam às ruas, deixem os prédios e viajem
mais pelo País. Recomendou ainda que conversem mais com a presidente
Dilma "porque mulher sempre trata melhor que o homem". Após
manifestações da plateia sobre a fama de rígida da presidente, Lula
emendou: "Mesmo quando a mulher é mais dura, é mais flexível que o
homem." Ou seja, chamou a Dilma de borracha, e não sei por qual motivo acredito que ele falou dele novamente.
Na saída do evento, Lula disse, em uma rápida conversa com
jornalistas, que apoia a marcha dos trabalhadores a ser realizada em 6
de março. "Todas as reivindicações são justas. Agora, só precisa saber
se o governo tem condições de atender", ou seja, instigou a massa pra fazer o fervo e no final lembrou que quem está no governo é o pessoal do seu partido. Se fosse a oposição que estivesse mandando, não duvide que ele iria sair dali e correr direto pra rua fazer piquete.
Fonte: estadão / br.noticias.yahoo.com / http://www.conjur.com.br
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