O movimento foi intenso nas estradas paranaenses na terça-feira, dia 2 de novembro, dia de finados. Segundo a concessionária Ecovia, que administra o trecho da BR-277, que liga o litoral do Estado até a capital Curitiba, o fluxo de veículos foi de mais de 2 mil veículos por hora: 4 vezes acima do que é registrado normalmente. No sentido que liga Ponta Grossa até Curitiba o fluxo foi muito alto, apontando 2.900 veículos por hora. Na BR-376, que faz a ligação do litoral de Santa Catarina para Curitiba, o movimento também foi considerado alto, apontando a passagem de 2.400 veículos por hora. Embora todas as orientações da Polícia Rodoviária Federal pedindo prudência e cautela aos motoristas, os acidentes não puderam ser evitados.
Mas por que tanta gente viajou assim? Por causa do feriado prolongado, emendando a segunda e a terça-feira ao final de semana. Sem dúvida que isso ocorreria, pois o brasileiro não conhece crise, quando pensa em viagem de lazer num feriado prolongado, mas nós tivemos uma eleição para presidente no domingo. E daí? Eu não to nem aí para o futuro presidente do Brasil, disse a maioria em seu subconsciente. Se o meu vizinho e a mulher dele tivessem deixado de votar, seriam 2 pessoas; os votos, neste caso, poderiam decidir uma eleição. Mas não foram só eles que deixaram de votar, foram 21 milhões de eleitores, que viajaram, pouco se importando com o que estava acontecendo no país naquele dia.
Se a praia e o café dos parentes que moram longe, são mais importantes que a vida neste país, pelos próximos quatro anos, para 21 milhões de pessoas, eu não me incluo nesta massa de pessoas. Infelizmente somos poucos com consciência e visão de mundo, e muitos para aproveitar o sol e a água fresca. O que mais me intriga é que estes que estavam curtindo um descanso são os primeiros a reclamar quando a coisa fica feia. Não tem jeito, o ser humano não aprende, e quando acha que aprendeu, aí já é tarde demais pra aprender.