E há quem diga que a mulher da foto é a mãe dele, enfim, mãe é mãe. Ela carrega o fardo para poupar o filho do esforço; o que dizer? Nada, mãe é mãe. A mãe cria o filho dando certas palmadas nele, e agora tem uma lei que proíbe isso, que sorte tem estas crianças de hoje em dia. Uma lei proíbe eles de apanharem, outra lei proíbe eles de serem estudantes na escola. Eles podem fazer tudo dentro do ambiente escolar, menos estudar, por que daí, dizem os pseudo entendidos no assunto ''já é querer forçar demais o cérebro da criança, criança tem que brincar, nasceu pra brincar''. Outra lei proíbe eles de responderem pelos seus atos antes dos 18 anos, mesmo que eles matem, estuprem e esquartejem pessoas aos montes, não toque neles, eles são menores. Por fim, outra lei os leva até a chamada emancipação, alcançando então os 21 anos de idade. Quanta sorte tem as crianças de hoje. Não só as crianças, mas os adolescentes e toda esta leva chamada juventude. Quanta sorte eles têm.
A mãe não pode mais educar seu filho na filosofia do medo. Outro dia vi uma mãe desesperada, e já um tanto quanto estressada gritando com seu filho na calçada da rua. O menino, sem o mínimo de respeito gritava com ela e dizia em alto e bom tom: ''se você relar em mim eu te denuncio''. O feto não devia ter mais que 7 anos de idade. Mas já sabia o que é denunciar. Tudo isso graças as leis que os protegem. Que leis. Quanta sorte tem a chamada juventude de hoje. Quanta sorte. E olha que estas tais leis nem são muito divulgadas assim, então, como eles sabem disso?
A mãe, mulher independente, forte e honesta, que cuida dos filhos com todo o carinho do mundo. Mulher independente que compra o cigarro do filho, que lava o tênis de montanhista do ridículo que usa blusa peruana com zíper fechado até em cima. Mulher brava nas horas vagas, que defende o filho com unhas e dentes. Que não deixa faltar nada em casa. Que faz o possível e o impossível para ver o seu ''menino'' sempre bem. Mulher sem medo de perder. Com vontade de crescer e dar sempre o melhor para seu filho querido. Ela fez tudo que a lei manda, tudo. O filho cresceu e se transformou em um ninguém. Ao mesmo tempo do outro lado da cidade, uma outra mãe escondeu da chamada lei, as palmadas que deu no filho. Educou na pobreza, mas com severidade. O filho cresceu e se transformou num grande homem. Em meio a tudo isso, uma terceira mãe bateu no filho e ele se transformou num marginal, uma quarta mãe somente conversou com seu pupilo e ele se transformou num médico.
O que quero dizer é: não há uma regra. Não é a lei que vai mudar qualquer coisa. Não é a sociedade que vivemos hoje que vai corromper nossos filhos. Eles podem ir para o caminho do mal, assim como para o caminho do bem. São eles. Não é o mundo que vai distorcer as ideias dele, ou dela, mas sim, é somente ele. Cada um é um. Você pode orientar, pagar os melhores cursos e colégios, mas no final, não é você, é ele. Somente ele, ou ela. Não há como prever o que a massa vai pensar, assim como não há como prever o que cada um vai ser. A mãe faz a parte dela, o pai faz a parte dele, e depois, só Deus sabe o que vai dar. Estamos a mercê de coisa nenhuma, onde palavras são jogadas fora todos os dias, com repreensões, broncas e lições de moral, pra quê? Na maioria das vezes eles nem estão escutando. Não há como decidir por este ou por aquele caminho, pois já traçamos o nosso, agora, é com eles.
Uma coisa não há como negar, estamos vivendo na geração pescoço de galinha. Desta forma estamos fabricando cada vez mulheres e homens da geração pescoço de galinha. Mulher que quando moça era chamada à mesa do jantar, comia o pescoço de galinha para que seu pai devorasse a coxa e as partes nobres da ave. A mulher e o homem cresceram, casaram, e tiveram seus próprios filhos, mas mesmo assim, não perderam o costume, e continuaram comendo o pescoço da galinha, para que seus filhos pudessem comer a carne nobre do pássaro que não voa. Passamos a vida inteira comendo a parte ruim do frango, quando chegamos na posição de nossos pais, no momento que temos a chance de comer a parte boa, continuamos comendo a parte ruim, e doando a parte boa, desta vez não mais para nossos pais, mas para nossos filhos. Filhos tratados com a parte nobre do frango, não dão valor em nada. Filhos tratados com a parte boa do frango acreditam que são superiores aos seus pais, e por isso sabem mais que eles, sem lhes destinar o devido respeito. Filhos tratados com a parte nobre do frango acreditam serem donos do mundo, quando não sabem nem de onde retirar o pão de cada dia, e muito menos o que é viver neste mundo. Enfim, cada um cria o filho do seu jeito, comendo o seu tipo de pescoço de galinha, ou não... Uma vez comendo pescoço de galinha com gosto, sempre voltará para comer mais, daí, torça para aguentar carregar o fardo que você gerou.
Por outro lado, quem não têm e nunca teve galinha para comer, muito menos o pescoço dela, estará formando os cidadãos de bem que este país precisa. Graças a Deus estamos salvos...