''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

sábado, 15 de junho de 2013

A CAMINHO da REVOLUÇÃO

E que venha a revolução, começando pela redução da tarifa de ônibus.
Desde que nasci escuto falar que essa geração vai mudar o Brasil, ótimo, estamos seguindo a profecia; o problema é que quando queremos de fato começar com a mudança, os velhos no poder mandam a polícia dar tiro em todo mundo; aí fica difícil.

 
Protesto no Brasil funciona assim, a polícia e as ''autoridades'' determinam quais ruas você pode fechar, andar e gritar; e pronto, acabou. É isso. Peraí, que tipo de protesto é esse onde as autoridades, que não vão caminhar e nem gritar com você, dizem o que pode e o que não pode ser feito? Por que as autoridades indicam o caminho da sua indignação? Dentro da sua zona de conforto é muito cômodo apontar para a criança, fique ali naquele canto e não abra a boca. A criança obedece, e pronto, pensa ele: ''dominei o mais fraco, viu só quem é que manda aqui''. Mas, e quando o dominado não obedece e caminha gritando por outra rua? Se for uma criança, nesse caso, ele apanha, e se forem milhares de manifestantes? Daí a polícia chega atirando e jogando bomba de pimenta em todo mundo. E nem jornalista escapa da pancadaria e tiro no olho, como aconteceu com uma repórter que só estava lá fazendo o seu trabalho, ''cobrir'' o tumulto, nada mais.




O que o governo da Síria faz, massacrando a sua população que protesta, não está muito longe das ordens dos senhores que mandam na polícia do nosso país. E ai se um repórter pensar em mostrar alguma coisa que lá está acontecendo, leva tiro no olho. Por sorte estamos na era das imagens, tudo que você faz hoje sempre tem alguém que filmou ou fotografou, como foi o caso do policial flagrado quebrando a própria viatura, pra dizer depois que os vândalos fizeram àquilo. Alguns desses fardados devem sentir saudades da ditadura militar agora, se bem que não estamos nem um pouco longe daquilo que acontecia.




Por mais que nos últimos dias a grande mídia brasileira tentasse desviar as atenções do que acontece nas ruas de São Paulo e Rio de Janeiro, enfocando, e martelando na cabeça do povo o início da Copa das Confederações que será realizado no Brasil, uma coisa eles não podem controlar, a mídia internacional. Enquanto aqui os grandes veículos de comunicação só falam da Copa dos Bilhões, lá fora, os jornais internacionais mostram o confronto da polícia com a população.
O prefeito disse que não abaixa a tarifa, pronto, acabou, segundo ele. A população marcou um novo protesto pra segunda-feira. O governo, no auge do seu pedestal, cogitou a ideia de usar o exército brasileiro nas ruas pra garantir a tranquilidade da Copa dos Bilhões. Interessante isso aí. Olha aí mais uma coincidência com àquilo que acontecia nos anos 60, após 1964 é claro, militares nas ruas controlando e acalmando o povo. Que coisa não.
O mais estranho dessa última atitude é: pra combater bandidos que massacram a população inocente todos os dias, a ideia de empregar o exército brasileiro nessa função está totalmente descartada, agora, pra combater o povo e manter a integridade da Copa dos Bilhões, o exército é uma boa pedida. Afinal, o governo está do lado de quem?






O governo mantém sua posição, o povo disse que vai continuar protestando, protesto esse de São Paulo que já inspirou mais sete capitais a fazer o mesmo, e na maioria dessas localidades a polícia agiu da mesma forma, menos no Paraná, em Curitiba, onde uma centena de pessoas gritaram nas ruas e depois foram embora dormir. Curiosamente o governo do Paraná intensificou nos últimos dias propagandas que revelam no rádio, na televisão e nos jornais o quanto o governo ''trabalhou pra reduzir e manter baixas as tarifas de ônibus nas principais cidades do Estado'', coincidência, nada além disso, crê o meu vizinho.
Protestar pela tarifa cara, dentro de um sistema de ônibus sucateado, com serviço de péssima qualidade, sem segurança alguma e nem um pingo de conforto, é o início daquilo que vem se acumulando na população há muito tempo. A hora é agora, a revolução está próxima. E depois que vencermos essa batalha contra a tarifa abusiva vamos pra Brasília, na ''casa do povo'', exigir a tão prometida Saúde, Educação e Segurança. Trabalhadores do Brasil, uni-vos.







Fonte das imagens: www.google.com.br

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