sábado, 30 de abril de 2011
CAMPEONATO DE CHORO no JAPÃO
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
SERES VIVOS com formas DIFERENTES
domingo, 24 de abril de 2011
MESTRES DA ENGENHARIA
Tubulação aparente, sem maiores problemas para as crianças...
sexta-feira, 22 de abril de 2011
21 de abril - DIA DE TIRADENTES
Em 1789 o Brasil-Colônia começava a apresentar algum progresso material. A população crescia, os meios de comunicação eram mais fáceis a exportação de mercadorias para a metrópole aumentava cada vez mais. Os colonos iam tendo um sentimento de autonomia cada vez maior, achando que já era tempo de o nosso país fazer a sua independência do domínio português. As ideias iluministas trazidas pelos filhos que iam estudar na Europa, começaram a formar um grupo da elite. Houve então em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, no Estado de Minas Gerais, uma conspiração com o fim de libertar o Brasil do jugo português e proclamar a República. Sabe-se que tal conspiração foi uma conspiração da elite, sem a participação popular. Os impostos eram os agravantes de toda esta ''fúria''. Uma das causas mais importantes do movimento de Vila Rica foi a independência dos Estados Unidos, que se libertara do domínio da Inglaterra em 1776, e também o entusiasmo dos filhos brasileiros que estudaram na Europa, de lá voltando com idéias de liberdade, fato comum com a sociedade mineira da época.
Ainda nessa ocasião não era boa a situação econômica da Capitania de Minas, pois as Minas já não produziam muito ouro e a cobrança dos impostos ( feita por Portugal) era cada vez mais alta. O governador de Minas Gerais, Visconde de Barbacena, resolveu lançar a derrama, nome que se dava à cobrança dos impostos. Por isso, os conspiradores combinaram que a revolução deveria acontecer no dia em que fossem cobrados esses impostos. Desse modo, o descontentamento do povo, provocado pela derrama, tornaria vitorioso o movimento, pois acreditavam quase que utopicamente que ao serem destituídos de seus bens, o povo se uniria com aqueles que conspiravam contra a coroa. Talvez esses chamados conspiradores tenham se esquecido de citar o problema da escravidão, ''esquecido'' por eles, para não levarem prejuízos dentro dos seus interesses.
A conjuração começou a ser preparada. Militares, escritores de renome, poetas famosos, magistrados e sacerdotes tomaram parte nos planos de rebelião. Os conspiradores pretendiam proclamar uma república, procedendo à construção de uma universidade, ao desenvolvimento da educação para o povo, além de outras reformas sociais de interesse para a coletividade... Deles, é claro. O homem enviado ao Rio de Janeiro foi Tiradentes. O movimento revolucionário ficou apenas na teoria, pois não chegou a se realizar. Em março de 1789, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, denunciou o movimento ao governador, em troca do perdão de suas dívidas. Tiradentes naquele momento já estava no Rio de Janeiro. Percebendo que estava sendo vigiado, procurou esconder-se numa casa da rua dos Latoeiros, atualmente Gonçalves Dias, sendo ali preso. O processo durou 3 anos, sendo afinal lida a sentença dos prisioneiros conjurados. No dia seguinte uma nova sentença modificava a anterior, mantendo a pena de morte somente para Tiradentes. Por ordem da rainha de Portugal D. Maria I. Tiradentes foi enforcado a 21 de abril de 1792, no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado, sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, arrasaram a casa em que morava e declararam infames os seus descendentes.
Entrou para a história por ser macho, e não entregar nenhum dos seus chamados ''amigos'', durante todo o tempo que passou na prisão. Em contrapartida, seus chamados amigos, ficaram vivos por um período de tempo maior, mas não ganharam um feriado nacional só pra eles.
22 de abril - DIA DE CABRAL
“Os portugueses tinham mais interesse na Ásia do que na América”, afirma o historiador José Jobson de Andrade Arruda, da Universidade de São Paulo. E aí vem, de novo, o fado cabralino, segundo citou Paulo Alexandre em seu blog: quem encontrou o caminho marítimo para a Índia, de onde provinham as especiarias que rendiam lucros à coroa, foi Vasco da Gama, justamente o maior adversário do nosso descobridor.
Criados juntos na cosmopolita corte lisboeta de então, Cabral e Gama tiveram formação muito parecida. Ambos estavam animados pelo forte espírito português que se sucedeu a cinco séculos de domínio muçulmano do país. “Era natural que os dois disputassem o comando das grandes armadas”, conta Galvani. Em uma minuta de 1499, que preparava a expedição que viria a tomar posse daquilo que seria tempos depois o Brasil, consta o nome do comandante-mor da frota: Vasco da Gama. Vasco da Gama? Mais tarde, esse nome seria riscado e substituído pelo de Cabral, naquele tempo conhecido como Pedro Álvares Gouveia. Apenas ao primogênito de cada família era dada a honra de usar o sobrenome paterno, e neste caso, Pedro Álvares era o segundo filho. Foi só na carta que dom Manuel escreveu aos reis da Espanha, que o sobrenome “Cabral” foi associado ao descobridor do Brasil.
