''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

sábado, 25 de fevereiro de 2012

FAMÍLIA VENDE TUDO, o filme



Todos na família trabalham de uma forma ou de outra. Os pais são sacoleiros, os filhos vendem as mercadorias, e mesmo assim estão sempre devendo alguma coisa para alguém. A família é composta pelo pai Lima Duarte, a mãe Vera Holtz e os filhos, Marisol Ribeiro, Robson Nunes e Raphael Rodrigues. Lindinha (Marisol Ribeiro) é fã de um cantor popular chamado Ivan Cláudio (Caco Ciocler) o rei do Xique, devido a sua música de maior sucesso. Ivan é casado com Jennifer (Luana Piovani), com quem tem um relacionamento voltado para desconfiança e ciúmes. No decorrer da história fica claro que o ciúme de Jennifer não é à toa; tendo em vista as escolhas de garotas feitas pelo cantor em cada cidade que a banda se hospeda. E é justamente dentro dessa turnê que a família de sacoleiros decidiu agir. Lindinha, fã assumida de Ivan aceita se encontrar com ele para uma noite romântica, e nesse caso engravidar do cantor, tudo proposto pela família. Embora o filho mais velho, interpretado por Robson, seja evangélico no filme, ele também compartilha a ideia de ver sua irmã grávida do cantor para futuramente exigir pensão em dinheiro. A correria constante e as diferentes mudanças de cenário não deixam esse filme cansativo, assim como o roteiro dinâmico e cheio de situações cômicas não cansam a quem assiste. No final a supressa vem a galope, os arrependimentos surgem e os vizinhos não se apresentam tão bondosos, como foram mostrados ao longo de toda a história.
Para compor o personagem de Ivan Cláudio, Ciocler inspirou-se no cantor Latino, que também aparece no filme, numa pequena participação quando a mulher de Ivan decide se lançar como cantora. Os trejeitos, o rebolado, o jeito de falar com o público, tudo foi captado pelo ator quando fazia laboratório. O filme é muito bom como entretenimento, engraçado, com bons atores, bem dirigido, um roteiro que se sustenta, e no final te leva a refletir sobre alguns pontos da nossa sociedade.
O diretor Alain Fresnot ressaltou na coletiva de imprensa que ‘’não é fácil fazer cinema no Brasil’’, o que não chega a ser novidade nenhuma. Afinal, não temos estúdios que banquem produções cinematográficas. Atualmente para fazer cinema no Brasil, se você não está com a Rede Globo, você pode até fazer um filme, mas dificilmente mais de um milhão de pessoas vão assistir ao que você produziu. Os investimentos das empresas são poucos e o incentivo é quase nada. O que se torna mais comum é ver depois de tanto trabalho, e um investimento entre 4 e 5 milhões de reais, as malditas línguas criticarem o trabalho feito com tanto sacrifício pelos diretores brasileiros. Com isso a lição que fica é: se quer falar mal, faz melhor; depois vai criticar negativamente.


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