Quinta feira com chuva, acordei animado e fui para o trabalho. Quem diria que ao chegar lá eu teria que fazer ginástica, isso mesmo, ginástica, e foi o que tive de fazer. Eu trabalho num escritório de contabilidade de uma empresa que presta serviço para outras empresas que não prestam para nada, somente para explorar o fígado da gente e acabar com nossa vontade de viver esperando o salário no final do mês. Como por vezes não tenho maiores capacidades para conseguir algo melhor, continuo vivendo dessa forma, é um jeito elegante que encontrei para sorrir de vez em quando. O negócio foi que cheguei no trabalho e entrei contente. Eu não tinha bebido ainda, mas sabia que no balcão, atrás da geladeira da sala do chefe, tem um vidro de amarula da boa. E sempre que o chefe sai, a gente detona aquele vidro. Sempre procuramos comprar outro e colocar lá no lugar, o pior é que ele nem sempre desconfia, e quando desconfia, ele não fala para ninguém, pois acredita que ele mesmo é o bebum, e se falar vai entregar sua identidade, nunca desconfiando da gente. Muito bom, o pessoal não vale a agulha que espeta o porco naquele lugar, mas é divertido. O incrível foi que cheguei todo feliz pensando na bebida, somente nisso, no horário que o chefe saísse e a gente fosse beber, mas isso não aconteceu. O chefe saiu, mas voltou em menos de um minuto, quase fomos pegos entrando na sala dele. Ele saiu para buscar um pessoal que faz a tal ginástica laboral, ou coisa assim. O bom era uma guria gostosinha que acompanhava os dois machos de bigode nesse procedimento todo. Bem, não preciso nem falar que tive de fazer aquele negócio. Eu não gosto, não suporto, mas tive de fazer, pois foi a única maneira que encontrei de agradar ao chefe pensando em mais tarde conseguir a atenção dele para bebermos juntos, sei lá, talvez pode dar certo, nunca se sabe. O meu dia se resumiu a isso, somente isso, fazer uma ginástica no trabalho, mais nada. Franciane não me ligou, estou ficando preocupado, se ela não ligar até amanhã, daí eu ligo pra ela. Pronto, já falei demais. Fui. Meu nome é Alex Palmilha e o seu não é.
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