Brincando com a lógica de que alterar o passado significa mexer no futuro, o filme é genial em sua proposta e prende o espectador desde os primeiros minutos, gerando uma grande curiosidade sobre o que realmente aconteceu naquela festa à fantasia que transformou o tímido João no amargurado Zero. Confesso que pensei em Bif e Marty MacFlay na festa da escola, onde o pai de um tinha que beijar a mãe do mesmo, sendo atrapalhado pelo filho que acabara de chegar do futuro. Assim, apesar de conhecermos os fatos em boa parte, não estamos por dentro de todos os detalhes de como eles aconteceram, pois o filme não mostra isso num primeiro momento. E quando Zero resolve modificar aquela noite, contando para o seu “eu” do passado os detalhes do seu futuro o estrago estava feito, o que o faz acordar numa nova realidade que pode não ser a que o outrora Zero um dia desejou. Quem assistiu ao filme De Volta para o Futuro 2 vai se identificar com o buraco negro no espaço tempo, criado por Bif numa espécie de tempo paralelo ao que realmente aconteceria se as coisas tivessem seguido o curso natural da vida.
Com um elenco muito bom, O Homem do Futuro convence aos mostrar atores como Alinne Moraes, Wagner Moura, Fernando Ceylão, Maria Luisa Mendonça e Grabriel Braga Nunes tanto como adolescentes quanto como adultos. A maquiagem e as caracterizações foram bem utilizadas e os efeitos especiais não deixam em nada a desejar às produções norte americanas.
No papel de Helena, Alinne Moraes está excepcional. Fernando Ceylão como o melhor amigo de Zero, Otávio, também faz misérias com seu personagem pra lá de divertido. Sem contar Maria Luisa Mendonça e Gabriel Braga Nunes, que completam o grupo principal de atores.
Wagner Moura se desdobra em três, para dar uma característica a cada um dos seus ''Joãos''. Não é a toa que a ele se tornara uma unanimidade entre os atores do cinema nacional. Se o João adolescente é tímido e gago e o Zero do futuro é amargurado e cheio de rancor, o João que vai e volta ao passando, retornando para lá novamente, demonstra um crescimento pessoal e um amadurecimento incrível para quem até alguns minutos nunca tinha tido uma namorada, fala do João adolescente.
A trilha sonora mostra os sucessos da década de noventa e possui nomes como INXS, Radiohead e R.E.M. Num determinado ponto da história, João e Helena cantam juntos a música Tempo Perdido, do grupo Legião Urbana, o que tem tudo a ver com a história que está sendo contada e com a mensagem que está sendo transmitida.
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