''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

domingo, 26 de setembro de 2010

O CONE - capítulo 4

Depois de se movimentar com o automóvel por algumas quadras da cidade parou numa loja de conveniências. Desceu e andou entre as prateleiras a procura de algo. Seus movimentos estavam sendo monitorados pelas câmeras de segurança. Sem se importar com isso verificou cada item que lhe interessa. Chamando a atenção de um dos atendentes, que via o homem andar, andar, andar, andar e não comprar nada, o vendedor resolveu ir até o estranho.

_ Posso ajudá-lo senhor?_ disse o homem vestindo uniforme da loja.

_ Claro que sim, eu preciso de alicate e arame, muito arame._ respondeu Bruno.

_ Tente do outro lado da loja senhor, nas prateleiras de ferramentas.

_ Não é deste lado?_ indagou o homem.

_ Não senhor, aqui é o setor de papelaria._ informou-o.

_ Entendi. Por isso tem tanto lápis por aqui. Obrigado.

Bruno se deslocou para o outro lado da loja e comprou o que queria. Pagou tudo com uma nota de cem reais e foi embora para sua casa. Logo que chegou em sua residência, pôs-se a trabalhar na construção de uma espécie de cerca elétrica. Enquanto emendava um arame no outro e cortava pedaços de madeira com um velho serrote que possuía guardado na garagem, observava a caveira, colocada de forma estratégica em cima do tanque, observando-o atentamente.

Depois de três horas de trabalho pesado, e mais duas horas de leves retoques, Bruno contemplou sua obra. Uma cerca antifurto instalada sobre o muro de proteção de sua casa.

_ Pronto, agora ladrão nenhum vai conseguir entrar aqui sem que eu ouça qualquer coisa._ disse para si mesmo.

Cansado, o homem entrou no banheiro para tomar um banho. Logo que desligou o chuveiro ouviu o relógio da cozinha anunciar o horário de seis horas da manhâ.

_ Nossa, preciso dormir um pouco.

Enquanto o sol nascia, o homem deitou embaixo das cobertas e dormiu.