Walter Galvani coloca como desgraça o auto-exílio de Cabral em Santarém, ocorrido logo após realizar sua maior façanha, possivelmente foi produto da antiga rivalidade com Vasco da Gama. Enquanto o navegador ainda percorria águas indianas, depois de descobrir o Brasil, a corte lisboeta já organizava uma nova frota a ser comandada por Cabral. Com catorze navios, seria ainda maior do que a enviada para confirmar a existência da terra do pau-brasil. Mas Vasco da Gama ficou encarregado de organizar a empreitada, desta vez destinada apenas à Índia. Gama selecionou os marinheiros e escolheu os capitães de sua confiança. Ainda por cima, nomeou o irmão de sua mãe, Vicente Sodré, para comandar cinco dos navios da expedição. Sodré vigiaria a entrada do Mar Vermelho e o Golfo Pérsico, vias de acesso dos árabes ao Oriente. Enquanto isso, os outros nove navios, sob o comando de Cabral, seriam abastecidos com especiarias. Mas Cabral não aceitou dividir o comando da nova expedição com o tio de Vasco da Gama. Passados quatro meses de impasse, em dezembro de 1501 a recusa oficial foi encaminhada. Nesse momento, Cabral caía em desgraça. Se fosse um documentário, poderia ser acusado pelos críticos de plantão como plágio do último documentário de Ayrton Senna, onde a rivalidade Senna e Prost conduzem o fio da história.
A explicação para a atitude suicida pode estar no relato de um dos maiores cronistas quinhentistas portugueses, João de, Barros, para quem o ''descobridor do Brasil'', colocado assim por Paulo Alexandre em seu blog; era homem de “muitos primores de honra”. O significado mais forte da palavra “honra” estava associado à ideia de um sentimento de dignidade com brios. Cabral tinha motivos para não aceitar dividir o comando da expedição. Não foram pequenos os serviços prestados por ele a Portugal. Sua expedição de 1500 foi a primeira de caráter comercial a chegar à índia. Vasco da Gama chegou antes, levou a fama, mas conseguiu apenas se indispor com o governante de Calicute, a mesma cidade que Cabral canhoneou quando esteve por lá. Só quando Cabral estabeleceu a feitoria em Cochin, no sul da índia, é que a rota se tornou lucrativa.
Tais façanhas, no entanto, não comoveram o rei. Cabral mudou-se para Santarém no final de 1502 e não recebeu mais notícias da corte. No ano seguinte, compareceu a uma reunião da Ordem de Cristo, a organização religioso-militar que financiava as grandes navegações. Há quem aponte o fato como uma tentativa de reaproximação, já que dom Manuel presidia o encontro. Não surtiu efeito. Anos mais tarde, Cabral escreveu ao rei pedindo a “renovação dos privilégios de fidalgo”, em outras palavras, cita-se Paulo Alexandre, desejava abandonar o exílio voluntário e servir a Portugal novamente. Recebeu uma resposta encorajadora, em que o monarca dizia que a carta do navegador “lhe fez prazer”. Mas nada aconteceu.
Em 1514, Afonso de Albuquerque, governador da Índia e tio de Isabel de Casco, mulher de Cabral, escreveu ao rei pedindo que ele pusesse fim ao afastamento do navegador. Teceu grandes elogios ao descobridor, a quem chamou de “mui bom fidalgo”, “merecedor de honras”, e referiu-se a “sua bondade e cavalaria”. Apesar das recomendações de um dos homens mais importantes do império português, Cabral morreria dali a alguns anos sem voltar ao mar.
Não se sabe exatamente o que fez dom Manuel abandonar um de seus mais importantes navegadores, a quem havia recebido com festejos no retorno da expedição de 1500. “Talvez o rei fosse tão brioso quanto o próprio Cabral e nunca tenha aceitado a recusa do navegador em participar da nova expedição à Índia”, diz Galvani. A hipótese de que Cabral não passava de um nobre de poucos talentos é refutada pelos fatos. O descobridor foi apontado para comandar aquela que, até 1500, foi a maior armada já saída de Portugal. A frota que Vasco da Gama comandou até a índia, entre 1497 e 1499, não tinha mais que quatro navios. Dificilmente se colocaria tamanho aparato sob as ordens de alguém que não fosse externamente respeitado, inclusive como navegador, embora não existam provas de viagens marítimas suas anteriores ao descobrimento do Brasil. “Não se colocaria a vida de 1.500 homens nas mãos de alguém sem experiência”, cita Galvani.
