''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MANHÃ COM SOL, um dia depois da bebedeira

texto escrito por Alex Palmilha em 29 de dezembro de 2010

Bem, eu sei que fiquei alguns dias sem escrever aqui, mas e daí, eu estava bebendo, bebendo muito. Acredito ser ridículo este negócio de beber e ficar falando que nunca bebeu, que se danem os máscaras do planeta, eu bebi, e pronto. A bebida é minha, eu bebo quando eu quero. Quanto ao manter atualizado este negócio aqui, dá um trabalho do cão. Ontem, quando eu estava quase entrando em coma alcoólico no hospital municipal, pensei: o que faço para não descuidar da missão que me fora deixada por Vandré, ou seja, manter este negócio sem ''vácuos de textos'', foram estas as palavras que ele mesmo usou. As vezes eu penso que ele não tem noção das coisas, mas então fico observando o que ele faz no dia a dia, e vejo que quem não sabe nada de xadrez sou eu mesmo.
Na verdade não me lembro de nada do que acabei de escrever ali atrás. Eu estava com o álcool na cabeça ainda, por isso escrevi o que veio na mente, e parei por alguns minutos. Só agora voltei para completar meu raciocínio, do que eu falava mesmo? Um momento, vou dar uma lida ali em cima e retomar o raciocínio...
Ah sim, claro, vida de fim de ano. E tem um monte de maluco que vai pra praia. Eu não posso ir pra praia este ano, não tenho dinheiro, não economizei nada durante o ano, pois o que eu não guardava para pagar as contas, eu gastava em bebida, e agora, não posso ir para lugar nenhum, até por que não estou de férias. Eu trabalho com produtos embalados, na verdade verdadeira mesmo, sou pacoteiro de um supermercado. Não tenho vergonha disso, pelo contrário me orgulho de saber colocar as compras num pacote de papel, ou saquinho plástico, onde muitos imbecis não conseguem fazer. E trabalhando neste supermercado eu consigo desenvolver momentos sublimes da minha vida, ou seja, fico escutando a conversa de um monte de cretinos que não sabem ao certo o que fazer no seu dia a dia, e por isso então tentam descontar todas as suas frustrações na caixa do supermercado, malditos cretinos de orelhas. E para os babacas que foram para a praia, quer saber, eles que se ferrem. Não to nem aí para um monte de piranhas semi nuas deitando na areia e piscando para o primeiro desgraçado que passa esnobando seus músculos. Que se fodam todos. Fico torcendo para chover e todos se ferrarem. Perderem o dinheiro que investiram no aluguel da casa. Se afogarem em uma onda mais forte que leve o corpo para bem longe da areia, e que as comidas de beira de mar lhe causem desinteria e fortes vômitos pelos próximos meses. Aí você me pergunta: pra quê isso? Por que tanto ódio disso tudo? Por que não deixar as pessoas serem felizes do jeito que elas são? Eu respondo no auge da minha ressaca brava de álcool etílico; ignorância da minha parte e inveja, só tenho esta explicação. E daí, eu sou assim.
Meu nome é Alex Palmilha e o de vocês não é. Eu escrevo aqui por que tenho a senha do Vandré, se eu conseguir respirar bons ares de hoje para amanhã, eu volto a escrever antes da ridícula comemoração de virada de ano. Não gostou, vai dormir, esta é a minha opinião e não a sua...