Ele se aproximou, olhou para os lados, viu que não tinha ninguém a vista, e correu para junto do cone. Os cones estavam colocados na rua com o objetivo de fazer os carros frearem quando atingissem aquele ponto do asfalto, devido a uma reforma que ocorria no supermercado instalado naquele lugar. Mas... Mesmo que os cones estivessem ali provocando um grande serviço para a cidade como um todo, ele não descansaria. Visando um dos cones, ele correu para o lugar, segurou um dos objetos na mão e saiu correndo. Fugiu, roubou o cone, melhor dizendo. Passou correndo pela minha pessoa e olhou para o chão, talvez na intenção que eu ignorasse o fato.
Um cone, um menino, que nem imagino como se chama, roubou um cone. O que leva uma pessoa a roubar um cone? Não sei informar, talvez para balizar alguma coisa na garagem de sua casa, sinalizar algo na calçada, direcionar o caminho do banheiro para os irmãos que muito cedo acordam e não se localizam direito dentro da própria residência? Não sei, de verdade, não sei o que dizer. Talvez tenha sido somente um roubo de um cone, como de fato foi, mas pra quê? Eis aí, um dos grandes mistérios da rua onde moro.
Devido a este mistério, que não fui atrás para ver onde tal façanha acabaria, começo a partir de agora escrever uma série de capítulos, na intenção de dar sequência a esta saga do submundo podre onde vivem os ladrões de cone.
No próximo post, que meus dois leitores não percam, o início da meu novo livro de suspense:
O CONE. Escritos aqui mesmo, página a página, capítulo a capítulo e postados sem cortes, sem dó nem piedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.