''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O TURISTA

Johnny Depp aparece na tela pela primeira vez como um cara sofrido. Um alguém que quer esquecer a perda de um amor. Apresentado como professor de matemática ele é envolvido pela mulher Jolie que se atira em cima do cara sem pensar duas vezes. Qualquer ser humano do sexo masculino, que nunca atraiu as atenções de uma mulher como Jolie, acharia tudo muito estranho, mas o tal professor adquire para si a sorte grande. O turista americano, interpretado por Johnny Depp, passa o tempo todo flertando com a estrangeira, Angelina Jolie. Quem poderia imaginar que Frank (Depp) iria despertar alguma coisa no coração de Elise (Jolie). Por fim, uma rede de intrigas e um vai e vem no roteiro, um pouco confuso, fez deste filme algo curioso de se ver na tela. Não há como, até certo ponto do filme, acreditar que aquela espécie de mané, interpretado por Depp, pudesse oferecer qualquer risco para quem quer que fosse. Usando como cenário Paris e Veneza o cara deixa bem claro o que é ser estranho quando compra um terno branco, e frequenta um lugar onde todos os homens estão usando terno escuro. Isso é mais do que chamar atenção, é ser o centro do centro de todas as atenções.
Depp tenta mostrar na tela o que é ser um bom ator, mas em determinados momentos não consegue fazer muita coisa. Se para ser um bom ator é ''enganar'' o outro interpretando aquilo que é o oposto de você, Depp não consegue fazer isso muito bem neste filme. Em algumas cenas ele nem parece o grande ator que é, em outras, me lembrei muito do Jack Sparow. Impressionante como ele anda igual ao Jack, talvez isso seja uma maldição pirata. O final do filme deixa aquele ar de continua, ou, por que não fizeram mais meia hora de filme, talvez para explicar um monte de coisas que ficaram pendentes no roteiro. Jolie tem a interpretação dela marcada por momentos. Movimenta-se bastante, anda, sorri e expõe por alguns momentos aquilo que seria o ''enganar'' a quem assiste. A mulher obedeceu bem as marcações feitas pelo diretor, além da beleza que ela apresenta na tela, mas isso não é suficiente para transmitir uma química com Depp. Os dois parecem não se entender. Há alguma coisa que não transforma aquele casal na dupla perfeita. Uma pena, pois Depp e Jolie deram o máximo de si, Jolie chegou a fazer aulas para estudar o comportamento da mulher europeia, mas a direção fraca de Florian Henckel von Donnersmarck, que está longe de ser o mesmo diretor que ganhou o oscar pelo filme ‘A Vida dos Outros‘, exclui qualquer forma de entrosamento ideal.

Neste filme o roteiro tem como finalidade enganar os espectadores com personagens dúbios, apresentando a velha fórmula dos filmes de espionagem. Desde o começo, quem assiste a esta produção é envolvido numa trama onde se cria uma expectativa pelo encontro com o famoso ladrão Alexander Pearce. Um monte de agentes federais e gangsters ficam procurando o cara por todos os lados, mas somente Elise pode encontrá-lo e fazer o elo entre ele e o governo. Por fim, parece que falta alguma coisa quando o filme acaba.