''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A VIAGEM de um pobre mochileiro sem mochila e DINHEIRO

DIA 23 de DEZEMBRO de 2011 - a saída
Tudo estava pronto para realizar a mais demorada e a melhor viagem de nossas vidas. Pela primeira vez, eu e Alex Palmilha, um grande amigo sem noção que encontrei na infância, íamos atravessar o deserto que fica entre as montanhas rochosas de Campo Mourão. No momento de nossa saída tínhamos nas mãos um fusca 83, um chapéu de pesca, duas botinas de caçador e 187 reais no bolso; dos dois é claro. Saímos no dia 23 de dezembro, pré-véspera de natal, e seguimos para lá.


DIA 24 de DEZEMBRO de 2011 - o problema
O carro não andou muito, antes de chegarmos em Uraí o fusca parou e não quis mais sair do lugar. O maior problema de você ficar parado num lugar onde você não conhece, é ver seres estranhos impossibilitados de ajudar o outro ser humano, simplesmente por que não tem vontade de mover um músculo. Sem ter como movimentar aquilo que resolvemos chamar de carro num primeiro momento, e de pedaço de ferro num segundo momento, ali ficamos.

DIA 25 de DEZEMBRO de 2011 até DIA 10 de JANEIRO de 2012 - a comunicação
Depois de dormir e sobreviver por tanto tempo dentro de um fusca, conseguimos encontrar um sinal de internet. Isso não quer dizer que tínhamos internet antes, mas sim que havíamos nos movimentado na direção de um lugar que aluga tempo de navegação na internet. Ali fizemos o primeiro contato com o mundo mandando e-mails para aqueles que conhecemos. Eu aproveitei para escrever um poema que estava querendo sair da minha cabeça.
 
DIA 15 de DEZEMBRO de 2012 - a ajuda
Finalmente o caminhão do pedágio que administra a rodovia onde estávamos nos encontrou. No mesmo instante prestou toda a ajuda possível, guinchou nosso carro por um pagamento de 290 reais, além de cobrar a taxa de permanência no asfalto onde ficamos parados (300 reais nesse caso). Sem dinheiro para pagar as tais taxas, vendemos o fusca e voltamos a pé. Assim, chegamos para casa. Sem dúvida foi o maior intervalo de férias vendo carro passar na nossa frente, como eu havia previsto no início.

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