O cineasta alemão Bernd Eichinger, diretor de filmes que se tornaram sucessos como "Resident Evil" e "O Nome da Rosa", morreu aos 61 anos, disse sua produtora na terça-feira (25). Ele sofreu um ataque cardíaco em Los Angeles, onde vivia, enquanto jantava com parentes e amigos, disse a produtora Constantin Media em nota, em notícia da agência REUTERS, em BERLIM. Seu trabalho incluiu dramas como "Eu, Christiane F.", de 1982, história real de uma adolescente alemã viciada em drogas, a fantasia "História Sem Fim" e o thriller medieval "O Nome da Rosa", com Sean Connery, baseado no romance homônimo de Umberto Eco. Seu perturbador "O Perfume" (2006), baseado num romance de Patrick Sueskind, conta a história de um jovem com olfato super apurado, que comete um homicídio ao buscar o perfume perfeito. Aquela orgia no final foi o sonho de muita gente enquanto o filme passava no cinema. Como roteirista, Eichinger foi indicado ao Oscar em 2004 por "A Queda", que retrata os últimos dias de Adolf Hitler no seu bunker em Berlim. Considerado por muitos como a visão alemã do fim de Hitler, e por outros como a maior obra já feita sobre o fim do ditador alemão. Bruno Ganz está perfeito na pele de Hitler. Este mesmo filme, do qual ele também foi produtor, quebrou um tabu entre os cineastas da Alemanha do pós-guerra, temerosos de humanizarem a figura do ditador nazista ao fazê-lo ser interpretado por um ator. Até então, os filmes alemães tendiam a só mostrar Hitler em imagens reais de arquivo. Eichinger também tratou do tema da guerrilha esquerdista Fração do Exército Vermelho, em seu filme "O Grupo Baader Meinhof" (2008). Sem dúvida alguma, a poucos dias da festa do Oscar norte americano, o cinema perde muito com a morte de Eichinger, e o mundo perde mais ainda com a falta de sua genialidade.