''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

segunda-feira, 21 de março de 2011

OBAMA e seus não amigos

O presidente dos Estados Unidos veio ao Brasil, e um monte de gente gostou. O problema é que sempre tem gente que não compartilha das mesmas ideias. No centro do Rio de Janeiro um bocado de manifestantes esticaram uma faixa mandando o norte americano embora daqui. Quinze pessoas foram detidas durante as manifestações, teve gente gritando para todos os lados que eles estavam ali somente fazendo um ''protesto contra o Obama''. A polícia segurou uma galera e disse que ia revistar todo mundo, havia uma suspeita de que alguns vidros com coquetel molotov poderiam ser arremessados, mas nada aconteceu. O líder da manifestação disse à imprensa que ali estavam eles, na vontade mais singela e absoluta de fazer um protesto contra a ida de soldados brasileiros para o Haiti... (estranho, mas com o dinheiro que estes soldados brasileiros ganham nestas missões para a ONU, acredito eu que nenhum deles seria a favor de tais protestos desta forma), também gritavam os manifestantes contra o ataque que está para acontecer na Líbia (segundo a imprensa, em números baixos, 640 pessoas já morreram por lá, só neste sábado foram 48 pessoas. Se alguma coisa não for feita, o governo vai acabar exterminando toda a população daquele país).
O tal protesto contra o presidente norte americando foi organizado pelo partido PSTU, que pretendia esticar uma faixa, vaiar o presidente Obama, e talvez gritar um FORA FMI, e por fim, voltarem pra casa com a sensação de dever cumprido. Segundo os manifestantes a polícia reagiu com violência, e ninguém, repitiram eles, ninguém em momento algum fez qualquer coisa contra a polícia malvada... Que coisa. Enquanto alguns esticavam uma faixa, outros pichavam a bandeira dos Estados Unidos da América; num ato de repugnância contra uma causa que ainda não entendi direito. Evitar que soldados brasileiros ganhem um bom dinheiro no Haiti, e proteger o massacre de civis inocentes na Líbia. Talvez seja por isso que a polícia não deu tanta credibilidade para tais manifestantes.
(fotos: Vanderlei Almeida/AFP)