''Quando acertamos ninguém se lembra, quando erramos ninguém se esquece''

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O DINHEIRO QUE SAQUEI, e o que fiz com o papel premiado

Ainda na ideia de nadar no dinheiro tipo Tio Patinhas, fui até o banco e saquei em notas de cinquenta 150 mil reais. Isso não é nem cosquinha perto daquilo que eu ganhei no prêmio maior do troço da virada, mas eu saquei. Num primeiro momento o gerente não queria me deixar sair do banco com aquele dinheiro todo em malas e malotes, mas daí eu fiz uma oferta e quase acabei comprando o banco, e colocando tudo no meu nome, cara, eu to impossível agora, com dinheiro na mão. Peguei minhas notas e saí de lá, fui pra casa. E então, quando lá cheguei, encontrei o bilhete premiado na minha carteira, eu queria enquadrar, mas desisti da ideia, eu queria fazer algo de especial com aquele papel, mas não fiz nada de especial, no final das contas, pensei no homem que me vendeu o bilhete premiado. Pensei nele nas noites de frio. Sem lugar para dormir. Pensei nele nos momentos que lhe faltar comida, para ele, a esposa, e os filhos, se ele tiver, tudo isso por que eu me vendeu o bilhete premiado. No final da compra ganhei um abraço deles dois, o casal, mas isso não compra o conforto, não compra nada daquilo que agora eu posso comprar. Ele tinha o bilhete premiado nas mãos, e mesmo assim, precisando de apenas um pedaço de pão, ele fez o sacrifício de me vender o bilhete, para você, que em algum lugar da cidade aí fora está parada, largado, jogado, abandonado, esquecido, procurando alguma coisa para comer e dormir, durante esta noite fria, só tenho uma coisa a dizer... Vai burro!!!!! Se tivesse ficado com o bilhete, sua anta, foi vender, asno, vai burro!!!!!
Eu sou Alex Palmilha, e você não é... Eu escrevo aqui por que tenho a senha, e você não tem, o mané do Vandré deixou comigo, e eu faço o que eu quero aqui dentro, afinal, ele deixou a senha comigo, e não com você... Vai catar coquinho.