O PAÍS da COPA NÃO TEM DINHEIRO pra EDUCAÇÃO

Absurdos à parte, como gastar bilhões em estádios onde a segurança é zero, a cobertura cai com uma chuva e as acomodações não são tudo isso que a mídia está vendendo, inclusive, que mídia hein, se for pra falar da mídia posso citar a transmissão televisiva, que se for pra basear no primeiro jogo Brasil e Inglaterra, estava ridícula, pra não dizer uma merda; enfim, nesse mesmo país onde dinheiro pra construir estádios não falta, a educação continua de mal a pior. E agora vem a notícia do Ceará, onde o prefeito resolveu reduzir o salário dos professores. Tinha que reduzir o salário desses políticos que votaram num absurdo desse.

Professora chora diante da aprovação da redução do salário dos professores em Juazeiro do Norte, no Ceará. O corte pode chegar a até 40%

Os professores da rede municipal de Juazeiro do Norte, cidade localizada a 548 km de Fortaleza, no Ceará, terão seus salários reduzidos em até 40%. Como se não bastasse reduzir o salário dos professores, os vereadores ainda votaram pra aumentar a carga horário e algumas outras mudanças regidas no PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração), dos docentes. Ou seja, vão trabalhar o dobro e ganhar a metade, é pra acabar de vez. Assim que a Câmara dos Vereadores aprovaram reduzir os salários, na última quinta-feira (6), os professores, começaram os protestos. A aprovação causou desespero e revolta nos professores que recebem atualmente o piso nacional de docentes estabelecido pelo MEC, no valor de R$ 1.567, além de algumas outras gratificações, que pode chegar ao valor de R$ 2.193. De acordo com o SSM (Sindicato dos Servidores Municipais), 2.000 professores devem ter os salários reduzidos em até R$ 650 reais. Devido a esse ato dos políticos da cidade, o sindicato dos professores anunciou que vão entrar em greve por tempo indeterminado.

No nosso Paraná ocorreu algo parecido no final dos anos 80. O governador daquele momento, o senhor Álvaro Dias resolveu baixar o salário dos professores. Os professores entraram em greve, e depois de vários dias e meses parados resolveram ir até Curitiba protestar contra a medida do senhor governador. Quando chegaram à frente do Palácio do governo foram recebidos pela cavalaria da PM que pisoteou os professores e deram tiros pra tudo quanto é lado. No fim das contas o governo ficou tranquilo. O senhor Álvaro terminou seu mandato e os professores até hoje quando protestam, protestam ainda pedindo a reposição salarial daquele dinheiro que o governo tirou dos trabalhadores da educação. Estamos falando de mais de 20 anos, e até hoje os salários ainda não foram equiparados com aquilo que ganhavam antes da redução.

A pergunta que fica é: por que os políticos sempre ''ferram'' o povo quando se trata de dinheiro? Por que eles fazem as cagadas e o povo paga a conta? Por que muitos desses que estão no meio do povo, continuam votando nesses políticos que ferram o povo? Quantos desses vereadores serão reeleitos em Juazeiro do Norte na próxima eleição, talvez até por alguns desses que eles estão ferrando nesse momento? Por que uma lei municipal vale mais que uma lei nacional, no caso o tal piso nacional já estava estabelecido, por que o município tem mais força pra derrubar isso? Por que o grupo de vereadores não resolveu cortar gastos da casa onde trabalham, mas sim reduzir em quase o valor de um salário mínimo, o salário dos professores? Por que essa greve dos professores por tempo indeterminado no fim das contas vai prejudicar muito mais os professores do que qualquer outro que esteja envolvido com tudo isso?

A educação pública no Brasil está cada vez mais virando sucata de ferro velho, pois sucata ela já é há muito tempo. Políticos que não se importam com a educação no Brasil temos aos montes, desde Cabral, políticos que se importam com a educação temos muitos, e comprometidos ainda por cima; então por qual motivo a educação pública nesse país sempre está uma porcaria? Nesse caso, não devemos culpar tanto assim os políticos, pois políticos lixos que odeiam a educação são eleitos, e pior, quando eles são eleitos sabemos que não farão nada pela educação, então por qual motivo eles são colocados lá? São colocados lá por que uma fatia da população vota nessa raça. Sem dúvida o mais difícil é convencer o povo de que a educação é uma prioridade. O povo não vota em político que defende a educação, pelo contrário, o povo vota naqueles que massacram a educação. Isso é visível, basta olhar com mais atenção os últimos políticos eleitos, desde 1989. Nem o tal Fernando Henrique, que era professor, fez uma revolução na educação desse país. Tudo bem, ele fez o plano real que controlou a inflação, mas, convenhamos, por ser professor, deveria ter feito um pouco para o grupo, pois saiu de um grupo de professores. O que dizer então? Se partirmos dessa ideia, no fim das contas o povo quer é festa, quer é copa do mundo, quer estádios monstruosos, pra mostrar como a gente é ''bom'' pro resto do mundo. Educação, deixa pra lá; ou posso usar a fala de quem tem dinheiro pra matricular os filhos numa escola particular: ''na escola do meu filho isso não acontece, lá os professores são muito bem pagos''. Ótimo, parabéns pra eles e pra vocês que podem bancar isso. Não estou falando da burguesia, estou falando da massa da população que paga impostos esperando os serviços. E não adianta ignorar essa massa, pois, se colocar a galera num octógno de UFC pra lutar, de um lado ricos e de outro pobres, não vai sobrar nem um terno pra contar história, quem dirá, um frasco de perfume caro.

E o que acontece com os professores do Ceará, que tiveram seus salários reduzidos, mesmo todos sabendo que salários não podem sofrer retrocessos? Provavelmente amanhã, segunda-feira, com as notícias do jogo de futebol de hoje (Brasil X França), tudo já tenha sido esquecido, afinal, ''isso é problema do governo, não meu''; como diz meu vizinho. E assim, o governo segue. O Brasil rasteja, e o povo pasta. É como diz propaganda: Brasil; um país de tolos.

Fonte da Imagem e da Notícia: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/06/08/professores-de-juazeiro-do-norte-terao-salarios-reduzidos-em-ate-40.htm