Sem título nobiliárquico, a família de Cabral tinha terras, o que significava riqueza suficiente para freqüentar a corte. Aos 10 anos, Cabral e o irmão mais velho mudaram-se para Lisboa. Lá, aprendeu a manejar armas e a montar. Estudou geometria, astronomia, geografia, aritmética e latim. Passou a adolescência e o início da vida adulta no Castelo de São Jorge, aquele de onde os turistas têm uma ampla visão de Lisboa. Isso fez com que Cabral se inscrevesse no círculo íntimo do rei, o que certamente colaborou para sua indicação como comandante da expedição à Índia. Porém, nada comprova que tenham sido essas credenciais as únicas responsáveis por sua escolha para o comando da grande armada. Os ''Cabral'' estavam muito longe em prestígio e fama, por exemplo, dos nobilíssimos Bragança, que chegariam ao trono português mais tarde.
Foi na corte que Cabral conheceu Isabel de Castro, ela, sim, pertencente a uma das famílias mais importantes de Portugal. O casamento não pode ser considerado um golpe do baú, embora fosse movido por interesses, como era comum naquele tempo. “Pelo contrário. Há registros de que o próprio Afonso de Albuquerque, tio de Isabel, se teria preocupado em aumentar o dote da sobrinha, o que tornaria o casamento ainda mais interessante para Cabral”, conta Galvani. “É uma evidência de que ele era um fidalgo respeitável.” A data provável do matrimônio é 1503, ano que a chamada TERRA DE SANTA CRUZ receberia o nome de BRASIL. A vida do casal em Santarém limitou-se aos cuidados com as propriedades, o tempo dividido entre a casa na cidade e as quintas. Tiveram seis filhos. Cabral morreu possivelmente em 1520, aos 52 anos, talvez em conseqüência da malária contraída na África, sem que tenha realizado coisa alguma digna de registro nas últimas duas décadas de vida. Enquanto isso, seu rival Vasco da Gama recebia o título de “dom” e era consagrado “almirante”.
O descanso e o esquecimento de Cabral duraram quase três séculos e meio, quando historiadores brasileiros e portugueses começam a estudar o chamado descobrimento, que eu ainda prefiro chamar de tomada de posse, ou até mesmo achamento de uma nova terra. Seu túmulo, na Igreja da Graça, em Santarém, foi reaberto. Buscava-se confirmar se o corpo dele estava de fato enterrado ali. Era o início de uma viagem que parece estar finalmente chegando ao fim, como citou muito bem Paulo Alexandre: ''o descobrimento de Pedro Álvares Cabral''. Faltará apenas Camões para cantar-lhe as glórias, como sempre fizera comVasco da Gama.
CENSURA
quinta-feira, 14 de abril de 2011
VIPs
quarta-feira, 13 de abril de 2011
O preço da ÁGUA em Paranaguá, segundo a mídia televisiva... E mais uma vez, o rádio estava a frente.
A tv ligou para a ''Compania de água de Paranaguá'' e não obteve qualquer tipo de resposta, segundo informaram. Os moradores estavam revoltados com tudo aquilo. Gritavam e choravam dizendo que não teriam condições de pagar uma conta com aquele valor absurdo. Diziam em todas as letras que não tinham gasto tal quantidade de água, pois as torneiras ficaram sem água por mais de quinze dias, período este que ocorreram as enchentes. Um dos moradores disse que a água, logo que voltou, estava saindo na cor amarela da torneira. Ao ligar a torneira na frente da câmera, a água saiu limpa. Sem titubear ele disse: ''agora está limpa, mas até hoje de manhã estava suja''. A tv encerrou sua reportagem dizendo que ninguém da compania havia dito qualquer coisa a respeito do assunto.
Ao acompanhar uma outra matéria, sobre o mesmo assunto, agora pelo rádio, ouvi coisas diferentes a respeito do fato. Os locutores do rádio conseguiram fazer contato com as autoridades competentes da compania na primeira ligação, olha só que sorte. E com muita tranquilidade o diretor explicou que a conta só veio alta porque devido as enchentes a leitura dos relógios não foram feitas. Agora, com a situação normalizada, a conta de fevereiro veio junto com a conta de março, simples, rápido e rasteiro. O que mais me intriga é o fato da televisão fazer tanto alarde em cima daquilo que o rádio consegue resolver em pouco espaço de tempo. Quem sabe tudo esteja relacionado na condição de que a televisão seja espaço e o rádio seja tempo, talvez seja este o segredo. E agora, convenhamos... Danadinhos estes moradores que procuraram a televisão para reclamar, não? Todo mundo ficou bem quietinho e não falou nada que não tinham pago a conta de água de fevereiro. Talvez não lembrassem para não pesar no bolso depois de tantas despesas com as enchentes, ou talvez lembraram, mas pensaram que a compania tivesse compaixão diante do apelo televisivo. O que não foi o caso.