''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

segunda-feira, 4 de abril de 2011

BRUNA Raquel SURFISTINHA surfista - o filme


O que faz desta película um filme possível de assistir e sair do cinema pensando na vida que levou aquela garota? Talvez a habilidade do diretor. Talvez a ótima atuação de Deborah Secco, quando não está fazendo a jovem estudante, é claro. Ou ainda, talvez seja a habilidade do diretor em não explorar nenhum nu frontal. Isso deixou o filme com um ar de sedução e não pornografia voltada para a chanchada dos anos 70 e oitenta. O filme Bruna Surfistinha mostra a menina Raquel morando com seus pais adotivos. Até certo momento é possível sentir uma certa repugnância de tudo que ali acontece. Deborah não convence como a adolescente que entra na escola e ali fica com seus ''colegas'' de turma. Talvez pela idade da moça, ou não. O caminho que a fita percorre é após a saída de Raquel da sua casa. Deixando um bilhete em cima da mesa para a mãe, a menina vai embora e decide, depois de olhar empregos num jornal, fazer ''massagem'', numa casa de prostituição. Uma espécie de clube Prive onde as mulheres moram no mesmo lugar que fazem seus programas. Ali Raquel chega a adota o nome de Bruna. Com o tempo Bruna Surfistinha iria surgir. Ao conhecer o cliente Huldson, homem este que fica o tempo todo empenhado em tirá-la de dentro da casa de prostituição, Bruna pega gosto pela coisa e não decide largar de fazer o que faz. Tudo caminha bem, quando a menina aluga um apartamento de luxo e ganha nome nacional devido a um blog que ela mantém contando aventuras sexuais e dando notas aos clientes; mas, num determinado momento chegam as drogas, a partir de então, tudo vai por água baixo. Carol, que apresenta Bruna para programas de luxo na alta sociedade, também lhe afunda nas drogas. A partir de então é possível ver a decadência de uma pessoa em tão pouco tempo de ascenção e queda. O filme Bruna Surfistinha pode não ser a sua principal pedida para um final de semana, mas vale a pena ver, para não acreditar mais do que nunca naquilo que ouvimos falar sobre este mundo de preconceito e nojos insanos. Assista, mesmo que for para falar mal, assista.